Google+ Mil Vezes Flamengo: maio 2014

sábado, 31 de maio de 2014

Flamengo, novamente campeão do NBB: um Tri de todos!















Foi tenso, foi punk...mas foi Flamengo demais. Só assim para descrever a vitória sobre o Paulistano com a qual o basquete Rubro-Negro nos deu mais uma taça, mais um título do NBB. A HSBC Arena lotada presenciou um jogo de muitos erros de ambas as partes, superados apenas pelas fortes emoções. No fim, venceu quem mereceu mais. Venceu o melhor - e o melhor, no Brasil, indiscutivelmente, é o time comandado por José Neto.

Ainda baqueado por tudo o que vivi na Arena, poderia falar do excelente Jerome Meynisse, com justiça o MVP da partida; do sempre batalhador Olivinha, cara que é a alma desse time; de Marcelinho e sua mão certeira, que, em diversos momentos - sobretudo no fim - foi nosso porto seguro. Poderia falar, ainda, de Marquinhos, sempre valente e chamando o jogo pra si; do Laprovittola, que hoje não foi sensacional mas em alguns momentos lembrou o cracaço que foi ao longo da temporada; da luta do Gegê e até do questionado Washam, que nunca se omitiu... Mas gostaria de fazer diferente. Só um pouco.

Neste texto, quero destacar três fatos que mostram que nosso time vai muito, muito além dos cinco titulares, e em diversos sentidos:

• A excelente atuação do jovem Cristiano Felício. Com apenas 21 anos, Felício jogou hoje com personalidade de veterano. Ele, que já havia sido heroi de uma partida, hoje foi fundamental nos rebotes e premiado com uma cestaça de 3. Ainda vai nos dar muitas alegrias;

• O retorno de Benite, retornando de uma recuperação de cerca de seis meses. Nem parecia ter ficado fora das quadras por tanto tempo, e não poderia ter voltado num melhor momento e de forma mais especial;

• E, finalmente, o dono do que, para mim, foi o lance que definiu o jogo a favor do Flamengo: Shilton, jogador que, a exemplo dos colegas, nunca se entrega. Num ataque desperdiçado do Flamengo, faltando pouco mais de um minuto para o fim, ele conseguiu um rebote sensacional debaixo da tabela. Na sequência do lance, falta a nosso favor, e os pontos que nos tranquilizaram em relação à vitória e ao título. Espetacular!

Pois é. Hoje não foi uma partida de destaques individuais ou de atuações colossais. O Tricampeonato do NBB veio para nós nos braços de uma equipe de muitos. Na quadra, no banco, e na retaguarda - com o trabalho do trio Alexandre Póvoa, Marcelo Vido e André Guimarães (respectivamente, VP de Esportes Olímpicos, diretor e supervisor do basquete profissional -, todos, todos eles e todos nós mostramos mais uma vez o que é o verdadeiro espírito Rubro-Negro.

Como é bom ver um grande trabalho ser recompensado. Parabéns, basquete do Flamengo, nosso orgulho. Que seu exemplo contagie nossos outros esportes - sobretudo o futebol. Obrigado por não cansarem, por lutarem até o fim, por vibrarem. Por se importarem de verdade. Contem conosco, sempre. Com essa equipe de milhões jogando juntos, o Mundial em outubro, definitivamente, não é um sonho distante.

P.S.:  De presente para todos nós, o vídeo abaixo, feito por mim na saída dos jogadores do local em que receberam a taça. Se liguem especialmente na reação do Shilton após eu, ainda mais rouco, gritar pra ele mencionando o tal rebote...


segunda-feira, 26 de maio de 2014

Flamengo 0 x 0 Santos - como lidar?


















Futebol é mesmo um troço bizarro. Até os 47 minutos do segundo tempo, já pensava em desenvolver um texto baseado na nova proposta do Ney Franco na arrumação do time. Mas aí...

Mas aí me vem o Paulinho e perde um gol. O gol. Os três pontos tão necessários, tão fáceis, ali, a menos de um metro, e sendo jogados fora num chute que muitos podem considerar puro azar, mas eu somo a este uma dose predominante de displicência. Era coisa pro cara ter rasgado a rede numa porrada intergalática e pronto, acabou. Só que não - e aí, qual Rubro-Negro consegue pensar em outra coisa ao lembrar do jogo deste domingo? Complicado demais.

