Google+ Mil Vezes Flamengo: setembro 2013

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Flamengo 1 x 1 Botafogo - 45 minutos e só

Geralmente eu boto foto do autor do gol, mas como ando
com uma tremenda má vontade com o André Santos,
preferi Paulinho e seu improvável cruzamento
Se fosse diretor do Flamengo, faria um lobby ferrado junto à Fifa para transformar o futebol em um jogo de 2 tempos de 22 minutos e 30 segundos. Isso porque, há tempos, é um time que só consegue jogar 45 minutos; e isso foi novamente provado neste primeiro confronto das quartas-de-final da Copa do Brasil contra o Botafogo.

Na etapa inicial, tirando algum nervosismo presente no perde-e-ganha e nos passes errados, o Flamengo teve não apenas disposição e brios como, pasmem, alguma qualidade. Chegou bem à frente, criou possibilidades... O time todo apareceu bem, com exceção justamente para o autor do gol. Se o time está longe do ideal, André Santos está um degrau abaixo, e não é só no que diz respeito à qualidade técnica. Porém, teve uma virtude: a de estar no lugar certo no momento exato, em um lance que divide a autoria em 50% com Paulinho, que conseguiu um improvável centro. 

De André Santos, no entanto, pouco espero; mais frustrado fico ao ver o time não convertendo boas chances, como a de Hernane logo no início da partida e a de Carlos Eduardo dentro da pequena área, num lance que contou com milagre do bom goleiro adversário. E a agonia é ainda maior por conta do motivo que figura no título do post e no primeiro parágrafo. Quando sabemos da queda de rendimento previsível na segunda etapa, a coisa agrava.

Aliás, até quando? Até quando esse time vai seguir caindo vertiginosamente de produção na segunda etapa? Se tivemos o jogo na primeira parte do jogo, na final ele foi do Botafogo. Eles acharam o gol deles, tiveram chances que também não foram aproveitadas - embora, ao meu ver, menos agudas que as nossas - e ficou por isso mesmo. Dos 30 em diante, aí mesmo é que a partida morreu. Dois times cansados, e a situação no Flamengo ainda mais grave com o fraco Cáceres e o improdutivo Gabriel em campo... 

Foi bom? Não. Foi ruim? Se julgarmos pelo Flamengo e pelo Botafogo do Brasileirão, e se considerarmos que estávamos desfalcados do grande jogador Rubro-Negro da temporada, Elias, não mesmo. E tudo ficou para ser decidido no segundo jogo - em que, como mandante da partida, espera-se pelo menos que o Flamengo volte a saber jogar por 90 minutos. É o mínimo.

* * * 

Samir e Luiz Antonio, pra mim, foram os melhores do Flamengo na partida. O zagueiro, aliás, na minha opinião é a grande joia dentre os recém-promovidos da base. Joga simples e sério, me lembrando bastante Juan em sua juventude. Luiz é o segundo; e ainda insisto em que ele pode se adaptar e aprender a ser primeiro volante. 

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Falando na posição, Amaral não é o ideal, mas é esforçado. É nome melhor que o de Cáceres para a posição.

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Inacreditável a inoperância de Gabriel. O que acontece com ele, afinal?

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Paulinho "Sonic" é um jogador curioso. Tem momentos bons - como a bola que originou o gol - e outros pavorosos. Nestes últimos, destacam-se as conclusões em gol. De lembrar outro "maluco": Rodrigo Mendes.

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Há quem pense que o Flamengo deveria priorizar o Brasileirão. Sou contra essa ideia. Afinal, não são atletas? Como não dão conta de 2 jogos por semana? Tem muita gente que não é atleta profissional e que corre muito mais que esses caras. Muita!

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Jayme, efetivado até o fim do ano. Concordando ou não, já é um fato. Hoje dá pra dizer que ele escalou bem - tirando o já citado André Santos, que deixaria de fora pra pôr o barrado Adryan, que sequer esteve no banco. 

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Domingo é contra o Criciúma no Maracanã. De novo: Criciúma. E em casa. É vencer ou vencer! 

sábado, 21 de setembro de 2013

Uma fatídica e inesquecível quinta-feira e suas lições

Tenho 37 anos. Nasci Flamengo de pai e mãe, mas de torcedor praticante, mesmo, são 30 anos vividos. Como todos os meus contemporâneos Rubro-Negros, já vi glórias - estas são maioria, felizmente - e, também, momentos estapafúrdios protagonizados pelo Mais Querido; mas nada, nada como ontem. Nada que tenha partido de uma derrota com uma virada inaceitável e culminando em algo que conseguiu, na minha avaliação, ser algo ainda mais frustrante, decepcionante, de entristecer e dar raiva. Nada.

