A torcida quer raça, amor e paixão... mas qualidade também faz falta pra cacete |
Embora traga a imponência de quase não precisar de explicação, pois já está virando um quase dogma, essa lei é muito bem fundamentada por suas constantes. São elas: a zaga que só sabe rifar a bola - como bem ilustra o primeiro gol do Inter -; o meio-campo de trocentos volantes que, ainda assim, é incapaz de exercer uma marcação eficiente; a escalação de jogadores em posições que não são as suas, como o meia de ligação que é posto como atacante; e ter a frente do time um técnico mais inútil do que cinzeiro de motocicleta. Ah, e a falta de tesão coletiva em pegar um resultado positivo e defendê-lo com os cojones devidos - que, sim, acabamos de constatar que não rola por falta de experiência dos que estão em campo, desculpa aplicada naquele (outro) vexame dos 3 a 3 contra o Olímpia.
(Aliás, o que mudou mesmo daquele 3 a 3, ocorrido há quase 2 meses e meio, para o de agora? Pois então.)
Voltando ao sábado. Se o Inter, como disse no post pré-jogo, era algo desfigurado, ao menos tinha a real alegação de que estava descomposto, recheado de reservas. O Flamengo, não. Até estreava Ibson, que teve uma boa partida, embora tenha provado em campo suas palavras ao se apresentar novamente como jogador do clube: não, ele não é o Cristo da Gávea. Tampouco Love o é, mesmo sendo quase sempre fatal quando não se mete a fazer o pivô e resolve dominar a bola já apontando o nariz pro gol adversário.
Então, qual seria a salvação desse Flamengo, se é que existe alguma? Bom, pra tentar ajudar na resposta, o que sei é que, nessa vida, não existe projeto vencedor se não houver dois ingredientes básicos: vontade e competência. E eis que surge mais uma lei, a de Tostines, conhecidíssima por aqueles que, assim como eu, um dia já puseram ficha em orelhão: o time se motiva quando é competente ou se torna competente por ser motivado?
Eu só sei que, hoje, mudo, desarticulado nas palavras, a imagem da tensão diante das câmeras dos jogos, Joel é incapaz de animar o mais empolgado dos elencos. Ou seja: é incompetente no atributo pelo qual sempre foi conhecido - e, consequentemente, incapaz de extrair qualidade do "vamos lá". E é dispensável falar de sua incapacidade de fazer o contrário.
Hoje, o que o Flamengo precisa é de um treinador que arrume essa zaga e a ensine que o chutão não é o único recurso para a bola ir para a frente; que saiba que não é preciso promover uma overdose de volantes para se conseguir boa marcação; que faça conseguir funcionar a ligação entre meio e ataque; enfim, que apresente ao Flamengo uma outra vontade: a que nasce da competência.
Por uma razão cultural, original do DNA do Flamengo, a vontade sempre foi muito valorizada; mas ela não pode ser a única razão de nossos sucessos, bem como sua falta não explica totalmente nossos fracassos. Se a raça é fundamental, ninguém disse que categoria também não seja - uma coisa bem clara mas que, no Flamengo, às vezes não parece tão óbvia assim. Tivesse o Flamengo o mínimo de qualidade e organização, estes elementos, somados àquele grau de empenho apresentado, seriam suficientes para não termos deixado os três pontos contra o Inter para trás. Pode acreditar.
Ao Flamengo de hoje, falta a técnica que ajude a vontade. Um panorama plenamente reversível, pois estamos apenas no começo da jornada; mas uma tarefa certamente impossível enquanto continuarmos com um técnico que nunca conseguiu casar as duas.
É isso. Enquanto reinar Joel, vamos conviver com amargas leis, sendo a pior delas uma velha conhecida: a da inércia.
Disse tudo, Carlão. Mas eu ainda diria que, estando R10 na Gávea, não adianta sair o Joel. Afinal de contas, que treinador sobreviverá aos embates com esse vagabundo que chega bêbado ao trabalho?
ResponderExcluirAbração!
Guto
Fala, Guto!
ResponderExcluirEu não aguento mais reclamar de R10. Foi dele e de sua displicência a culpa do terceiro gol... Mas eu acho que, se tivermos um técnico sério, a providência 0 dele é a de afastar essa foca maldita.
Apareça sempre, cara. Abração e Saudações Rubro-Negras!
É isso aí, carlão.
ResponderExcluirA barca da Gávea tinha que levar todo mundo, da presidente a vários dos jogadores.