Google+ Mil Vezes Flamengo: maio 2012

quinta-feira, 31 de maio de 2012

A maior decepção da história do Flamengo





















E o que era óbvio aconteceu: Ronaldinho Gaúcho não é mais jogador do Flamengo. Sai e deixa para a diretoria uma alta conta a pagar, e sobre isso não quero discutir, embora me sinta na obrigação de dizer que, antes de tudo, o clube tem o dever de honrar os compromissos assumidos não só com ele, mas com qualquer funcionário que tenha.

Também não tenho a intenção de tratar de retrospecto futebolístico no Flamengo mas vá lá, posso falar disso: em seu pouco mais de um ano no clube, Ronaldinho foi mais marcado pelos maus momentos do que pelos bons - que, sejamos justos, também existiram. Porém, por mais que o que ele tenha feito com a bola seja o que fala e falará mais alto em toda discussão sobre sua passagem Rubro-Negra, quero ir pra outro lado. Ou melhor: para antes disso.

Do que quero falar é de algo que sempre esteve em minha percepção de torcedor, variando apenas de grau; um questionamento que, tenho certeza, nunca foi só meu, mas também de uma boa parte da nossa massa de 35 milhões de pessoas: será que Ronaldinho Gaúcho um dia foi MESMO do Flamengo?

No que diz respeito a um dos quesitos mais importantes e prestigiados entre quem torce pelo nosso clube, que é o da entrega, do envolvimento, da empatia, do ritual de criar e curtir a pele Rubro-Negra - nem que seja enquanto servir ao clube -, não há como fugir de uma pesada verdade: Ronaldinho Gaúcho foi a maior decepção da história do Flamengo.

Essa afirmação pouco tem a ver com o futebol. Já vi gente com rendimento de serviços prestados ao Flamengo muito inferior ao de Ronaldinho que conseguiu de fato saber o que é servir ao clube, viver de verdade a realidade de ser do clube. Entender o que é essa imensa instituição, caótica por quem nela manda, magistral por quem a vive e a entende de verdade.

É isso: o histórico não deixa dúvidas de que Ronaldinho Gaúcho jamais entendeu o que é o Flamengo. Sempre tive a impressão de que suas vitórias não lhe soavam como vitórias, nem as derrotas eram absorvidas como derrotas. E ser (do) Flamengo é ter a intensidade disso tudo, e deixar que esse algo imponderável se converta na vontade de ir além, de oferecer aquela dedicação que, mesmo quando não nos leva à vitória, nos arranca um bonito reconhecimento.

Já vi muitos jogadores Rubro-Negros que se tornaram derrotas a serem aplaudidas, e testemunhei a história de craques que, com o Manto Sagrado, se converteram em vitórias insossas. Pois bem: no Flamengo, Ronaldinho Gaúcho não passou de um empate amargo, nublado e desnecessário.

Depois de consagrado pelo esporte propriamente dito, devidamente resolvido em ambições que dizem respeito somente à bola, o irmão de Assis perdeu a chance de, com a mítica Camisa 10 e a braçadeira de capitão, conquistar os mais incríveis dos intangíveis títulos existentes: o amor ao Flamengo e o carinho de sua torcida. Ter deixado para trás a chance de ser companheiro de veteranos, referência dos mais novos, líder de todos. Ídolo Rubro-Negro.

Poderia Ronaldinho ter vivido anos de Flamengo e não nos ter dado nenhuma taça e, ainda assim, tido essas vitórias. Mas não: desperdiçou todas elas em doses homeopáticas do que, no máximo, foram arremedos de compromisso, mas nunca sinônimo de comprometimento.

Uma pena que Ronaldinho Gaúcho não tenha querido o Rubro-Negro de verdade. E uma grande ironia que, em seu adeus, venha à tona a certeza de nunca ter de fato vivido para valer a frase que tenha usado para descrever o Flamengo em sua chegada - uma definição que, talvez, seja justamente certeira por ter sido cunhada por alguém que observa uma fortaleza ali, alheio, sem nunca ter nela pisado. Como quem nunca, de fato, nela esteve.

TV FLA: assista ao programa 3!



Fácil dizer o que está mais legal nesse programa: o depoimento do Pet. E todos os Rubro-Negros podem morrer vendo o gol do tri no repeat que nunca cansarão. A cada replay ele fica ainda mais bonito.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Rodando pelas Interwebs: a (suposta) cantada da Adidas, Joel contraditório, protesto contra R10...

O Manto da Adidas era lindo, mas não
podemos pensar com a nostalgia...
Fla trata oferta de fornecedora de material esportivo como irrecusável - É uma notícia muito estranha, porque é algo para 2015; e, pela matemática, inviável que se antecipe por conta da multa rescisória, da grana adiantada para o museu e o pagamento de parte dos salários de Deivid e Love. Só não estranho mais por se tratar do Flamengo, um potencial vendedor, marca que já é mundialmente conhecida e popular.

Fosse eu dirigente, trataria de não vazar essa informação de jeito nenhum, e repassaria à Olympikus. Dizem que Patrícia Amorim fez essa segunda parte. Pelo excelente histórico com o Flamengo, a Olk merece ter tempo para formular uma resposta; e certamente irá exercer essa vantagem, já que o cenário com a Adidas pode perfeitamente mudar daqui a seis, doze, dezoito meses...


Agora, uma coisa é bem clara: que é conveniente essa notícia chegar nesse momento tão conturbado, ah é.

Atualização: o Urublog publicou uma excelente análise comparativa entre Adidas e Olimpikus, destrinchando as partes de um contrato de fornecedora de material e considerando a evolução do mercado no período de contrato que seria feito entre o Fla e a empresa alemã. Vale muito a leitura de todos que quiserem realmente se informar a respeito.


Siga o Mil Vezes Flamengo no Twitter


Zinho reúne elenco do Fla para cobranças e prepara blindagem diante de polêmicas - Vale a chamada? Claro que sim; mas sem Ronaldinho Gaúcho perto para ouvir? Digo que não. Talvez ele tenha feito isso para não soar de forma alguma como uma mensagem dada ao grupo mas com "endereço certo". E gostei bastante de acabar com essa palhaçada de usar a imprensa pra dar recado interno.

Claro que não sou a favor de lei do silêncio, mas é fundamental que os problemas sejam primeiramente discutidos em nível interno com o devido responsável pela área. E algo me diz que a mensagem foi também para Sir Joel. Falando nele...

Curta o Mil Vezes Flamengo no Facebook

Joel faz diagnóstico do momento do Fla: "A coisa está insuportável"- E aí, na mesma entrevista, ele se diz feliz e satisfeito. Em qual Joel acreditar? Eu levo fé no dos fatos, no da cara fechada, naquele que notadamente não possui qualquer clima para permanecer mais um minuto no Flamengo...e, especialmente, naquele que por muitas vezes e dias opta por se manter distante.

Sim, esse Joel é o que diz que a coisa está insuportável; então, por que raios ele ainda tenta suportar?