Das mais de 24 horas transcorridas do fatídico 2-em-1 sofrido pelo Flamengo ontem até agora, falei um monte no Twitter e até em vídeo sobre o acontecimento; porém, nada como um texto corrido para ordenar melhor o pensamento. Lá vai:

Primeiramente, é levantar uma simples questão de lógica: toda, toda bomba tem um estopim. Como tudo no Flamengo é singular, a da saída do Mano parece ter dois: a imperdoável nulidade da atuação do time é o que todos sabemos; e o segundo, que ao menos para mim é inegável, embora não haja confirmação alguma, é o de que alguma coisa mais grave possa ter acontecido no vestiário após a partida. Se de fato houve, para mim foi algo que comprovou para Mano Menezes que o papel que ele pensava ocupar no Flamengo, o de comandante do time, foi severamente questionado por alguém - jogador ou diretor -, para dizer o mínimo.

Isto dito, bom que eu escreva logo isso: seja como for, a saída do Mano, da forma como se deu, foi completamente amadora, feia, covarde. Num momento delicado do time no Brasileirão e às vésperas de uma decisão na Copa do Brasil contra um arquirrival em um bom momento, o que ele fez foi uma sabotagem de dar inveja a Patrícias, Edmundos e outros vilões que sujaram nossa história. Simplesmente não há justificativa aceitável pois, se ele tiver sido 100% sincero quanto ao motivo de seu adeus, não é possível que ele tenha imaginado, antes de assumir o cargo, que o desafio não seria difícil e muito trabalhoso; e se estiver escondendo algo - como o tal "segundo estopim" por mim cogitado -, era questão de, como todo profissional experiente como ele, ter esperado o dia seguinte para os nervos voltarem ao lugar e resolvido o imbroglio junto à alta cúpula, sem alarde, para ao menos deixar o time quando tivesse cumprido o mínimo, que seria a eliminação de qualquer chance de queda para a segunda divisão.

Mas não: mais do que um atestado de incompetência, Mano Menezes premiou-se com uma medalha de safadeza da qual ele não vai se ver livre diante de gente séria. A sorte dele é que o meio futebolístico não é exatamente um universo governado pelos preceitos éticos pois, em muitas outras carreiras, ele teria assinado sua sentença nessa quinta-feira. Pois merecia.

Velhas águas passadas, vamos falar de futuro. No turbilhão de especulações, falou-se de Abel, de Andrade, de Roth... até de Joel e de Leão - bate na madeira umas 304 vezes. E enquanto muitos torcedores abraça(va)m um destes nomes como uma tábua de salvação, a direção optou, por agora, pela solução caseira de ter o interino Jaime de Almeida no comando do time. Inicialmente, eu era contra; mas agora acho que, diante das escassas, desesperadas e desesperadoras possibilidades externas, a chance é válida. Ninguém duvida de que estamos precisando, agora, de alguém que saiba o que é o Flamengo de dentro - coisa que, em sua atitude lamentável, Mano provou não saber -, e Jaime atende esse requisito. E, no fim das contas, é com ele que a gestão do clube fechou. Então, bora. Dou crédito a ele e, como qualquer outro que lá estivesse, vou torcer muito pelo sucesso dele.

Por fim, volto a falar da diretoria, e as atribuições que lhe competem. Olha, acho que já escrevi isso, mas não tenho problema em repetir: nenhum torcedor do Flamengo esperava perfeição administrativa, uma vez que, acertadamente, a própria chapa azul, ao ser eleita, disse que erros aconteceriam; porém, o que não pode rolar é a cegueira diante destas falhas e uma omissão em corrigi-las. E eles, os erros estão pulando na cara de quem quiser ver. Me ocupo em identificar os dois que julgo mais notáveis: distanciamento e permissividade.