Tá muito difícil focar noutra coisa sobre a partida, mas vamos lá fazer algum esforço; e começo falando da piração tática do Ney Franco, louvável enquanto iniciativa mas condenável quando se coloca Samir na lateral esquerda e um trio de volantes. No caso da improvisação com Samir, não que Chicão e Wallace tenham se saído mal como dupla - se tem um setor que o Fla não precisa de reforços é a zaga -, mas por que não arriscar no 3-5-2, com Léo Moura (enquanto o xará não se recupera) e Éverton de alas?

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Na minha opinião seria bem melhor - assim como ter sacado Luiz Antonio no intervalo para pôr um atacante em seu lugar e recuar Negueba para a posição de meia ofensivo, jogando mais centralizado. E por falar nele - que surpresa! -, o cara foi na minha opinião o melhor do Flamengo em campo. Lembrou sua excelente partida contra o Emelec, tendo menos afobação e mais visão, dando bons passes, enxergando mais o jogo.

Durante a partida, alguém me lembrou no Twitter que, nos juniores, Negueba era meia. Acho que, enquanto os mais do que necessários armadores não são contratados, vale a chance.  E não entendi nada quanto à substituição dele, embora tenha gostado do Igor Sartori. Porém, falar do Alcindinho é lembrar da bela bola que ele deu para o Paulinho e...

Pois é. Não disse que era difícil pensar em algo diferente? Não dá - especialmente quando o Flamengo, num único lance, transforma três pontos necessários demais em irrecuperáveis.

* * *

A partida serviu para tirar qualquer dúvida de que não dá mesmo para termos André Santos e Elano entre os titulares em suas condições atuais. Em seus lugares, tivemos gente minimamente condicionada fisicamente, e o resultado não só foi um time bem menos cansado como também mais interessado.

Agora, falta só o outro Léo - o Moreira - se recuperar fisicamente para ocupar o lugar do Moura, e o Luiz Antonio tomar um chá de banco. Jogo após jogo, Luiz mostra que o período em que desistiu de ser Rubro-Negro para ser atacante de tribunal foi um divisor de águas em sua carreira: antes, um meia promissor; depois, um ativo representante da viniciuspachequização que acomete boa parte dos profissionais vindos da nossa base.

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De novo sobre Negueba: por mim, mexeria no meio campo, saindo Luiz Antonio, entra ele. E se a opção de Ney Franco fosse voltar ao 4-4-2, arriscaria legal um meio com Amaral, Cáceres, Mugni e Negueba. Sério.

* * *

Aliás, Ney Franco, qual a razão de sequer ter Mugni no banco? Inaceitável.

* * *

Paulo Victor não foi mal mas, para mim, segue sem transmitir segurança. Felipe é mais goleiro do que ele; agora, se ele não focar mais e no Flamengo, aí farei votos para o retorno de Julio César.

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Flamengo tem proposta por Paulinho? Ok, mas não é para vender. Não agora. Não quando o time inspira cuidados. Não quando essa diretoria contrata tão rápido quanto um pique do André Santos.

Se nossos dirigentes dizem que aprenderam que administrar clube não é a mesma coisa que gerir uma empresa, taí uma hora de provar isso.

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Que fase!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Flamengo 1 x 1 Bahia - Para bom entendedor...

Ney: se formos pra errar, que seja na tentativa
de coisas novas, e não repetindo problemas antigos..
















Por sorte - graças a uma viagem a trabalho -, eu fui poupado de boa parte deste jogo; já o Fla e Ney Franco, não. Embora tenhamos sofrido um gol de uma falta não existente, nada de reclamar de injustiças, e por dois motivos: primeiro, porque isso aqui é Flamengo; segundo porque, se o lance foi injusto, o empate, não.

O Flamengo foi vitimado por erros de Ney Franco na escalação e, sobretudo, nas substituições. Foram elas que nos deram uma ainda maior aridez criativa, fazendo o Rubro-Negro incorrer num erro clássico desde as mais priscas eras Joelísticas: encher o meio-campo de volantes, chamando o Bahia pro jogo. Coisa de quem acredita piamente na infeliz declaração recente de Léo Moura, de que o Flamengo deveria jogar como time pequeno.

Tá vendo, Léo? Não deveria. Mas de você, sinceramente, hoje espero pouco. Por outro lado, Ney, de você espero algo o mínimo; e nesse mínimo há a obrigação de ver o Flamengo sempre com postura ofensiva - especialmente jogando em casa. Aprendeu?

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Não achei falha do Felipe no gol deles.