Hernane fará exames e assinará com Fla até maio de 2013 - Vale a aposta. Vem de graça, fez gol pra cacete no Paulistão... Quando é que estreia mesmo? ;)

Fla mira atletas de ponta - Que seja um zagueiro e um meia criador. O Flamengo precisa de um defensor que imponha respeito e que, especialmente e em bom carioquês, possa chamar o time na chincha pois, nesse time, ninguém pôs ainda a estrela de xerife no peito; e carece também de um homem que consiga municiar o ataque com rapidez e competência.

Só não pode confundir "de ponta" e "experiência" com velhice.

Torcida do Fla marca protesto contra Ronaldinho na sexta - Só contra o Ronaldinho? Sério?

Esse tipo de protesto, sinceramente, pode até ter virtudes, mas é o tipo de coisa que ataca o efeito, não a causa. Algo do tipo que passa se o time encaixar três vitórias seguidas.

O protesto contra o R10 é pontual, isolado e estéril diante do grande problema que não está nos comandados, mas nos comandantes. E contra esses, quando a torcida veementemente protestará?

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Flamengo x Inter: sobre vontade e competência

A torcida quer raça, amor e paixão... mas qualidade
também faz falta pra cacete
Tão conhecedora do caos que reina em nosso time, a torcida Rubro-Negra também sabe, ainda que na prática, quais são as leis que regem nossa bagunça. Uma, mais aplicada ao futebol, voltou a vigorar no último sábado. Diz ela: por mais que esse Flamengo de hoje esteja vencendo por dois ou mais gols de diferença, uma hora ou outra ele entregará a paçoca.

Embora traga a imponência de quase não precisar de explicação, pois já está virando um quase dogma, essa lei é muito bem fundamentada por suas constantes. São elas: a zaga que só sabe rifar a bola - como bem ilustra o primeiro gol do Inter -; o meio-campo de trocentos volantes que, ainda assim, é incapaz de exercer uma marcação eficiente; a escalação de jogadores em posições que não são as suas, como o meia de ligação que é posto como atacante; e ter a frente do time um técnico mais inútil do que cinzeiro de motocicleta. Ah, e a falta de tesão coletiva em pegar um resultado positivo e defendê-lo com os cojones devidos - que, sim, acabamos de constatar que não rola por falta de experiência dos que estão em campo, desculpa aplicada naquele (outro) vexame dos 3 a 3 contra o Olímpia.

(Aliás, o que mudou mesmo daquele 3 a 3, ocorrido há quase 2 meses e meio, para o de agora? Pois então.)

Voltando ao sábado. Se o Inter, como disse no post pré-jogo, era algo desfigurado, ao menos tinha a real alegação de que estava descomposto, recheado de reservas. O Flamengo, não. Até estreava Ibson, que teve uma boa partida, embora tenha provado em campo suas palavras ao se apresentar novamente como jogador do clube: não, ele não é o Cristo da Gávea. Tampouco Love o é, mesmo sendo quase sempre fatal quando não se mete a fazer o pivô e resolve dominar a bola já apontando o nariz pro gol adversário.

Então, qual seria a salvação desse Flamengo, se é que existe alguma? Bom, pra tentar ajudar na resposta, o que sei é que, nessa vida, não existe projeto vencedor se não houver dois ingredientes básicos: vontade e competência. E eis que surge mais uma lei, a de Tostines, conhecidíssima por aqueles que, assim como eu, um dia já puseram ficha em orelhão: o time se motiva quando é competente ou se torna competente por ser motivado?

Eu só sei que, hoje, mudo, desarticulado nas palavras, a imagem da tensão diante das câmeras dos jogos, Joel é incapaz de animar o mais empolgado dos elencos. Ou seja: é incompetente no atributo pelo qual sempre foi conhecido - e, consequentemente, incapaz de extrair qualidade do "vamos lá". E é dispensável falar de sua incapacidade de fazer o contrário.

Hoje, o que o Flamengo precisa é de um treinador que arrume essa zaga e a ensine que o chutão não é o único recurso para a bola ir para a frente; que saiba que não é preciso promover uma overdose de volantes para se conseguir boa marcação; que faça conseguir funcionar a ligação entre meio e ataque; enfim, que apresente ao Flamengo uma outra vontade: a que nasce da competência.

Por uma razão cultural, original do DNA do Flamengo, a vontade sempre foi muito valorizada; mas ela não pode ser a única razão de nossos sucessos, bem como sua falta não explica totalmente nossos fracassos. Se a raça é fundamental, ninguém disse que categoria também não seja - uma coisa bem clara mas que, no Flamengo, às vezes não parece tão óbvia assim. Tivesse o Flamengo o mínimo de qualidade e organização, estes elementos, somados àquele grau de empenho apresentado, seriam suficientes para não termos deixado os três pontos contra o Inter para trás. Pode acreditar.

Ao Flamengo de hoje, falta a técnica que ajude a vontade. Um panorama plenamente reversível, pois estamos apenas no começo da jornada; mas uma tarefa certamente impossível enquanto continuarmos com um técnico que nunca conseguiu casar as duas.

É isso. Enquanto reinar Joel, vamos conviver com amargas leis, sendo a pior delas uma velha conhecida: a da inércia.

sábado, 26 de maio de 2012

Flamengo x Inter: o estranho e o improvável

Como cantava Kátia nos anos 80, não está sendo fácil...
E lá vamos nós para nosso segundo jogo no Campeonato Brasileiro, em busca de enfim iniciarmos nossa trajetória de verdade na competição - sim, porque, como eu disse na TozzaCam, não podemos considerar o que o Flamengo fez na semana passada como estreia. Desta vez, o Rubro-Negro joga em casa, pegando um Internacional felizmente irreconhecível.

É verdade. Os gaúchos vem com um plantel mais desfigurado do que Serguei em sala de espelhos de parque de diversão - entre convocados para o time da CBF e machucados, restaram os do banco para o time gaúcho -, e nosso treineiro diz não estar nem aí. Talvez por saber que é bem capaz de seu time, neste bom momento (só que ao contrário) por que passa, não conseguir aproveitar a chance que se descortina.

O fato é que o clima está muito esquisito, tremendamente bizarro. Tão bizarro a ponto de Joel, contratado sobretudo por sua malemolência, ginga, graça, adoção de neguebinhas e piadinhas de incentivo, não conseguir abrir meio sorriso que seja em seu rosto kadhafiano. Bom, pelo menos ele dá mostras de que sua incrível visão de jogo - not -  segue inalterada, escalando Ibson como principal responsável pela criação quando deveria ser o terceiro homem do meio e mantendo R10 na frente quando deveria estar no meiúca, municiando Love e Deivid.