É impressionante como os nossos comandantes se mostram confortavelmente ausentes do front. Transformam a Gávea num reino de Oz, em que, ocultos sob uma cortina de uma tranquilidade que já não se consegue disfarçar como artificial, parecem se proteger do Flamengo, da torcida, da missão que assumiram. Não veem: ficam sabendo. Pelo rádio - e isso quando não da Disney. E nos raros momentos em que, por algum alinhamento cósmico, decidem dar as caras, as declarações são superficiais, as respostas são genéricas, a postura é blasé. Parecem os fidalgos em que, com o Titanic à deriva, forçam uma indiferença para seguir tomando seu chá, ignorando perigos, projetando-se num mundo paralelo de "tudo ok", "o torcedor está certo em criticar"... e ações e presenças mais contudentes, que são boas e claramente exigidas pelo momento, nada. Nada.

Numa hora dessas em que a pane começa a se desenhar, era para o presidente Eduardo Bandeira de Melo e o vice-presidente de futebol Wallim Vasconcellos chamarem seus comandados e dividir claramente quem faz parte do problema e quem faz parte da solução, mantendo estes e mandando os primeiros para fora e para sempre. Precisamos, agora, de quem realmente está comprometido com o Flamengo e com a missão de foco máximo para tirar o time dessa situação calamitosa, em treinos, em jogos, e até nos caras e coroas. O resto é o resto, e deve ser eliminado, sem temor nem desculpa - afinal, a velha alegação de salários atrasados felizmente caiu por terra há tempos, não? Então, qual a razão em segurarmos os omissos, os dispersivos, os descompromissados? Nenhuma.

E não, não estou falando só de jogadores. Não mesmo. Pra ser ainda mais claro, é preciso entender de uma vez por todas de que lado está Paulo Pelaipe. Se quer de fato resolver, é necessário que faça muito melhor do que aparentemente vem fazendo; se é problema, que saia imediatamente, levando consigo os que não têm ideia do que é o Flamengo, sua Nação e o projeto que ela abraçou e que traduz-se na prática em adesões ao quadro social do clube, a um projeto de Sócio Torcedor questionável, vendas antecipadas de centenas de milhares de camisas, e uma paciência nunca dantes vista, assim como uma consciência das contenções de gastos. Atos que compõem um conceito que nada mais é do que a imensa vontade de fazer diferente, de colaborar na construção um Flamengo realmente novo, inspirador. O Flamengo que, como Rubro-Negros, sabemos e sentimos que merece e de fato possui um destino muito bonito a ser cumprido, que não pode mais esperar. Como diz a música daquela emissora, o futuro já começou. Por isso mesmo, há tempos o planejamento de 2014 já teve início em corações e mentes de 40 milhões de apaixonados. E não vamos abrir mão dele. Não vamos. Não vamos.

Bom. Como disse lá no começo, se antes já tinha escrito demais, mas em pílulas, agora, então... Talvez as razões pelas quais tenha produzido esses blocos imensos de textos, pensamentos, ideias sejam tão somente duas: a primeira é a de ter um pseudo, pretenso ultimato em forma de registro, na intenção vã, quase utópica, de que algum diretor do clube possa ler isso e enfim mudar o muito que deve ser mudado. Felizmente, creio em que você, torcedor como eu que está aqui, saiba plenamente o que precisamos fazer, e que certamente vamos: sermos pai, mãe e padrasto destes que hoje lá estão, e que têm uma enorme responsabilidade, assumida ou não, por parte ou pela grande maioria, de salvar o ano do Flamengo do maior dos desastres. No grito, na presença, no apoio, entrar em campo, cruzar, cabecear, não deixar os 11 esmorecerem de forma alguma. Hora de sermos Flamengo como nunca e como sempre.

E a segunda, a possibilidade de, quem sabe um dia, poder voltar a este texto, numa dessas consultas que fazemos ao passado de vez em quando, e encará-lo como um registro de um momento tenebroso que não só tenha virado notícia velha como, por competência e paixão de quem governa e de quem joga, torne-se um pesadelo impossível de ser revisitado.

Quem sabe? Hoje, infelizmente, não dá para dizer. Não dá.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Flamengo 2 x 4 Atlético-PR: o que dizer?

