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Falha feia, por sinal, foi a esdrúxula simulação de Éverton em lance que lhe rendeu um cartão amarelo. Merece um esporro daqueles do comandante do time, do diretor do clube, do síndico do prédio em que mora...

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Alecsandro perdeu uma bola que não se pode perder de jeito maneira - ainda mais em tempos de escassez de chances e, sobretudo, de pontos na tabela.

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Santos, Figueirense e Cruzeiro. Será que ao menos conseguimos os 3 pontos sobre o Figueira? Que fase...

terça-feira, 20 de maio de 2014

Flamengo rumo ao tri do NBB e ao Mundial: muito além do merecimento


















E lá vão eles de novo.

Um ano depois, novamente decidem um título nacional - que, àquela época, foi conquistado pela segunda vez. Poucos meses após terem erguido a taça de melhor time das Américas.

Enquanto todos esperamos e torcemos por melhores dias no futebol, confiando nossa paixão nos pés de jogadores que nem sempre entendem o que é o Flamengo, estes outros compreendem plenamente o que somos. Fazem a hora sem esperar nada. Mentira: apenas contando com o nosso apoio para acontecer o "vencer, vencer, vencer". E nisso, eles são muito, muito bons.

Na noite desta segunda-feira, liderados por um inspiradíssimo Jerome Meynisse em apresentação de gala, o time profissional de basquete do Flamengo garantiu sua vaga na final do NBB, ganhando a segunda partida seguida na casa do Mogi das Cruzes - um adversário que, se não é do mesmo nível do Rubro-Negro, foi valente o tempo todo, valorizando nosso passaporte para a decisão.

Não é à toa que este time é chamado de xodó; não por menos a torcida canta para esta equipe, fazendo-a lembrar jogo após jogo que eles são "o orgulho da Nação". Merecem? Merecer é pouco pelo tanto que fizeram, fazem...e seguirão a fazer, especialmente em duas ocasiões especiais.

A mais distante delas será em outubro, quando disputará simplesmente o campeonato mundial de clubes contra o time israelense do Maccabi no Maracanãzinho; e a outra é logo, logo: no dia 31 de maio, na Arena da Barra, data da final do NBB, em que tentaremos o tri da competição contra o vencedor da semi entre Paulistano e São José.

Eu espero que você saiba e já tenha aplaudido, vibrado, celebrado os feitos de Meynisse, Laprovittola, Marquinhos, Olivinha, Marcelinho, Gegê, Felício, Washam, Shilton, integrantes do time comandado com excelência pelo técnico José Neto e amparado pelo brilhante trabalho de Marcelo Vido e Alexandre Póvoa, respectivamente, diretor de basquete e Vice Presidente de esportes olímpicos do Flamengo; mas se não, se ainda não, corrija essa grande injustiça e reserve seu lugar diante deles - se morar no Rio, ele será na arquibancada; se for de fora, em frente à televisão.

Torcedor Rubro-Negro: é um dever cívico dos mais importantes apoiar nossos craques do basquete. Como disse, há algo muito além do merecimento, e até mesmo do espetáculo de talento e raça que nos proporcionam. Na verdade, basta vê-los em ação para entender com o coração e com a mente que incentivar este time é participar de uma era brilhante do nosso basquete e, por que não dizer, da história do Clube de Regatas do Flamengo. Nação, aos ginásios!


domingo, 18 de maio de 2014

Flamengo 0 x 2 São Paulo: sem tesão não há solução

Ney, que o jogo de hoje tenha te dado
muitas lições a serem aplicadas já na quarta-feira...
Começo respeitando a minha, a sua, as nossas inteligências: é claro que em tão curto espaço de tempo não se poderia exigir que Ney Franco fizesse uma revolução no jeito de jogar do Flamengo - embora espere sinceramente que ele não precise de mais um jogo para perceber certas coisas...

Mais adiante falo de diversas obviedades, mas agora quero me ater a uma imensa, para a qual espero que não apenas nosso novo treinador como nossa diretoria dediquem especial atenção: a pasmaceira, marasmo, impassibilidade de boa parte de nossos jogadores. Como se já não bastassem as inúmeras deficiências técnicas do time, ver em campo gente que recebe em dia mas que, mesmo assim, demonstra de forma tão clara não se importar com uma derrota em casa diante da torcida é algo que irrita. E irrita sobretudo porque falta de gana, de vontade, de vergonha na cara, em nada, nada tem a ver com o Clube de Regatas do Flamengo.