Siga o Mil Vezes Flamengo no Twitter

Curta o Mil Vezes Flamengo no Facebook

E já que falei no nosso capitão circense, estou bem curioso - ou seria temeroso? - pra saber o tratamento que será dispensado a ele pela torcida. Eu sinceramente espero apoio para valer. Nem eu, nem você, nem ele queremos que ele siga no Flamengo mas, enquanto o Dente estiver em campo, que a Nação tente, a grito, ser o combustível desse bonde que tantos dizem ser movido a álcool; e que, assim, esse miserento cate algum lampejo de R$1 milhão de reais que seja capaz de nos fazer ganhar por meio a zero.

Dureza, né? Pois quer (ou parece querer) o destino que um compromisso em São Paulo não me permita ver, ao vivo, o jogo de logo mais. E, se por um lado isso me chateia, pelo outro nem tanto, já que estou com sérias dificuldades em manter o otimismo por ainda ver os nomes de Joel Santana e Ronaldinho Gaúcho envolvidos em algum projeto de sucesso para o Flamengo neste Brasileirão. E o pior é que é justamente, se qualquer sopro de pessimismo se confirmar e o Mengo pagar um novo mico, aparentemente a chance de eject em um deles ou nos dois é que pode aumentar.

Seja como for, o lance é que, mesmo sem ver a partida, não serei eu a torcer por um fracasso do Flamengo. Assim, por mais improvável e estranha que, hoje, ela pareça, à vitória!


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ronaldinho passado a limpo

Eu poderia escrever linhas e linhas sobre o caso R10, e até deste último e lamentável episódio do Assis; mas o Rica Perrone se antecipou e escreveu tudo o que precisava ser dito neste momento, num texto indispensável para qualquer Rubro-Negro.

Leia lá e perceba por que Ronaldinho Gaúcho é, no meu entendimento, a maior decepção da história do Flamengo em matéria de contratação. Talvez eu escreva algo em breve mas, por agora, fiquem com as cirúrgicas palavras do Rica.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O segundo programa TV Fla!

Olha o segundo programa TV Fla aí:

 

Sempre bom ver o Fernando Botelho, o Fernandinho, falando sobre o passado Rubro-Negro; do cacete o gesto do Renato Abreu, um jogador que, ao contrário de muita gente, gosto de ter no Flamengo... E destaco, ainda, a cobertura das categorias de base. Dá um play aí!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Mil Vezes Flamengo na TozzaCAM!

Anote aí, mulambada: nesta quinta-feira (24) a partir das 22 horas farei uma participação naquele que já é o mais famoso programa por videochat voltado ao Flamengo: a TozzaCAM.

Nesta edição, o colunista do FlamengoNet e célebre âncora Andre Tozza e o jornalista Pablo dos Anjos recebem para um papo sobre o Flamengo ao vivo o conhecido comentarista do Fla no Twitter Patrick_1972 e este que vos escreve. Em pauta, claro, o momento Rubro-Negro.

Siga o Mil Vezes Flamengo no Twitter

Curta o Mil Vezes Flamengo no Facebook

Para conferir a TozzaCAM, basta seguir o Tozza no Twitter e pegar o link por lá. Assista, mande perguntas e participe!


Churrascaria no Manto Sagrado? Não, obrigado.




Diz-se que tudo e todos têm um preço. Eu não acredito e nunca vou acreditar nisso.

Entendo que, por mais odioso que seja ver uma bando de marcas poluindo uniiformes clubísticos, ter patrocínio é fundamental; no entanto, há que se ter muito critério na escolha de uma marca parceira - sobretudo em se tratando do Manto Sagrado.

A camisa do Flamengo é mais do que um patrimônio nosso: é quase uma instituição à parte, que deve ser tratada com o máximo respeito possível.

Houve um tempo em que o Manto trazia um único patrocínio. Para mim, este é o nível máximo de adequação que deveria haver da presença de uma empresa na peça principal de nosso uniforme - ainda assim, sendo algo com dimensões muito bem definidas e limitadas. A oposição do clube se colocou assim, e penso que a maioria da torcida pensa da mesma forma, como imagino que também execre a presença de um porco, simbolizando uma churrascaria. Não dá.

Outra coisa que dizem é que a beleza está nos detalhes. Às vezes, a tristeza também: o simples fato de cogitar negociar com o Porcão um espaço na camisa do Flamengo mostra o total despreparo de nossa diretoria, já que demonstra com isso total desconhecimento da importância do Manto.

É isso aí: a mesma diretoria que não consegue o tal patrocínio master é a que quer um suíno estampado no maior símbolo da Nação. Seria algo para se refletir se houvesse necessidade de reflexão. Se o óbvio não fosse tão absurdo.

Por fim, uma ironia. Na informação de que o tal acordo de patrocínio garantiria não só R$2,5 milhões ao clube como parte seria paga em permuta de R$500 mil de consumo da diretoria na rede de churrascarias, surge a infame certeza e até concordância: a de que, de fato, o comando do Flamengo anda precisando urgentemente de um rodízio.

Rodando pelas interwebs: o "sim" de Ibson, o "não" de Juan, novo zagueiro...

Ibson se apresenta ao Fla, mata saudade e avisa: "não sou a solução"-  Tudo bem que essa não foi a notícia mais recente do nosso "novo" camisa 7, pois até treinar ele já treinou; mas quis ressaltar a matéria de sua chegada por dois motivos. O primeiro, claro, é a felicidade dele. Não é por nada não, mas trocar o time de Neymar, Ganso e Libertadores pra aturar Joel Santana e Ronaldinho Gaúcho...Dá pra desconfiar que é amor. Só pode. E que bom. Mais do que nunca, o Flamengo precisa de gente que queira o Flamengo. Daqui a pouco falo disso.

E o segundo motivo é justamente a declaração que aparece na manchete. Bom ver que Ibson concorda comigo. E, juro, isso não é tirar onda, mas simplesmente fazer questão de reafirmar o óbvio que pode ser explícito e ululante, mas precisa ser ressaltado. A salvação do Flamengo é igualmente clara: trabalho, talento e compromisso coletivos. Que Ibshow seja bem-vindo, e se torne parte de um grupo mais comprometido.

Siga o Mil Vezes Flamengo no Twitter

Juan diz não ao Flamengo e quer ficar na Europa - Antes de qualquer coisa, vamos parar de demonização. Há muito tempo que Juan é adulto e, por isso, tem o direito de decidir aonde quer ficar. A nós, torcedores, recomendo não ter revolta, mas só a gratidão por ele ter honrado o clube enquanto o defendeu, e pronto. Agora, o Flamengo é que tem que ter entendido de uma vez por todas que ele não quer voltar. E a notícia seguinte me aponta que a fila andou...e de um jeito legal.

Curta o Mil Vezes Flamengo no Facebook

Fla acerta contratação do zagueiro Thiago Medeiros, ex-Madureira - Eleito para seleção do Cariocão, 20 anos de idade, e emprestado: me diga como este negócio pode ser ruim para o Flamengo? Claro que é uma bola dentro. E pros que gostam de ver qual é a do jogador por meio daquelas filmagens meia boca do YouTube, taí o vídeo:



Curtiu ou não?

