Google+ Mil Vezes Flamengo: novembro 2012

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O não e o sim, parte 1

Hoje, 15 de novembro de 2012, foi um aniversário diferente para o Flamengo. A comemoração de seus 117 anos foi marcada por uma reunião de dois opostos que, de vez em quando, nem soam tão distantes e antagônicos assim: o sim e o não.

Foi o dia de se dizer não às reformas de fachada. Do não a um grosseiro descaso com a verdadeira massa de 35 milhões de apaixonados. Do não ao favorecimento de quem não merece. Do não a qualquer forma de repúdio ao maior ídolo que já tivemos. Do não aos balanços manipulados, às escolhas puramente eleitoreiras, aos benefícios pessoais em detrimento de um grande amor coletivo. Do não aos verdadeiros cabeças de bagre, aos plenos pernas de pau que já estiveram a frente de nosso clube.

Enfim - e sobretudo - foi um dia do não ao amadorismo e aos completos desconhecimento e desrespeito com a história do maior fenômeno esportivo do planeta. Um sonoro não a quem faz de tudo para apequenar esse gigante chamado Flamengo.

Como hoje é dia de festa - e o não, palavra negativa por excelência, não é tão afeita a comemorações -, também houve o sim. O sim a um novo pensamento, a uma nova gente que se mostra interessada em mudanças profundas e significativas, desapegadas do fácil, do barato, da economia porca de remendos e paliativos. O sim da união de quem venceu na vida pela competência de administrar. O sim de quem vê e entende que, se o verdadeiro caminho do Flamengo sempre foi o das vitórias, ele precisa ser repavimentado com seriedade, dedicação e competência.

Hoje foi o dia do sim; e o sim foi sinônimo de mudança.

Em meus 36 anos de idade, perco as contas de tantos momentos espetaculares que o Clube de Regatas do Flamengo me proporcionou - e uma boa parte deles em estádios e ginásios. O de hoje, não: longe de bolas, piscinas, quadras e tatames, a caminhada da Chapa Azul foi uma oportunidade única de se sentir, acima de tudo, Rubro-Negro, no encontro de pessoas que externaram de forma pacífica e contundente que não é mais aceitável negar ao Flamengo a retomada de seu verdadeiro destino: vencer, vencer, vencer.

Felizmente, a segunda parte do encontro do não e do sim tem data para acontecer: 3 de dezembro de 2012, dia das eleições Rubro-Negras. Uma nova reunião - e, esperançosamente, definitiva. Se você é sócio, garanta que ele aconteça; se você não é sócio, tudo bem: mostre sua opinião, faça presente a sua voz.

O que importa é que não devemos e não vamos abrir mão do desejo de um Flamengo maior. É este o mais bonito e merecido presente que podemos dar ao nosso amado aniversariante.

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Sobre a caminhada, leitura obrigatória ao post do camarada Pablo dos Anjos. Não deixe de conferir.


Os melhores 117 anos de nossas vidas


Me emociono demais em pensar que, há 117 anos, seis remadores criaram a maior paixão esportiva do planeta. Muita, muita felicidade por pertencer a ela. Por trazer no peito amor e orgulho de ser Flamengo. 

Que venham outros tantos anos; e com eles, o retorno daqueles que são os dias de glória, para o qual o Flamengo sempre fora predestinado. Nosso único, verdadeiro e mais belo destino. 

Obrigado. Muito obrigado, meu Flamengo. Sempre.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Adeus, 2012... e 3 passos para um novo Flamengo


Talvez os leitores deste blog tenham notado, mas nem veio post sobre a magra porém importante vitória nossa sobre o Figueira: é que eu tive uma sensação muito estranha após o jogo. Não me sinto - e nunca me senti - em condições de comemorar permanência em primeira divisão. Afinal, sou torcedor do Flamengo, e esse não é papel que me caiba ou aos outros 35 milhões de torcedores.

Por outro lado, é bom saber que 2012 acabou em termos futebolísticos para nós. Um ano nefasto, ridículo, totalmente incompatível com a história Rubro-Negra. O fim deste período tenebroso é o que eu entendo como um dos 3 passos para um novo Flamengo.