Não sou técnico de futebol, não sou dirigente mas, caso fosse um ou outro - e seria somente do Flamengo, lógico - chegaria amanhã ao Ninho do Urubu, juntaria todos os atletas profissionais e perguntaria: "Quem aqui quer vencer? Porque, de hoje em diante, quem não mostrar claramente que vai suar sangue para vencer, pode pedir o boné e vazar da Gávea".

E não terminaria nesse ultimato não: depois do treino, poria todo mundo no auditório do clube à noite para ver Flamengo x Mogi na NBB - sim, porque o basquete do Flamengo, como tanto já escrevi e que provavelmente voltarei a escrever, tem muito a ensinar aos seus colegas do futebol. E ainda diria a todos os presentes, apontando para o telão e parodiando um dos gritos favoritos da Nação: "Aquilo ali é Flamengo!"

De novo: o time precisa de contratações? Pra ontem. Precisa de arrumação? Para anteontem. Mas, mais simples do que isso tudo, mais elementar e 100% indispensável em tudo, absolutamente tudo o que diz respeito ao nosso clube, é a massiva presença do tesão, da raça, da vontade de vencer, vencer, vencer. Ela precisa entrar em campo com o nosso time sempre. E quem não se adequar a esse mandamento Rubro-Negro, rua - mas não sem antes ouvir de quem for outra frase importante, que precisava ser pintada imediatamente em letras garrafais no nosso CT: "Quem não serve o Flamengo não serve para o Flamengo".

* * * 

Dito isso tudo, tá bem óbvio que não vai dar para não contratar. Armadores - no plural - e primeiro volante são prioridades. Ney Franco falou, na coletiva, em se buscar alternativas no mercado internacional. Ótimo!

* * * 

Léo Moura, quem você quer ser: o lateral que atuou com qualidade e consistência no segundo semestre de 2013 e no comecinho deste ano ou alguém incapaz de auxiliar na marcação e de chegar menos de 20 metros da linha de fundo adversária?

Se for a segunda opção, obrigado, plaquinha, tchau e bênção. Ah, e independentemente da escolha, por favor, passe já essa braçadeira de capitão pro Wallace.

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Luiz Antônio não pode ser volante porque não é volante durante os 90 minutos. Aliás, o que ele é? E que nosso treinador volte com o Cáceres de titular já contra o Bahia...

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Chega de André Santos.

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Ney Franco, uma dica: sei que você está chegando agora mas não pense que Elano é a solução de seus problemas quanto à qualidade criativa do meio campo Rubro-Negro. Mas não mesmo.

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Cinco jogos. Quatro gols - todos em uma partida. Quatro pontos conquistados de 15 disputados - ou seja, aproveitamento de 26%. E aí, diretoria?

quarta-feira, 14 de maio de 2014

O novo Manto Rubro-Negro ganha o Velho Mundo!



















Agora é oficial: a Adidas revelou nesta terça as imagens do novo Manto Sagrado! E o mais legal: como peça central de sua estratégia de divulgação, a empresa e o Flamengo elegeram um embaixador especial: Bruno Nin, conhecido torcedor Rubro-Negro, gente fina toda a vida e veteraníssimo em acompanhar jogos do Mengo em todo o Brasil e em outros países.

Bruno foi até a Europa mostrar o Novo Manto em Londres, Munique e Milão - nestas duas últimas, conheceu os craques Montolivo, do Milan, e Schweinsteiger, do Bayern de Munique, dois outros clubes integrantes do Top5 da Adidas, assim como o Mengo. As viagens e a missão foram registrados e o resultado é esse vídeo excepcional:



O novo Manto Sagrado já está à venda no site da Adidas e, a partir da próxima sexta, nas lojas de todo o mundo.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Homens ao mar

Um bom prato para ser servido no restaurante
do clube: língua ao molho de cerveja
Como se não bastasse o joguinho de ontem, a segunda-feira veio agitada. Na ordem: boatos da saída de Jayme; entrevista com Jayme sobre as especulações; boatos de Ney Franco; e, à noite, nota oficial do clube confirmando o fato divulgado desde a manhã mais a demissão do diretor de futebol, Paulo Pelaipe.

Sobre isso tudo, o que dizer? Simples:

Demitir o Jayme? Sim. Ninguém é besta de não acreditar na tal da meritocracia como um bom caminho para o Flamengo. Agora, do jeito que foi, com vazamento para a imprensa? De jeito algum. Não está correto com qualquer ser humano deixar uma informação dessa natureza escapar de maneira informal, quanto mais quando o envolvido sequer foi noticiado. Nunca em qualquer lugar; e isso se torna mais grave ainda quando trata-se de um clube que vem buscando abraçar o profissionalismo como norma.