Flamengo perde para São José e se complica no NBB - Eu vi parte do jogo e a dura realidade é que fomos dominados por quase todo o jogo. A exemplo dos boleiros, a galera Rubro-Negra da bola laranja parece não gostar de moleza - e digo isso pensando no jogo #2, em que ganhávamos até instantes finais do último quarto, quando os caras acertaram uma bola de 3, levaram a partida à prorrogação e nos venceram no overtime. Agora, vamos para um jogo de vencer ou vencer na sexta-feira lá no Tijuca e, no caso de um êxito, irmos para o quinto e decisivo confronto na casa do adversário. Bora, Flamengo! 

sábado, 19 de maio de 2012

Flamengo x Sport: uma estreia a altura de nossa preparação

A foto é feia? O jogo foi bem mais
E com um melancólico empate em 1 x 1 com o Sport na Ilha do Retiro o Flamengo começou sua jornada rumo ao hepta. Quer dizer, em termos mais realistas, iniciou a jornada do Brasileirão 2012 pois, com a bagunça técnica e tática que nada tem a ver com um período de um mês de treinamentos, vai ficar difícil encostar um dedo nessa taça. Se bem que, com esse quase um mês de planejamento e preparação nas coxas, não dá pra dizer que fomos enganados, que esperávamos um Flamengo bem trabalhado tatica e tecnicamente...

O Flamengo que hoje vimos é isso aí: é o Flamengo do Joel, medonho como tal. Um time esquisito, mal escalado, com jogadores fora de suas posições ideais, repetindo seus velhos erros, uma zona do cacete, enfim. Pela frente, essa equipe tinha os buchas do Sport, igualmente vindos de fracassos e que, em boa parte do primeiro tempo, pareciam ter combinado com os nossos de fazer um joguinho muito do muquirana com vistas a um 0 x 0 a altura do espetáculo. Só que, de vez em quando, os pernambucanos furavam o acordo, dando trabalho pro Paulo Victor...e nosso goleiro, o melhor do Flamengo em campo, não nos decepcionava. Se fosse o Felipe, não ficava mais doente de bobeira não.

Siga o Mil Vezes Flamengo no Twitter

Curta o Mil Vezes Flamengo no Facebook

Enquanto Paulo Victor espalmava uma aqui, outra ali, aturávamos a não-estreia de Rômulo no time titular, um Magal tímido, Bottinelli jogando o fino da bosta e R10 naquela sua incrível vibração de público de show de fado. Tudo bem que o Dente quase fez um golaço de falta, mas vamos ser pragmáticos: quantos de seus bem mais de R$1 milhão de salário equivalem a um mero quase gol? Pois é.

Veio o segundo tempo. Paulo Victor, acionado de vez em quando, se saiu bem até o momento em que não podia fazer nada, numa bola competentemente colocada no ângulo pelo atacante deles. E foi aí, depois do preju, que Joel resolveu colocar em campo a formação que até meu chefe, que odeia futebol, sabe que é a melhor com o que temos na atualidade: a de Deivid com Love no ataque, trazendo R10 de volta pro meio. O ajuste não fez o Flamengo virar um trator, mas pelo menos nos trouxe mais chances; e, numa linda enfiada de Kléberson - um dos poucos a se salvarem no jogo de hoje -, Love marcou. Era o empate, quase aos 30 do segundo tempo. Foi isso.

Corta a cena para a coletiva do Joel ao fim da partida. Suado, visivelmente nervoso, num superclose mais incômodo do que vestir sunga molhada, ele me solta aquele clichezaço joelístico de que "ganhar um ponto só nunca é o ideal, mas diante das circunstâncias do jogo, o resultado foi bom".

Sinto ganas de jogar a garrafa de cerveja na TV mas aí eu penso nos 90 minutos anteriores, no Rômulo e sua não-estreia, no Bottinelli jogando o fino da bosta, nas antológicas pixotadas do Weliton e seu quase gol contra, na bagunça tática da cabeçada toda...e concluo: enquanto tivermos essa nariguda circunstância de jogo dirigindo nossa equipe, um empate xexelento jogando contra um timeco virtualmente rebaixado é de fato de se tirar o chapéu. Quero só saber o que ele considera um resultado bom contra o Inter, nosso próximo adversário.

Mentira. Queria mesmo era que, daqui a uma semana, ele não tivesse mais nada a ver com isso.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Flamengo x Sport: o Hepta começa na base da vontade

O recado tá dado.
Até que enfim. Estamos somente a algumas horas de nos livrarmos desse recesso chataralho para nos reencontramos com o Flamengo. E se vai ser bom demais pela volta do simples ato de estarmos diante do Mais Querido, do ponto de vista futebolístico não rola qualquer segurança de que vai realmente ser legal - algo altamente justificado pelas lambanças deste início de 2012...e pelo que andamos sabendo dessa entressafra.

Neste quase um mês de paralisação, tudo o que o torcedor Rubro-Negro queria era que os jogadores e aquele que os comanda revisitassem aquele velho clichê dos limões que viram limonada. Em outras palavras, que tivessem aproveitado esse tempo não apenas para se adequarem fisicamente, mas pra se afiarem individual e coletivamente, com aprimoramento técnico, tático, o escambau pra entrarem atropelando no Brasileirão, especialmente neste momento em que alguns dos reais concorrentes ao título ainda se encontram às voltas com a Libertadores. Enfim, coisa que sabemos não ser impossível, pois foi feita no ano passado pelo Corinthians. E se eles conseguem, muito mais fácil para nós fazermos, se não melhor, pelo menos o mesmo. Né?

Siga o Mil Vezes Flamengo no Twitter

Curta o Mil Vezes Flamengo no Facebook

Só que vai uma distância monstruosa entre esse Eldorado das boas práticas e o que passa (ou não) pela prancheta de sir Joel. Fico veramente frustrado por não haver um repórter, meu Deus, um único repórter esportivo com a coragem de perguntar na lata: "Joel, neste período de preparação do Flamengo para o Campeonato Brasileiro, quantas jogadas ensaiadas o time preparou?" - e de preferência com as câmeras ligada em superclose na cara do sósia infame de Kadhafi. Se todas as pessoas da Terra já sabem qual seria sua resposta, pelo menos eu queria vê-lo chupando essa manga azeda.

Mas então. Voltando à metáfora batidona, diante desses limões não espremidos, tendo em vista essa aridez de trabalho sério e profissional, desse arremedo de planejamento, o que nos resta neste exato momento? Para falar do agora, e tão somente dele, a resposta é simples: vontade. O que mata esse time do Flamengo - ou melhor, o que mata a torcida Rubro-Negra - é que, quando esse time que está aí demonstra desejo real de vencer uma partida, por mais que não haja jogadas ensaiadas, variações de esquema etc., quando esses desgraçados querem ganhar de verdade, a vitória é bem possível - vide Potosí e Lanús no Engenhão, pra falar de dois jogos da maldita Liberta. Repito: no panorama de hoje, 18 de maio de 2012, é a vontade que pode nos fazer arrebentar a bunda desse maldito Sport, clube tão importante para o universo esportivo quanto as algas cianofíceas para o mundo animal. Desse eterno timeco de módulo amarelo a gente dá conta fácil, se tiver um pentelhésimo de compromisso com a conquista dos 3 pontos.