O segundo é a saída de Adriano. Não me entendam e nunca me entendam mal: sou extremamente grato à valiosa contribuição que ele nos deu para o Hexa em 2009, mas nunca aprovei essa nova passagem. Sempre disse, inclusive, que ele jamais chegaria a reestrear, como de fato não aconteceu. Não foi exercício de futurologia barata: apenas o óbvio, o evidente, o lógico diante do fato de que ele, hoje, é um homem que precisa resgatar sua integridade pessoal, algo que vem muito, muito antes de qualquer nível profissional. E, nessa história, o Flamengo não precisaria contratá-lo, ao meu ver: apenas apoiá-lo caso ele quisesse de fato mudar, se reerguer. Porém, ele não quis até agora, e segue não querendo; e sua saída como jogador no fim deste ano pode ser fortemente simbólica. Uma prova do tipo de atleta que não podemos ter no clube. Ou, acima de tudo, um exemplo de como não fazer.

E o terceiro, claro, é a saída de Patrícia Amorim do comando do clube. Sobre isso, tantos e tantos já disseram muito sobre o que foi o maior desastre de gestão que vimos no Flamengo - maior até mesmo do que o fiasco de Edmundo Santos Silva. Para que uma nova e melhor era Rubro-Negra aconteça, ela precisa sair nas eleições do próximo mês.

Escrevo este texto no momento em que Zinho dá sua coletiva falando da saída de Adriano, sacramentando 2 destes 3 passos. Só espero que o mais importante, e derradeiro, venha em dezembro. E até lá, tudo o que teremos é uma sensação de adeus deste esquecível 2012. Que acabe logo.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Flamengo x Atlético-MG: arrancando as penas da galinha na raça

Crédito: Lance!Net
Primeiramente, já foi dito por mim (no Twitter do Mil Vezes Flamengo) e por tantos outros honrados Rubro-Negros, mas eu repito sem erro: o jogo de ontem valia tão somente a chance de somar mais três pontos e reforçar a máxima de que time grande não cai. Ponto.

Isto dito, o que tivemos foi o confronto de um time que conseguiu suplantar a falta de criatividade e bom comando - e de um jogador, e de um goleiro titular machucado - com uma raça admirável e descomunal, e de um outro que, apesar de suas qualidades técnicas, curte esquecer o futebol pra tentar simular faltinhas e, acima de tudo, não consegue esquecer o cagaço que tem do Flamengo. E, entre eles, um juiz tremendamente cagalhão que nos tirou Wellington Silva sem maiores justificativas. Ok, não vou ficar de cuquice não.

Também não queria ficar de ranzinzice, mas é complicado quando se vê um técnico pôr  Welinton em campo por um tempo inteiro depois de ele já ter provado de todas as formas que sequer serve como gandula da Rua Bariri, quanto mais como zagueiro Rubro-Negro. Mas é claro que ele não está sozinho: entre os urgentemente ejetáveis da Gávea, o acompanham na primeira fila da barca Ramon, o Permeável, pavimentador de avenidas - a de ontem, por várias vezes percorrida pelo lateral galináceo Marcos Ramos; e Ibsongomongo, destruidor de jogadas esteja em que ponta estiver: ou passando bolas quadradas ou recebendo bolas redondas para na hora h catar um cavaco, tropeçar nas próprias pernas ou fazer qualquer outra coisa longe, muito longe do que conhecemos como praticar futebol. Tudo bem que foi dele o passe pro canudaço do Renato Abreu; mas todos sabemos que esse momento foi uma exceção entre outros 23423532 desastres protagonizados por ele.

Ah, outro detalhe que não posso esquecer de falar é da queda de rendimento de Cléber Santana - talvez relacionada a uma protuberância pançal que parece estar se desenvolvendo nele.

Para ser algo positivo, além do gol e da raça já citados, vale mencionar a aplicação do Amaral e a lucidez do Wellington Bruno. E, claro, sempre divertido ver o medo que o Flamengo impõe ao time da canja. Sempre. Podemos não ter cortado as asas da galinha como mereciam, mas a desgraçada saiu frustradamente depenada.


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Agora, que venha o Figueirense, mais conhecido como "obrigação de vitória" - até porque, por mais que estejamos desfalcados do Wellington Silva, Ibson não joga.

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Voltando a Wellington Bruno: é bola, e muito boa aposta para 2013. Por mim, dos novos contratados, ficam ele, Wellington Silva, Renato Santos e Amaral. Como sugeri acima, Cléber Santana tem coisa ainda pra provar.

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Dá pena ver o Love lutando sistematicamente isolado lá na frente, pelo menos 30 minutos por partida. Mais uma das tristes rotinas impostas por Dorival. Outra é o temperamento descontrolado do técnico. Coisa de treineiro de time de pelada de praia.

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Falando em Dorival, prepare o coração: lá vem Léo Moura na direita. Valei-me, São Judas.