Detalhe: não é a primeira vez que essa gestão promove uma demissão certa na essência e errada na forma - lembram da saída de Renato Abreu? Pois então. E toda reincidência é pior.

Profissionalismo não tem a ver com manter no Flamengo somente os competentes e comprometidos? Então, me digam: quem deixa uma informação desta importância ir parar na coluna de quem for é o quê? Para mim, a resposta é clara: nem um, nem outro. É para essa pessoa, e todas as demais que tenham frisson em ser fonte de imprensa, serem sumariamente destituídas de seus cargos no clube. Se houver prova flagrante do vazamento, aí é coisa pra dar nota para a imprensa. Pra causar vergonha no(a) eliminado(a). Ah, claro: depois do fato consumado.

Por fim, falando da imprensa: sempre houve, há e haverá jornalistas doidos para aproveitar as marés difíceis do Flamengo e querer afundar a Pherusa. No entanto, esses não se criam, ou têm menos chance de se criar, se o clube dispensar aqueles que andam fazendo estrago em nosso casco do lado de dentro da embarcação.

Estamos no caminho certo mas, para chegarmos ainda mais longe e melhor, é preciso que nos livremos urgentemente e a rápidas remadas daqueles que andam fazendo muita, muita água.

domingo, 11 de maio de 2014

Flamengo 0 x 2 Fluminense - umas e outras
















Uma coisa é ver que Jayme já perdeu a mão do time há tempos; a outra é permitir que alguns jogadores desse time não se entreguem. Eles não jogam pelo treinador, mas sim pelo Flamengo, e qualquer pasmaceira é inadmissível.

Uma coisa é não fazer extravagâncias com um dinheiro que não se tem; a outra é não investir com razão para não perdermos verbas futuras por conta de vexames maiores.

Uma coisa é ter rachões fazendo parte da agenda de treinos; a outra é basear essa agenda neles.

Uma coisa é haver clubes que provavelmente ocuparão as vagas da zona de rebaixamento no nosso lugar; a outra é a nossa direção de futebol (ter que) contar com isso cegamente.

Uma coisa é ser veterano, experiente; a outra é ser líder.

Uma coisa é ter elenco limitado; a outra é pôr na conta dele uma zona do cacete em matéria de organização.

Uma coisa é julgar atuação de um jogador por má colocação; a outra é deixar o time desarrumado e achar que a culpa é (só) de quem joga.

Uma coisa é o torcedor brincar de dizer que o time é "incaível"(sic); a outra é a diretoria se escudar nisso para não agir diante de um panorama que invoca um urgente plano de ação.

Uma coisa é justificar a falta de iniciativas por conta de contenção de despesas; a outra é sequer tentar se valer de criatividade para driblar as limitações.

Uma coisa é tomar drible de bom jogador em pé; a outra é perder lance pra ele, mesmo ele estando deitado em campo.

Enfim, uma coisa é "planejar" pontos antes da Copa...e a outra é criar condições para realmente conquistá-los - ou seja, fazer planejamento de verdade.

A única saída para que o Flamengo possa realizar um campeonato brasileiro de forma mediana - isto é, sem glórias mas também sem grandes sustos -, na minha humilde opinião, é conseguir fazer essas diferenciações.

Porém, infelizmente, uma coisa é eu ter esperança nisso; e a outra é ter provas de que isso é realmente possível. A espera é difícil, mas eu aguardo torcendo.

* * * 

Inaceitável a falha do Felipe no gol de Fred, assim como a de Muralha ter perdido o duelo com Walter no lance que origina o segundo gol do Fluminense.

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Léo Moura, aliás, em queda livre, pouco lembrando o bom segundo semestre de 2013 e o comecinho de 2014. Lá do outro lado, André Santos não é melhor do que ele.

Os dois parecem estar proibidos de irem à linha de fundo cruzar, insistindo naquela irritante bolinha alçada a 10 metros do bico da grande área. Pior: defensivamente, sobrecarregam os atacantes que, mais velozes, se veem na obrigação de recuar para ajudar, cansando mais do que deviam. Até quando?

* * *

Mugni foi mal no primeiro tempo, mas estava mal colocado no campo. Claro que o jogador tem culpa - mas isso, ao meu ver, dura no máximo 10 minutos, tempo em que o treinador já pôde verificar isso, chamar o cara e corrigir o posicionamento. Não?