Eu juro que postaria, se houvesse algo mais extenso a declarar, mas não consigo ir além. Só sei que não é normal um time que tem os salários em dia, jogando em casa, com 20 mil abnegados presentes e apoiando e começar o jogo com 2 x 0 tomar uma virada como essa. O placar fala por si, e fala por mim também. Que vergonha, Flamengo. Que vergonha.

domingo, 15 de setembro de 2013

Flamengo 1 x 1 Ponte Preta: poderia ter sido horroroso, mas foi só sofrível

André Santos precisa melhorar muito
 para ser minimamente regular
Nessa vida eu cansei de ver o Flamengo perder de forma injusta. Hoje, vamos admitir, foi a vez de não termos tido qualquer motivo futebolístico para o empate - mesmo sendo contra a Ponte Preta, mesmo sendo contra Jorginho. E olha que era pra termos feito o possível e o impossível para sairmos vitoriosos nesta partida de 6 pontos. Mas da vontade a prática dos pouco mais de 90 minutos, lá se foram léguas de distância...

Por falar em distância, o futebol que jogamos foi quilômetros abaixo da camada do tenebroso; e já na escalação dava pra ver que seria uma tarde pra nos aporrinharmos. Ou ao menos era o que eu via. Luiz Antonio foi posto no lugar de Léo Moura quando a melhor opção, já provada em campo, seria Paulinho na lateral; e aí, Luiz Antonio ficaria de segundo volante, em vez do escalado Diego Silva. E Paulinho na meia? Por que não irmos de Adryan? Eu preferiria, mas fazer o quê? Simbora.

Simbora ver no primeiro tempo um show de conclusões esquecíveis - sobretudo de Gabriel - no primeiro tempo; um coletivo minimamente organizado, do qual, individualmente, só se destacavam Carlos Eduardo e o zagueiro Samir. Pouco, muito pouco para um time que deveria ser mais competente na busca da vitória sobre um adversário limitadíssimo.

Porém, como não há nada tão ruim que não possa piorar, veio o segundo tempo. Nele, um erro de substituição de Mano Menezes - João Paulo no lugar do machucado Diego Silva, levando André Santos para o meio -, deixou nosso miolo mais fraco. E André Santos, em tarde especialmente deplorável, protagonizou um lance capital, que levou o bom Samir à expulsão. De novo, piorávamos o já horrendo, e tava na cara que o gol da Macaca viria. E veio.

A partir daí, quando havia esforço, sobrava incompetência. Pior do que o poder de conclusão do ataque é o cagaço que diversos jogadores nossos têm em chutar a gol. E esse caprichoso fanfarrão chamado destino escolheu que o Flamengo não só empataria como seu gol viria do mal-afamado André Santos. Uma jogada meio esquisitona, um chute meia-boca, uma resvalada safada... e um gol à imagem e semelhança da bolinha que o Flamengo apresentou hoje e em diversas outras partidas deste campeonato.

E assim foi Flamengo x Ponte Preta. Um jogo do qual saímos felizes com o desempenho de um jogador que foi expulso e injuriados com o cara que fez o gol de empate. Isso mostra o quão tortas as coisas estão no Rubro-Negro.

Ainda faltam uns 20 pontos para chegarmos ao que entendo ser o objetivo maior e realista do Flamengo neste Brasileirão, que é se livrar da degola. Acho que a gente vai chegar lá, mas dá para optar por um caminho menos doloroso. Isso depende de três coisas: uma escalação melhor, jogadores mais focados e trocentas horas de chutes a gol para os homens de frente. Cada tarefa na conta de cada qual, com seus ônus e bônus. Hoje, pra quem viu o jogo, ficou claro: a missão da vez só não se tornou um completo desastre aliviado por São Judas, e só. Pobre do santo. Não dá para ser sempre assim. Definitivamente.

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Não há psicológico afetado que resista a horas, horas e mais horas de treino. Não acompanho os do Flamengo, mas tenho certeza de as horas praticadas não são suficientes. Só isso explica o péssimo desempenho do Gabriel, por exemplo. Vamos pôr essa galera para trabalhar mais, Mano?

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Para mim, não tem Adryan nem Rafinha: a nossa joia que vem da base atende pelo nome de Samir. Se mantiver o bom nível, a seriedade e a cabeça no lugar, tem tudo pra ser um zagueiro da escola de Aldaires e Juans. É uma promessa real.

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Sobre ausências, falem o que quiser, mas sou 23523522 vezes mais o Felipe do que o Paulo Victor. E nem preciso falar sobre a falta que faz Elias a esse time, né?

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E em pensar que éramos pra dormir hoje entre os 10 melhores na tabela...