Neste sábado de reencontro com o Flamengo, espero sinceramente que os 11 e os que mais entrarem levem a campo essa fome de 35 milhões de mulambos; e, quanto a Joel, que Zinho esteja perto, bem perto, para confirmar de vez que o treinador que temos hoje pode ser carismático, simpaticão, amigo da boleirada, mas não tem a menor condição de ser o nosso condutor rumo ao nosso sétimo título brasileiro. E isso tudo sem empatar, tampouco perder. Muito pelo contrário: metendo uma incrível goleada nesse bando pernambucano. Bem que poderia to be mas, enquanto it is not, que vença a vontade. Que vença o Flamengo, na raça, no amor, na paixão, e em tudo mais que ajude a empurrar a bola na rede dos buchas. Senhores, ao hepta!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O programa de estreia da TV Fla

Eu bem que tentei pôr o vídeo aqui ontem, mas não tava rolando permissão... Até que a incrível Dani Souto, do Primeiro Penta e madrinha do Mil Vezes Flamengo, postou o vídeo no site e deu a dica. Então, confiram aqui  também:



Eu vi ao vivo o programa - que vai ao ar nas interwebs toda terça-feira às 20h - e achei um começo legal. Tem muita coisa pra melhorar, mas a tendência é que o programa evolua sim. E, claro, como tudo que tem a ver com o Flamengo, é certeza de sucesso. Vale a pena dar aquela prestigiada. Clique acima e divirta-se.

A incrível odisseia do Flamengo garimpeiro na terra da imprensa bipolar

Quem é o Amaral e quem é o Jorge Luiz? Dica: não é o cara do meio...
O Flamengo não nasceu para ser grande porque ele simplesmente já era imenso desde seu primeiro minuto. E é por isso que sempre esperamos ver jogadores de alta relevância vestindo o Manto. Tudo isso é verdade; mas se a grandiosidade é o delicioso destino do Rubro-Negro, quis a dedicação de gestões e mais gestões em fazer o errado que o mesmo se desse com nossas dívidas.

Desde que me entendo por gente - e, consequentemente, por torcedor do Flamengo -, fosse qual fosse o período do momento eu nunca consegui decorar as cifras exatas do nosso débito da vez. Muito provavavelmente, um artifício do meu cérebro pra me livrar de um sofrimento maior. Mas nunca me faltam fatos e notícias pra me recordar da realidade rombuda de nossos cofres. Uma defasagem financeira a toda prova, que é um motivo cristalinamente convincente para tentarmos evitar mais gastos, sobretudo os violentíssimos - algo que nos é recomendado especialmente por repórteres, comentaristas, colunistas, integrantes da imprensa, enfim.

Parece um pensamento sóbrio? Claro que sim...não fosse as conhecidas insensatez e a incoerência dessa gente que resolvem aflorar em momentos de entressafra e que, nestas férias forçadas, surgiram com ainda mais força. Afinal, neste incômodo recesso de agora, em mais de uma vez eu pude ouvir e ler jornalistas ironizando os novos nomes do elenco do futebol flamengo e criticando a diretoria pela falta de contratações de pe$o.

Não sou maluco de querer mentir pra alguém, dizendo que eu preferia mesmo ler e ouvir a respeito da chegada à Gávea de Wellington Silva, Jorge Luiz e Amaral do que as de Montillo, Liédson, Oscar e tantos outros craques que valem no mínimo umas 20 cartoletas; mas é bem óbvio que o momento do Flamengo pede, clama por investimentos mais modestos e que não, não necessariamente significam que sejam perebas, barangas e pernetas.

Se os nomes citados acima não enchem os olhos de alguém, pelo menos o futebol deles chamou alguma atenção - Wellington, por exemplo, acabou de ser eleito revelação do Cariocão. "Grandes titicas", você pode pensar; mas é essa a que temos para o momento. Ou você prefere esses ex-craques que vivem insistindo em cair nas noitadas de pagode e funk do Barra Show no nosso time? E nem me fale de Messi, Drogba... Tô falando do que cabe no nosso humilde, pequeno e furado bolsinho.

Assim, quanto às contratações, tentando ser muito justo, não cabe agora otimismo nem pessimismo. O resultado da soma de um jogador vindo de fora do Fla com o Manto é sempre algo imprevisível. Já vimos Obinas se consagrarem e Juninhos Paulistas arregarem amargamente. Há os que trajam nossa camisa como chumbo e os que a vestem como pólvora. Por isso, só mesmo a partir deste bendito sábado de 19 de maio de 2012 é que a gente deve começar a saber em quais dos grupos os três irão se encaixar.

Enquanto isso, torço e espero que venham mais jogadores; e que o critério que os defina como novos Rubro-Negros seja o talento, não o nome. Se esses caras forem baratos e novos, por que não? Não defendemos que o Flamengo que tão bem cria craques saiba também achar talentos? Não desejamos que o Flamengo aprenda de uma vez a ganhar dinheiro nas transações? Não amamos dizer que o Flamengo é aposta, pioneirismo? Então.

Pensem aí. Quando sabemos que esse Flamengo grandioso é um ferrado de grana de primeira grandeza, aí essa postura da compra-pechincha. faz ainda mais sentido. O que não junta lé com cré é a postura da imprensa, que via de regra põe o cérebro no baldinho no afã de mais Ibope. E pior do que ela e esse morde-sopra da gastança, só mesmo ver o Rodrigo Alvim inscrito no Brasileirão.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Semis do NBB: vamos, Flamengo!

Hoje é dia de a torcida flamenga novamente lotar o Tijuca Tênis Clube para ver o basquete Rubro-Negro sacudir o São José pelas semifinais da NBB a partir das 21 horas.

Nosso adversário não é mole - foi o primeiro na fase classificatória - e os jogadores Rubro-Negros precisam de todo apoio possível. Quem não puder ir ao ginásio do TTC, vale a torcida pelo SporTV. Nosso basquete merece - e muito.


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Zinho: um potencial importador de craques

Qual a notícia mais interessante para os Rubro-Negros nesta segunda-feira até agora? Pra mim, errou quem respondeu "Ibson", pois este ainda não é um fato. A resposta, penso, é a CBF ter antecipado em mais de um mês a janela de transferências de atletas estrangeiros para poderem jogar o Brasileirão.

Sem dúvida, essa informação aquece ainda mais o mercado brasileiro - que, naturalmente, neste período já pega fogo com as boatarias envolvendo idas e vindas de jogadores; e para nós, Rubro-Negros, aumenta ainda mais a nossa expectativa...e tudo por conta de Zinho.