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Lembrando o "planejamento" de pontos até a paralisação para a Copa: seriam 18 pontos nestes 9 jogos antes do Mundial. Como só fizemos 4 até agora, e temos mais 5 partidas até lá, "basta" ganharmos todas.

Com essa organização em campo, com essa aplicação tática...Dá para acreditar?

sexta-feira, 9 de maio de 2014

O Rei e os meninos


É algo muito especial poder viver um dia, sabendo o tempo todo que ele será um dos mais importantes de sua vida. Não sei quanto tempo irei durar neste mundo, mas o 8 de maio de 2014 virou eterno em minha história, como também na daqueles que, por pouco mais de mágicas 2 horas desta quinta-feira, estiveram com Arthur Antunes Coimbra, o Zico, o nosso Zico, na transmissão da TozzaCAM.

Eu nunca tinha falado nesta vida com ele e, até então, nunca havia sabido o que de fato diria, sequer como reagiria. Afinal, estaria diante de um ídolo. Do ídolo meu e de tantos outros. Na verdade, apenas um medo: de ficar nervoso, de tropeçar nas palavras - receios naturais por estar diante de alguém como Zico.

Por suas características, geralmente pomos os ídolos num alto patamar. Criamos uma espécie de barreira, separando imortais como eles de gente como a gente. No entanto, hoje, um pouco refeito da experiência que é conversar um tiquinho com ele, digo o seguinte:

Zico está no mesmíssimo patamar do que o nosso. E é por isso mesmo que ele é o gigantesco ser humano que é. No caso de Zico, as barreiras, degraus que inicialmente nós - isso mesmo, nós - construímos, vão abaixo em um instante. Zico encurta distâncias com seu sorriso, sua paciência, seu carinho verdadeiro com cada um.

Ontem, esse carinho foi dedicado a pouco mais de 20 marmanjos e uma moça - todos adultos mas, naquela tarde, todos meninos. Especialmente, fomos um e único garoto: aquele que, no famoso vídeo, diante de Zico, só consegue dizer que ele o está vendo. "Eu vi o Zico!", dissemos o tempo todo sem dizê-lo, com nossas reações, nossos olhares embevecidos e ao nos entreolharmos, como que confirmando o que estava ali acontecendo.

Foi assim ao longo do programa, em que saboreamos cada história contada pelo Galinho - no caso, a maior parte delas dizia respeito às recordações de sua infância, em relatos inéditos para mim e para muitos que acompanharam a transmissão. Nunca em uma entrevista vi Zico tão à vontade, compartilhando conosco passagens de sua vida, pontuando sua narrativa e confissões com risadas, divertindo-se verdadeiramente com o programa excelentemente roteirizado e apresentado por André e Pablo - estes dois, queridos amigos que não apenas nos proporcionaram testemunhar a TozzaCAM como a chance de viver aqueles instantes mais do que preciosos. Neles, ganhamos mais do que autógrafos, fotos e sorrisos. Muito, muito mais.

Na minha vez de viver o momento de falar com Zico, felizmente eu não tropecei nas palavras. Eu não fiquei nervoso. Ao menos, não o suficiente para deixar de falar duas frases que jamais esquecerei.

Com um Manto Sagrado em mãos e outro no corpo, uma bandeira do Flamengo no ombro, eu olhei para o Galo e simplesmente pedi: "Zico, posso te dar um abraço?". E ele, com aquele sorriso de um Maracanã lotado: "Claro, pô!".

Ao abraçar o Galo, veio a segunda frase: "Muito obrigado por tudo".

Até aquele momento, o "tudo" eram os gols, os títulos, as histórias que meu pai contava e as que depois tive o privilégio de viver naquelas tardes de Maracanã; mas hoje, é também a lição de grandiosidade de um homem que, numa tarde de quinta-feira, comprovou a grande diferença dos craques da vida e dos ídolos - estes, são para a eternidade. Ou melhor: criadores de eternidades no coração de quem os vive.

Obrigado, Zico. Obrigado por ser você o melhor Rei que uma Nação chamada Flamengo poderia ter. Um Rei que, ao mostrar a criança que um dia foi, trouxe até nós as crianças que sempre seremos capazes de ser diante de alguém como você. Um Rei para sempre, de milhões e milhões de escudeiros, batizados por amor à sua Majestade e ao Flamengo. Um Rei de todos nós.



