Google+ Mil Vezes Flamengo: novembro 2014

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Flamengo 1 x 4 Atlético - os dois merecedores

















Vou ser rápido, do jeito que a ocasião pede:

É preciso ser justo e, sempre, desportista. Por isso, o primeiro merecedor do título - e da classificação, lógico - foi o Atlético Mineiro. Levir Culpi escalou um time ofensivo, com apenas um volante, e a pressão de seu ataque surtiu efeito. Vão para uma final de Copa do Brasil muito fortalecidos. Reconheçamos: vitória justa.

E o segundo merecedor citado foi Vanderlei Luxemburgo. Se o Flamengo do primeiro tempo teve uma postura valente, e teve condições de aplicar golpes no adversário - o gol, através de nosso melhor jogador neste segundo semestre e numa de nossas melhores armas, que é a velocidade -, no segundo tempo fomos minados por três substituições inexplicáveis. De todos os que saíram, teria tirado apenas Eduardo, trazendo Gabriel para campo. E mesmo se ele não tivesse condição, seria então para colocar Igor Sartori ou Até mesmo Mugni.

No meu Flamengo, Luiz Antonio e Élton sequer iriam a Belo Horizonte, quanto mais entrar na partida; e Mattheus, por mim, ficaria de fora sobretudo pelo fator inexperiência. Não era mesmo para um garoto com poucos jogos disputados no ano entrar naquele momento.

"O medo de perder tira a vontade de ganhar". Na noite desta terça, quem diria, Luxemburgo foi vítima de sua própria frase. E com requintes de crueldade.

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Temos que saber separar e, mais uma vez, aplicar a justiça: se Luxemburgo tem participação direta na nossa eliminação por conta das infelizes substituições e da postura coletiva do time na segunda etapa, essa derrota não desabona o ótimo trabalho que fez com o time no Brasileirão. Uma coisa é uma coisa, outra é outra.

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Eduardo da Silva, não há gol que você possa fazer que justifique um toque ridículo de calcanhar que resulta num gol adversário numa partida dessas.

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Minhas palmas aos RubroNegros que fizeram bonito no Mineirão, cantando e apoiando o time. Que tenham uma boa volta ao Rio, e com paz aos de paz.

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No meu entendimento, faltam mais 3 pontos no Brasileirão para o ano acabar para a torcida. Para o time, o jogo só acaba quando termina...

...e para a diretoria, espero muito que nosso 2015 já tenha começado.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Flamengo 3 x 0 Chapecoense - contrariando a confusão















Sim, é um post sobre o jogo de ontem; mas, ao mesmo tempo, não deixa de ser uma espécie de retrospectiva recente do Flamengo. Um time que, longe de qualquer brilhantismo, ainda assim vem encantando a torcida não apenas pela entrega, mas pela capacidade que, meses atrás, jamais pensávamos conseguir atingir: a de ser, efetivamente, um time que joga bola junto para valer.

Com o perdão de qualquer pleonasmo acima e dos que eu ainda venha a soltar neste e nos próximos parágrafos, é bom demais chegar na segunda-feira e pensar sobre como os gols do Flamengo saíram: 2/3 foram de construção. Foram obras claras de colaboração. Se eu reproduzisse essa palavra junto aos que não acompanham esporte, provavelmente me perguntariam: "Não era para ser assim sempre o futebol?"; mas nós, RubroNegros, sabemos que isso era flamengamente impossível há bem pouco tempo atrás.

É, pois é. Costumo dizer que, em matéria de Flamengo, adoro queimar minha língua. Curto demais enxergar uma evolução evidente do Gabriel. Me alegro em ver Anderson Pico desafiar seu físico, correndo, batalhando, não desistindo de jogadas, para ser recompensado num petardo indefensável. Me divirto em ver Léo, questionado por tantos quanto ao preparo físico e psicológico para vergar o Manto, tabelando e cruzando. Me satisfaço em ver Nixon fazer não um, mas dois gols, sem que isso tenha sido por um lance fortuito, uma bola carambolada. Não: foi tudo merecido. Foi tudo na bola, na acepção mais respeitosa que essa expressão possa ter.

E, principalmente, me admiro com e bato palmas para um Luxemburgo mais comedido, mais focado, mais humilde, e que encontrou no futebol e no reconhecimento da confusão o melhor caminho para sairmos dela.

Ser Flamengo, acima de tudo, é, mesmo sendo maioria em qualquer canto da galáxia, contrariar o óbvio, derrotar o improvável, para o bem e para o mal. Felizmente, estamos novamente no caminho iluminado; e este, invariavelmente, passa pelo trabalho e pela vontade.

Este Flamengo, se não é excepcional, tem os dois; e uma Nação que joga junto. E como duvidar de novos imponderáveis caindo por terra? A ida para a final da Copa do Brasil é outro. Está chegando - e, do jeito que estamos, a dúvida pode ainda existir, mas está nas cordas, zonza, pedindo o nocaute.

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Para mim, Anderson Pico foi o melhor da partida, seguido de perto por Nixon e Canteros. Paulo Victor também voltou a ser fundamental. E gostei muito do Léo!

Pico, aliás, merece cuidado especial. Que se trabalhe, além de seu físico, seu psicológico. Mostrou que pode render muito mais se focar na perda de peso.

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Falando em contrariar, que tal a Flamengueira? Podemos já parar com essa besteirada de terceiro uniforme que não dá sorte?

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Que imensa alegria ver Wallace com a braçadeira de capitão do Flamengo. Feitos um para a outra.

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Sobre o time de quarta: Léo terá sua grande chance. Que arrebente! E acredito muito nele.

Minha maior preocupação seria a ausência de Éverton; porém, duvido de que ele deixe de jogar. Também acho que Gabriel vai a jogo.


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Vem batalha por aí na quarta. Que seja apenas no esporte. Temo pra valer a violência dos que, sob pretexto imbecil de defender seus times, possam machucar e até matar. Paz!