Como todos sabemos, Zinho acaba de sair do Fox Sports, onde trabalhou durante a primeira fase e as oitavas da Libertadores como comentarista. Nesta função, teve a chance de analisar profissionalmente bons jogadores que no hablan português - e que, quando ele se tornou diretor, muito provavelmente tornaram-se nomes em sua lista como opções de bom custo-benefício para o Flamengo.

Se muito se tem falado sobre os reforços "humildes" do Flamengo até agora - e depois farei um post só sobre eles -, acredito que, se Zinho tiver mesmo a autonomia a ele prometida, em breve podem pintar na Gávea alguns gringos bacanas. Quem? Não faço ideia. Mas acho que Z11 não vai guardar essa expertise colhida nos poucos meses de Fox Sports só pra si não...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A primeira entrevista de Zinho como diretor do Flamengo



Na noite desta quinta, Zinho se despediu do Fox Sports, canal em que trabalhava como comentarista, para assumir o cargo de diretor de futebol do Flamengo. Antes de deixar o canal, porém, deu uma entrevista bem bacana ao vivo, falando do desafio, da autonomia que terá e que contratações virão.


Eu curti o depoimento e as palavras dele. E destaco minha frase favorita do papo: "A estrela não é o Zinho, não é o A, o B ou o C: a estrela é o Flamengo".  É esse o espírito, Zinho! Que tenha a maior sorte do mundo.

Não deixe de apertar o play, e fique à vontade para falar do novo dirigente Rubro-Negro.

Siga o Mil Vezes Flamengo no Twitter

Curta o Mil Vezes Flamengo no Facebook

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Rodando pelas interwebs: Zinho confirmado, Junior César pulando fora...

Flamengo anuncia Zinho, que se apresenta ao elenco nesta sexta - Espero que essa seja uma excelente notícia. Na verdade, já é legal, posto que o Zinho sabe o que é ser Flamengo, e tenho uma impressão de que é sujeito homem, de caráter. Mais sobre isso eu já disse; agora me resta desejar uma excelente sorte - mais do que a que o Zico teve em sua curta e frustrante experiência como dirigente Rubro-Negro...

Curta o Mil Vezes Flamengo no Facebook


Siga o Mil Vezes Flamengo no Twitter


Em silêncio, Fla negocia transferência de Junior César para o Atlético MG - Eu sei que Junior César anda em débito - e concordo. Mas se for pra sair, que seja por uma boa grana, suficiente para reforçar o setor. Magal pode até já ser titular, mas pra ganhar um campeonato longo como o Brasileirão é preciso elenco. Então, só saia se significar a vinda de um substituto.

Flamengo negocia patrocínio master com três empresas - A vontade que dá é a de escrever um infindável "zzzzzzzzzzzz"; mas quando penso que a tal terceira empresa oculta na matéria pode ser a Olympikus, aí me animo. Se for mesmo, torço por ela.

Flamengo acerta disputa de amistoso em Teresina na próxima quarta - Em campo, vamos pegar a seleção piauiense. Não é lá grandes coisas, mas é algo que poderia amenizar a saudade de ver o Mengo em campo... Putz! Será que algum SporTV da vida não se anima a exibir o jogo não?


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Meus Jogos Inesquecíveis: Bebeto se salva e janta o Galo no Maraca



Me lembro muito bem. Meu pai e eu no Maracanã, prontos para ver o Flamengo pegar o todo poderoso Atlético Mineiro, apontado por muitos como o favorito do quadrangular da Copa União de 1987. Eles tinham o veterano goleiro João Leite, o camisa 10 Renato e um atacante bizarramente veloz chamado Sérgio Araújo, que depois viria a jogar na Gávea.

Estádio lotado para um jogo que não foi nada bom pro Flamengo, mesmo tendo Renato Gaúcho, Zico, Andrade, Leandro... O Atlético, inclusive, esteve muito perto de fazer o dele num lance incrível em que Sérgio Araújo tinha tudo pra driblar Zé Carlos, um dos tantos bons goleiros Rubro-Negros que vi jogar, mas acabou desarmado pelo goleiro e sua mão direita. Monstro. Enquanto isso, do nosso lado do ataque, gol, que é bom...

Siga o Mil Vezes Flamengo no Twitter

Curta a página do Mil Vezes Flamengo no Facebook

Inclusive, quem estava muito mal era Bebeto. Tanto que, lá pelos 30 do segundo tempo, a torcida começou a pedir a Carlinhos a entrada de Alcindo no lugar do baiano. Mas eis que sai uma jogada bem armada aos 32, Bebeto recebe um toque de Zico e desencanta, pegando de direita no contrapé do João Leite. Tava derrubado o Galo no primeiro round das semi, e aberto o caminho para o nosso quarto Brasileirão.

A última recordação é uma das mais maneiras: eu e meu pai, descendo um dos túneis do anel da arquibancada, cantando junto com a massa: "Ê, ô, ê, ô/Vamos comer galo em Belô!". Outro dia, claro, eu escrevo sobre esse jogaço.


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Sobre Zinho e uma real cultura de mudança no Flamengo


Antes de falar do Zinho: mas que grande saco essas férias do Flamengo. Não sei o que é pior: a falta que faz o futebol Rubro-Negro nas vidas de mais de 35 milhões de torcedores, o marasmo dessa diretoria em tomar providências ou o caminhão de especulações, informações desencontradas e desmentidas que temos que aturar. Acho até que vou fazer uma enquete na página do blog no Facebook sobre isso. 

Mas enfim. O assunto da vez é a possível vinda do Zinho para ser o diretor de futebol do Flamengo. E se vier de verdade?

Temos dois fatores nesse assunto que, embora distintos, estão totalmente conectados: a competência do Zinho e a do Flamengo em deixá-lo trabalhar.

Curta o Mil Vezes Flamengo no Facebook
Sobre Zinho, há muito pouco o que falar como dirigente. Foi diretor do Nova Iguaçu, mas desconheço como foi seu trabalho por lá. Fica a impressão de ser um cara sério e de caráter - e essas, para mim, são pré condições para alguém exercer qualquer cargo, de faxineiro a presidente.

Quanto ao segundo assunto - a manha do Flamengo em deixá-lo trabalhar -, aí eu posso falar bastante. Se de fato for competente e bem intencionado, Zinho só conseguirá aplicar essas qualidades se houver uma intenção real do Flamengo em não confiar que ele seja um salvador, mas fazer com que ele seja alguém com autonomia para implantar o que, no mundo corporativo, se chama de cultura de mudança.

Ter cultura de mudança é ir fundo na descoberta dos erros. É ter liberdade de mexer em processos e modos de agir e pensar que estão há tempos arraigados no cotidiano. É ter disposição não só pra aturar os descontentes como, dentre eles, passado o susto inicial da mudança, identificar os que têm intenção de se adaptar com a nova forma de administrar e descartar quem quiser manter as coisas como estão.