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Muitos e muitos agradecimentos ao Pablo e ao Tozza pela tarde de ontem. Jamais esquecerei, e nunca conseguirei retribuir a imensa gratidão.

* * *

Não viu a #TozzaCAM? Clique abaixo e assista ao programa. Viu a #TozzaCAM? Então, clique abaixo e veja novamente. Afinal, todos merecemos ser meninos.


quarta-feira, 7 de maio de 2014

"1981 - A Era Dourada": em breve nos melhores cinemas!



Noite de festa na Gávea nesta terça-feira, e por um motivo mais do que nobre: o cineasta Soni Adílio reuniu diversos Rubro-Negros - entre sócios do clube, torcedores ilustres e anônimos, ex-jogadores e tantos outros - para oficializar o projeto "1981 - A Era Dourada", filme que contará a história do elenco mais vitorioso e importante do Flamengo em todos os tempos.

Veja bem: não será um documentário, mas sim um drama inspirado nos fatos reais, pela ótica de um diretor que é simplesmente filho de um dos gigantes da história do Flamengo: Adílio. Que tal?

A julgar pelo tema do filme e pela celebração desta terça, é certeza de que vem coisa boa por aí. Tal qual seu pai em campo, Soni foi generoso e passou a bola para os cinco representantes do Campeão Mundial de 1981 presentes ao evento: Zico, Junior, Nunes, Tita e, claro, seu pai, o Brown. Cada um falou um pouquinho e todos eles reforçaram a união daquele grupo dentro e fora de campo como o mais importante elemento para tamanho sucesso.

A festa ainda teve a Charanga Rubro-Negra, primeira torcida organizada do Brasil; a bateria da Imperatriz Leopoldinense levando o samba enredo que homenageou Zico; e Neguinho da Beija-Flor, devidamente trajado de vermelho e preto, pondo o salão nobre para cantar o clássico "O Campeão" - aquele, do "Domingo/Eu vou ao Maracanã...", que tantos de nós sempre entoamos...

"1981 - A Era Dourada" terá apoio do Flamengo, da Adidas e de diversas outras empresas, ainda não começou a ser rodado e também não tem data prevista de lançamento; mas a frase que apoia o título em um dos grandes murais da entrada do salão já nos convoca para os cinemas: "(Re)Viva o dia mais feliz de sua vida". Como não? ;)

Resta apenas não apenas voltar a agradecer aos integrantes daquele time espetacular, mas também ao Soni pela festa, pelo projeto e pela justíssima homenagem focada naqueles craques e feita a todos nós.


























terça-feira, 6 de maio de 2014

Enfim, o novo Manto?

Ontem publiquei algumas infos sobre o pré-lançamento do novo Manto nº1, que será lançado na segunda quinzena deste mês. E eis que hoje surge uma excelente pista da camisa, vinda de uma "fonte" inusitada: o Twitter do Montolivo, atleta do Milan. Nele, o jogador publicou a seguinte foto: 
















































Vi a informação no blog Meio de Campo, da Globo.com. Se esse for o Manto, uma palavra para descrevê-lo: sensacional!

E você, o que achou? Diga nos comentários!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Novo Manto em pré-venda...e um mistério!

A Adidas lançou em seu site a pré-venda do novo Manto Sagrado do Mengo. A única foto divulgada, por enquanto, é essa aí ao lado.

A camisa terá lançamento no dia 16 de maio, com o preço de R$219.

Notem que há um botão pouco abaixo da gola, e há a presença de uma parte furadinha, que não dá para saber ao certo se ficaria na manga ou na parte lateral do tronco...

Outro detalhe: na descrição das cores do Manto, lê-se "red/black/ dark football gold" - em português, "vermelho / preto/ dourado escuro do futebol". Na internet, há boatos de que, seguindo o padrão da Adidas adotado nas camisas dos outros clubes que pertencem ao seleto Top5 da marca (Chelsea, Real Madrid, Milan, e Bayern de Munique), haveria a presença da cor dourada em outras partes do novo Manto além da tradicional estrela sobre a logo representando o nosso Mundial.

Entrei em contato com a Adidas, que nos garantiu novas fotos assim que possível. A conferir...


Flamengo 4 x 2 Palmeiras: o poder do óbvio

Crédito: blog Flamengo Até Morrer



















As obviedades são agressivas. Não perdoam. Não têm o menor pudor de contrariar as palavras, por mais bem escritas ou faladas que possam ser. As obviedades atropelam a retórica, podendo dilacerar as justificativas como quem passa uma serra elétrica sobre um travesseiro de penas.