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

A permanência de Elias: a grande prova de fogo da nova direção do Flamengo

















Hoje brotou nas interwebs a notícia de que a diretoria do Corinthians tem como prioridade para 2014 a contratação de Elias; e vou ser muito sucinto em relação ao assunto: a permanência de nossa melhor contratação da temporada será o fiel da balança junto à Nação sobre a nova gestão do Flamengo

Digo isso porque o assunto envolve os dois principais departamentos relacionados à paixão do torcedor: as vice-presidências de futebol e de marketing. No caso de Elias, para mim é óbvio que será preciso um trabalho muito competente e entrosado das duas frentes em segurar um jogador que não só já provou sua competência como demonstrou identificação e postura capazes - declarações infelizes sobre cartões amarelos à parte - de lhe conferir com méritos a braçadeira de capitão

O vp de futebol, Wallim Vasconcellos, diz que o Flamengo já está tocando o planejamento de 2014. Enquanto isso, o marketing Rubro-Negro, sob o comando de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, até agora, na minha opinião, não disse ao que veio, tendo posto na rua tão somente um projeto de sócio-torcedor muito fraco. 

A eles, por enquanto, o benefício da dúvida, e a torcida para que tenham a consciência de que, após a permanência na primeira divisão, a manutenção de Elias é a grande prova de fogo da diretoria nova diante da Nação.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Flamengo 2 x 1 Santos: sufoco desnecessário, vitória fundamental

Brocks decidiu. Melhor assim!
Muitas vezes eu me sinto como se a torcida do Flamengo fosse um turista naqueles passeios de jipe pelas dunas de um paraíso do Nordeste, com o time sendo o motorista, que pergunta: "Com ou sem emoção?". A diferença é que a equipe não espera a nossa resposta, e sempre escolhe a primeira opção... e o jogo de hoje foi um claro exemplo disso.

Flamengo x Santos era pra ser, para nós, um jogo bem mais simples do que (não) foi. O Santos jogou na terça-feira(!), estávamos em casa... Mas não. Lá foi o Flamengo querer testar os corações dos integrantes da Nação...

Quer dizer, até que no primeiro tempo, não foi não. Até porque o time não estava bem. Não jogava mal - ao menos não como já vimos a equipe ser capaz de fazer -, mas estava longe de uma atuação que nos desse aquela esperança gigantesca. Tirando o gol de Léo Moura, pouco rendeu e produziu, trazendo à tona o velho inconformismo com as caras de sempre e suas respectivas atuações: Gabriel, Carlos Eduardo, Paulinho... O jogo se desenhava como favorável para investidas pelas laterais, mas cadê que elas aconteciam efetivamente? O 1 a 0 acabou justo e bem adequado.

No segundo tempo a coisa melhorou, e o time voltou mais ligado e com mais vontade. Carlos Eduardo, quem diria, passou a jogar minimamente bem - veja bem: minimamente -, Léo Moura, enquanto teve pernas, até que rendeu, e conseguimos chegar ao segundo gol. Porém, o que era para ter sido um grande "ufa!" virou um "epa!" em questão de segundos. Samir, que vinha bem e que no geral teve boa partida, errou o tempo do bote e cometeu pênalti. Era o gol do Santos.

Daí pra frente, como diria aquele locutor chatão, foi teste pra cardíaco, tanto em lances a nosso favor - destaque para a chance feiosíssima perdida por Paulinho - quanto nas poucas subidas santistas, como a de Thiago Ribeiro, que eu posso jurar que tirei com o poder do pensamento. Minha mente só não foi capaz de fazer o relógio passar rápido - ainda mais quando o juiz me dá 5 minutos de acréscimos. Sofrimento até o último instante para a doída confirmação dos 3 pontos a mais. Enfim, o ufa.

Na boa? Se os 3 pontos vierem, eu topo esse calvário jogo a jogo. Juro. Mas se puder evitar, Flamengo, agradeço imensamente...

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Era jogo para Rafinha e mais velocidade nos flancos, mas Mano não viu isso. Parece que ele apostou em Gabriel até o fim para que o cara consiga desencantar em algum lance isolado, sei lá. Claro que faria bem pro garoto, mas se Mano quiser preservá-lo precisa entender justamente que a torcida já tá pegando birra contra ele e que, por isso mesmo, nem tão cedo ele pode ser titular. Certamente vai ajudar a torcida a ter mais paciência.