Infelizmente, o que escrevi no parágrafo acima não parece algo condizente com o que sabemos da atual diretoria Rubro-Negra. E é por isso que, infelizmente, acho difícil que o Zinho ponha ordem na cozinha de verdade. De verdade, acertar a situação do Mengo é ir muito além da superfície da sopa, que é o máximo que o clube consegue fazer. Pior: o máximo que os mandatários do Flamengo parecem querer.

Seja Zinho ou qualquer outro que chegar para comandar o nosso futebol, que seja não para mexer nos galhos, mas atacar a raiz; mas isso só vai acontecer se o Flamengo assumir de verdade que quer uma mudança. Infelizmente, com o que temos hoje no comando do clube, acho difícil que essa intenção seja real. 

Que eu queime minha língua - que, nesse assunto, há milênios anda incomodamente intacta.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Mais boatos do que fatos. É esse o planejamento?

Como diria um sábio e desconhecido filósofo contemporâneo, quando chove merda nunca é garoa. E, pelo clima da Gávea, São Pedro não anda de bem com São Judas não. O que deveria ser um período de pouca ressaca (por conta do ridículo primeiro semestre) e muito trabalho (para tentarmos alguma coisa no segundo) tem sido um mês marcado bem mais pelas notícias e boatos que, quando não são ruins pra cacete, são no mínimo esquisitos.

Só para simplificar, vou me ater apenas aos exemplos do dia de hoje - que, além do trabalho que mencionei acima, era para ser principalmente de festa pelos 100 anos de futebol do Flamengo , mas que acabou nos trazendo algumas surpresas bem agradáveis, pra não dizer o oposto. De cara, uma história de que Thomás, um de nossos guris mais promissores, teria se indignado com a notícia de que voltará aos juniores e, por isso, aberto a possibilidade de sair do Flamengo. Imagine o susto que eu, que sou árduo defensor da molecada da base no time profissional neste Brasileirão, tomei. Pô. Bem mais tarde, pelo que averiguei nas interwebs, todo esse inconformismo seria supostamente uma cavada safada do empresário do garoto; e que ele estaria disposto ao retorno aos juniores sem maiores problemas. Ufa. Tomara que esteja a fim, também, de dispensar esse zé bunda que trabalha com ele. Fica a dica, Thomás.

Aí, no começo da tarde, veio a notícia de que enfim a diretoria teria escolhido o nome para ser o homem forte do futebol Rubro-Negro: Luiz Henrique de Menezes. "Quem?", você certamente se perguntou ao ler. Pois é: quem? E logo no dia de hoje, para piorar tudo. Mais desconhecido do que figurante de novela das seis, Luiz Henrique, do alto de seus 68 anos de idade, dentre os quais alguns de amizade com Joel "I don't make mistakes" Santana, felizmente teve um rasgo de lucidez e disse "não" ao convite em notícia que só veio no fim da noite. Ufa, parte 2.

Por fim, cai no nosso colo um tal troca-troca entre Flamengo e Cruzeiro, no qual vai Bottinelli e vem Victorino, zagueiro uruguaio de 29 anos. Não possuo qualquer opinião sobre esse aí, mas tenho sobre o argentino. E acompanhem meu raciocínio.

Num momento em que o Flamengo busca reformular seu elenco, deveria ser prioridade a erradicação imediata dos perebas. Veja bem: perebas. Jogadores que não poderiam encostar no Manto nem como assistentes de roupeiro. E Bottinelli pode não ser craque - e não é -, mas definitivamente não é perna de pau. No meu entendimento, em um cenário ideal, em que o clube traria pelo menos um meia de criação, Bottina cai bem no meio de banco. É aquele velho papo de que clube campeão não basta ter time, mas elenco. E, assim, fiquei cabreiro com essa parada, que ainda não virou a parte 3 do Ufa! não...e corre sério risco de se concretizar, pelo andar da carruagem. Enquanto isso, fica o jogador vivendo essa incerteza, sem conseguir focar no que deveria apenas estar focado. Tá bom ou não tá?

Se as especulações das entressafras Rubro-Negras sempre foram uma constante - desde a época em que o falecido Jornal dos Sports colocava Maradona, Van Basten e Platini no Flamengo -, desta vez elas vêm com o gostinho do desgoverno Patrícia Amorim, mais perdido do que boca de banguela, que escolhe homem forte do futebol sem sequer saber se ele curte a possibilidade de ir para a Gávea, cogita dispensar Bottinellis para ficar com os Neguebas etc. Isso pra dizer o mínimo.

Enquanto esse show dos horrores come solto, a gente não perde a contagem: faltam 17 dias para nossa estreia no Brasileirão. E já faltaram 13 dias no tal planejamento Rubro-Negro, em que faltam fatos e sobram boatos. Aliás, de tão perdida que a coisa tá, nem mesmo os fatos têm data certa pra acontecer - tipo a chegada do Ibson.

De certo, mesmo, a gente fica com jogo-treino contra o Duque de Caxias e contratação de enteado jiu-jiteiro de Joel para segurança do Flamengo. Ufa...só que ao contrário.







quinta-feira, 3 de maio de 2012

Carta de Alberto Borgerth* aos 100 anos do futebol Rubro-Negro

Em pé, da esquerda para a direita: Lawrence, Amarante, Píndaro, Baena, Nery e Galo; sentados, da esquerda para a direita: Curiol, Arnaldo, Zé Pedro, Miguel e Borghert. Este foi o primeiro time de futebol do Clube de Regatas do Flamengo. 

Rio, 3 de maio de 2012



Sempre fui um amante das primeiras horas da manhã. Tenho certeza de que foram feitas, talhadas para os treinos e disputas do remo, meu primeiro esporte. E se o amanhecer eternamente me encanta, o do Rio de Janeiro, minha cidade, me é um espetáculo por demais especial, que me dou o prazer de testemunhar todos os dias.

No de hoje, a disposição me surgiu ainda mais pujante. Despertei de pronto, lépido qual Pherusa numa de tantas regatas que vencemos. De minha vista privilegiada, procurei não o reflexo do sol nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas - por sinal, o Astro-Rei estava tímido -, mas meu olhar esteve bem próximo. Buscou-a e, sem demora, lá estava ela diante de mim: a Bandeira Rubro-Negra. Que um dia conheci ouro e azul. Que um dia, veja só, me foi símbolo adversário - um absurdo, reconheço; mas que, no dia em que permiti-me apaixonar por ela, foi me tomando da mesma forma como fez e faz com tantos brasileiros, antes e depois de mim. 

Lá estava meu pavilhão amado, tremulando altivo, seguramente sabedor da celebração da importante e especialíssima efeméride: 100 anos de futebol do Flamengo. 

Não consigo traduzir nestas e noutras letras, nascidas neste meu mundo atual ou naquele que um dia habitei e que me deu privilégio de me fazer Rubro-Negro, o sentimento que me abraça, trazido pelas recordações daquele 3 de maio de 1912, nosso primeiro grande jogo. Retumbante 16 a 2 contra o Mangueira, no belo estádio do América na Rua Campos Salles, no qual pude colaborar com três goals. Recordo-me claramente da felicidade explosiva e, ainda mais limpidamente, de uma frase que se repetia de forma infindável em minha mente em meio a toda festa na ocasião: "Fiz o certo".