Se os fatos são mais fortes do que o verbo, as obviedades são fatos ainda mais pungentes, fortes, aniquiladores por essência.

Quem viu Flamengo x Palmeiras teve que dar de cara com as obviedades, não importando se elas confirmavam o sentimento de quem as via desfilar no gramado do Maracanã ou se contrariavam definitivamente pensamentos que resistiam no sentido oposto. 




Nada importa diante das obviedades que se colocam diante de nós. E as duas que vi, hoje, por poucas que sejam, têm a força de um Tyson socando um Iranildo. São elas:

1ª) Jayme não pode mais ser técnico do Flamengo. Não que eu ainda não tivesse visto isso, pois há tempos já venho falando disso. Mas hoje o bagulho foi tenebrosamente caprichado. A estapafúrdia escalação com que iniciamos a partida não demorou muito em confirmar-se parte de uma das quizumbas mais catastróficas já vistas num campo de partida Rubro-Negra em termos de arrumação. De organizado mesmo, a única coisa que tínhamos era Felipe no gol, Wallace no setor defensivo pela direita e Samir pela esquerda. De resto, era uma zona inexplicável para um time que teve uma semana para treinar. Era um carrossel holandês às avessas, cuja tônica era gente estando em lugares do campo em que não deviam estar. Parecia que aquele time do Flamengo era composto por estranhos que nunca haviam se visto e que, por obra do acaso, foram postos para jogar juntos num campinho na zona norte do Rio em plena tarde dominical. Um desastre, um inferno de Dante em matéria de futebol mal jogado. Tanto que, boa jogada do Nixon pela direita à parte, o gol do Paulinho foi um achado em tamanho desnorteamento coletivo, destoando em meio ao caos reinante.

2ª) Lucas Mugni simplesmente não pode ficar de fora deste time. Seus dois toques, componentes fundamentais no segundo e terceiro gols do Flamengo, são obra de quem, no mínimo, enxerga o jogo como ele deve ser jogado por qualquer meia flamengo que vise o gol, a criação, a vitória. Tão belos quanto plenos de objetividade, são de autoria de um jogador que, diferentemente de alguns Rubro-Negros que leio online, sempre vejo atuar bem, visando o passe vertical, a jogada antiburocrática, verdadeiramente ofensiva. Entrou para mudar o jogo e, desde o apito inicial do segundo tempo, procurou a bola e pediu por ela, e dela extraiu um futebol inimaginável para o Flamengo perdido do primeiro tempo. Uma atuação excepcional, que constrangeria um técnico mediano que ousasse privá-lo de metade da partida; mas nosso simpático, pacato e querido Jayme - sem qualquer ironia -, infelizmente, está abaixo da linha da mediocridade.

Posso falar, ainda, do faro de gol de Alecsandro - que, verdade seja dita, iniciou com um chapéu lindo a jogada do terceiro gol -, da segurança implacável do garoto Samir, da clarividência sensacional de Wallace na trama/coautoria do gol derradeiro; mas, graves que são as tais obviedades, endosso, sublinho e agarro meus pensamentos na dupla acima citada. No que temos para o momento, pensando fundamentalmente no agora, são elas que me prendem aos sonhos e possibilidades melhores para o Flamengo neste Brasileirão. Sou delas refém; espero, o Flamengo, idem.

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A renda me agradou, mas o público... A diretoria do Flamengo deve encarar como desafio casar a necessidade de fazer dinheiro com a bilheteria e a obrigação moral de proporcionar uma oferta socialmente plural junto à Nação. Precisamos ter a presença de público de todas as camadas socioeconômicas. Foi desta forma que nos tornamos o que somos; e me recuso a acreditar em que isso seja inviável do ponto de vista financeiro.

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No intervalo, muito se falou da entrevista contundente dada por Wallace antes de ir pro vestiário. Não a vi, mas a braçadeira para nosso zagueiro se parece uma nova obviedade a se revelar.

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Partida apagada de Luiz Antonio. Vagalume até quando?

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O Flamengo do primeiro tempo perde o Fla x Flu; o do segundo, ganha fácil. Quero ver qual veremos no domingo que vem.

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Não nos iludamos: seguimos precisando de um meia criativo, de um atacante de ponta e de um volante, para falar de urgências. Isso sem mencionar, claro, a tal da primeira obviedade lá de cima. Pra ontem!