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Quando tem que dominar uma bola, sai de baixo; mas quando pode bater de prima, Hernane tem se mostrado mais eficiente do que Marcelo Moreno. Meritocrata que sou, seguiria com o Brocks de titular.

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Carlos Eduardo fez, no meu entendimento, o seu melhor tempo como jogador do Flamengo. Jogou direitinho na segunda etapa, mas precisa parar de sumir; e tem que entender que, pra dar certo no clube, tem que mostrar uma vontade que ainda passa longe dele. Não é nada, não é nada, no entanto, hoje ele jogou alguma coisa.

E talvez eu tenha sido o único, mas não achei o passe dele pro Hernane nada além da obrigação diante das circunstâncias do lance. Bela, sim, foi a bola em que ele deu pro Paulinho perder bisonhamente na pequena área.

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Vou morrer achando o Felipe 43484639643 vezes mais goleiro do que o Paulo Victor. Como já disse: gosto do nosso camisa 1, embora concorde que a fase dele não seja das melhores.

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Elias, hoje, foi mal. Porém, tem crédito pra cacete. Acertou ao não querer jogar contra a Ponte; mas errou feio ao admitir isso. Pode dar problema.

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Renato Abreu é Flamengo, mas errou feio em se achar dono do clube por diversas vezes. E aí, deu no que deu.

Aliás, não jogou lhufas hoje.

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Que venha a Macaca!

sábado, 7 de setembro de 2013

Flamengo x Cruzeiro - pela dignidade e pelos três pontos, nessa ordem


Que o nosso time se inspire no cara da vez: Elias

Antes de falar de Flamengo x Cruzeiro, algumas rápidas explicações pel
a falta de posts sobre Flamengo x Corinthians e Flamengo x Vitória: no primeiro, faltou paciência para gastar o mínimo de tempo em escrever sobre o chocolate sofrido; no segundo, só não consegui mesmo ver 80% do jogo por conta do trabalho, pegando somente os últimos 15 minutos...mas no fim, valeram os 3 pontos debaixo daquele aguaceiro, para felicidade dos 40 milhões da Nação e dos 12 mil abnegados que incentivaram o Mengo sob aquele dilúvio.

Agora, lá vamos nós nos encontrar com a nossa recente vítima da Copa do Brasil, e que no Brasileirão vem tendo um desempenho bem diferente... O que esperar?

Sendo muito direto: tá lá no título. E só.

Muito mais difícil do que prever sentença de juiz e fralda de bebê é antever  como será o comportamento do Flamengo em campo. Parece rolar uma séria bipolaridade que, antes, muitos - eu, inclusive - pensavam estar de alguma forma associada ao meio e ao fim de semana...mas aí vieram a classificação heróica na Copa do Brasil numa quarta-feira e a surra de toalha molhada do domingo passado e derrubaram seriamente essa ideia. Mas vamos em frente.

Além do que já foi dito, e tentando me fiar no que tenho pela frente - a provável escalação de Mano -, temo barbaramente a presença de Paulo Victor, goleiro do qual não gosto, preferindo o garoto César 1325235232 vezes mais; digo que gosto de ter Samir ao lado de Wallace, e acho válida a volta de Gabriel - que ele deve encarar muito seriamente como uma bela nova chance; fico na dúvida de André Santos na lateral por conta de sua ineficácia como defensor
; e precisamos urgentemente de que Rafinha mostre mais rendimento. Tá na hora.

Como diria o filósofo, é preciso antes ser para então ter. Amanhã, o Flamengo precisa ser o Flamengo para ter alguma chance de conseguir os tais três pontos. Um time tecnicamente oscilante, todos já entendemos que é o que temos para o momento delicado da instituição que é esse de 2013; agora, um time que se omita, que se esconda, que aceite os golpes passivamente, isso, nunca.

Aqui é Flamengo; e o Cruzeiro vem mordido. Taí um belo jogo pra mostrar que a lição de que o que foi feito no domingo passado nunca deve ser repetido foi de fato assimilada. Máxima dignidade, zero de bobeira.

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Celebrei ontem no Twitter, mas vale o registro por aqui: nesta sexta comemorou-se o centenário do incrível Leônidas da Silva, um dos primeiros negros a vestir o Manto, e um dos maiores jogadores de todos os tempos do Mengo e do Brasil. Salve, Leônidas! Todo dia é dia do Diamante Negro.