Hoje, 100 anos depois, ainda brilha em mim o orgulho de ter sido o primeiro daquele levante contra o Fluminense Football Club e da consequente iniciativa de ter, de vez, migrado para o Flamengo, no qual já remava, para tornar-me não apenas um jogador do scratch Rubro-Negro mas fundador do esporte no clube e defensor ferrenho do mesmo, batalhando sempre para que o Flamengo das águas se tornasse também o dos campos. E assim o foi.

Confesso, experimento por um instante certa soberba quando me recordo ter sido eu o estopim da maior paixão dentre tantas em vermelho e preto deste clube, colaborando nos matches e no cotidiano para fazer o futebol flamengo ser uma grande realidade, sem saber, àquela época, que se tornaria a mais bela de todas; e me encho de brios ao ter o peito e a mente invadidos pelos gritos da torcida, nos treinos cada vez mais concorridos na Praia do Pinto e, posteriormente, no campo do Paysandu ou nas batalhas em campo. Não consigo disfarçar o ímpeto de ter em mim, vivos, os delírios, a cada gol, da massa que não apenas vimos nascer como ajudamos a criar - composta, como João do Rio tão bem descreveu, de "meninas que pareciam querer atirar-se e gritavam o nome dos jogadores, de senhoras pálidas de entusiasmo, entre cavalheiros como tontos de perfume e também de entusiasmo".

Por um átimo, tudo isso realmente me faz repleto de um orgulho colossal; mas logo penso ser bobagem atribuir a uma só pessoa tais feitos pois, antes de tudo, o Flamengo estava destinado a ser grande. Sempre fora. Sempre será. 

Embriagado de emoção, retorno das recordações à Bandeira. E, cometendo uma heresia a quem me está tão perto, é não a Ele, mas a Ela, que peço que ilumine não apenas os que um dia souberam defender em suor, denodo e talento sobre os campos verdes do mundo o Flamengo e suas cores, mas igualmente rogo que siga inspirando e fortalecendo todo atleta Rubro-Negro - e, em especial, neste 3 de maio de 2012, os que agora contam nossa história no futebol. Que o seu tremular, seja em nossa sede, nas mãos da torcida ou em suas próprias, os façam saber que são privilegiados em defender o Flamengo como um dia eu fui; mas que entendam que, ao mesmo tempo, são servos de um amor infinito e inquebrantável, movido a milhões e tão bem representados em ti. 

Que ao te fitarem, Bandeira Rubro-Negra, percebam tua força, acatem teu respeito, incorporem tuas cores e teu espírito; e traduzam tudo isso na vontade de vencer, vencer, vencer - sentimento que tão apaixonadamente experimentei há 100 anos, vivi por tantos e sinto eternamente. 

Para sempre benditas sejam esta data, minha torcida, Nação minha e de todos nós. E, acima de tudo, abençoado seja o Flamengo.

Apaixonadamente,
Alberto Borghert





* Alberto Borgerth foi o fundador do futebol do Flamengo. Esta carta é uma obra de ficção, pequena homenagem minha a essa data tão especial para todos nós, Rubro-Negros. Agradecimentos e créditos à Flapédia e ao site Rio, Cidade Sportiva, de onde colhi algumas das informações presentes no texto.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Por um Flamengo de meninos no Brasileirão















Os noticiários já apontam como certa a vinda de Ibson para a Gávea. Neste novo retorno, diz-se que o meia ganhará um salário de R$300 mil. E aí?

Pelo que ando checando nas interwebs, a Nação está dividida. Uns acham que Ibson cairá muito bem no time Rubro-Negro, tanto pelo talento quanto pela identificação com o clube; outros acham uma contratação bem questionável pela relação alto custo x benefício duvidoso, argumentando que uma diretoria tão competente como a do Santos - que consegue segurar Neymar, um dos maiores jogadores do mundo na atualidade, por tanto tempo - não liberaria Ibson assim de bobeira se ele estivesse jogando o fino.

Sobre Ibson, bem, eu já andei falando recentemente; por isso, agora quero apenas aproveitar a polêmica em torno da vinda dele e, sobretudo, das cifras envolvidas, para ir para outro assunto...

Não há uma só alma apaixonada por futebol no mundo que não saiba do mar de dívidas em que o Flamengo está atolado. Na semana passada foi divulgado o balanço econômico do Rubro-Negro em 2011, cujo panorama é desastroso. E ainda assim, o nosso presente é o de um time sem patrocínio master e cuja estrela ganha quase R$2 mi, ainda que não faça jus a R$2.000...e, agora, o de Ibson. O que fazer?

Dentro das minhas condições, eu só posso dizer o que eu faria hoje, considerando Ibson já na Gávea. E o que eu faria é muito, muito simples: um Flamengo no Brasileirão com a predominância de nossos juniores no time principal.

Adryan. Thomás. Muralha. Nixon. Camacho. Mattheus. Lucas. Há tempos o Flamengo não tem uma molecada tão boleira - o último coletivo de juniores talentoso desse jeito, pelo que eu me lembre, foi no começo dos anos 90, com Marcelinho, Djalminha, Junior Baiano etc.. Então, por que não pôr essa garotada em campo para nos defender no Brasileirão?

Isso é o que eu faria, sem pestanejar. E enxergo diversas vantagens nisso: são bons; são entrosados; sabem há tempos o que é defender o Flamengo; não ganham salários exorbitantes...

E os profissionais? Dispensaria, de cara, o a$$$tro da companhia, enxugando e muito a folha salarial; e, dentre os demais, deixaria no time titular só Felipe, Léo Moura, Ibson e Vágner Love. O resto, preencheria prioritariamente com os juniores capazes e, sobrando vaga, com os pros que a merecessem de verdade. Pronto. Juntamente com isso, daqui pra frente, tentar estipular um teto salarial, dando fim a essa esculhambação, a essa irresponsabilidade com os cofres Rubro-Negros que dura tanto e tanto tempo.

E muito importante: o Flamengo da molecada no Brasileirão não deveria ter a menor obrigação de título - lembrando que isso não tem nem teria nada a ver com comprometimento, aquela característica que tem que estar sempre no nível máximo em se tratando do Mengo. O Flamengo da molecada no Brasileirão 2012 seria um grande passo do planejamento com vistas a 2013. O objetivo é dar moral, responsabilidade e, sobretudo, calo de profissionais a essa geração que, junta, já ganhou muitos títulos em divisões inferiores.

É isso. Melhor momento para fazer isso o Flamengo não tem. Falta grana, sobra talento na amada e sempre falada base Rubro-Negra. É uma chance de ouro que, infelizmente, a diretoria parece não aproveitar, sequer perceber.