Google+ Mil Vezes Flamengo: janeiro 2013

domingo, 27 de janeiro de 2013

Flamengo x Volta Redonda... e as opiniões de começo de temporada...

Vamos reconhecer que começo de temporada não chega a ser a coisa mais empolgante do mundo - especialmente no momento de cinto (corretamente) apertado em que vive o Flamengo, certo?

Mesmo sendo o início do início do início já dá para dar alguns pitacos sobre estes 270 minutos de futebol já jogados pelo Mengo neste ano e alguns de seus envolvidos. Então, aí vão eles:

- Hernane - Tem parte da torcida que pensa que só existem dois tipos de jogador: o craque ou o merda. Não é verdade. Entre o céu e o inferno da bola há muitos graus, e Hernane sem dúvida está em algum deles.

Siga o Mil Vezes Flamengo no Twitter

Nosso artilheiro até agora é o que mostra ser: bastante esforçado, inspirado em alguns momentos e, noutros, mostra não ser nada sensacional. Ao mesmo tempo em que está longe de ser o homem de referência que sonhamos e merecemos ter no ataque, não é para ser desprezado - sobretudo num momento em que não temos exatamente um garçom a servir a turma da frente. Paciência e torcida com ele, negada!

- João Paulo - Boa estreia contra o VR. Eficiente no apoio ao ataque, bastou um jogo pra nos dar a certeza de que Ramon já é (ou deve ser) passado. Bom saber que, com ele, o Flamengo ganha mais uma opção nas cobranças de falta. Precisa reforçar o aspecto defensivo, mas mesmo assim sequer lembra a Avenida Ramon que cansamos de ver pavimentada no Brasileirão.

- Elias - O típico volante moderno. Talvez seja ele, de fato, o que esperávamos tanto ver em Ibson. Deixou um boa impressão neste jogo contra o Voltaço, mas não pode e não deve ser encarado como um homem de armação. Esse ainda há de chegar.

- Rafinha - Como diria o comentarista da rádio, moleque catiço. Cai por todos os lados, chama jogo (e marcação), mas precisa resolver 2 problemas: ganhar corpo urgentemente e treinar chute a gol. Habilidade ele já mostrou que tem; se conseguir superar a magreza e a má pontaria, vai decolar.

Curta o Mil Vezes Flamengo no Facebook

- Nixon - Para mim, até agora ele não disse ao que veio. O amigo Arthur Capella, que é praticamente um especialista do futebol de base Rubro-Negro, diz que Lucas é melhor do que ele. Eu acho que valia Dorival fazer esse teste...ah, e também mandá-lo treinar uns 3575 chutes a gol!

- Thomás - Um grande mistério. Diferentemente de Nixon, para mim é óbvio que Thomás sabe jogar bola; mas falta algo, que vai além da escalação não no ataque, mas no meio. Pra mim, ele padece de um pouco de objetividade, e repete o mal da falta de pontaria, que parece crônico entre os atacantes da base.

Siga o Mil Vezes Flamengo no Google +

- Léo Moura - Não foi totalmente mal hoje, mas não tem mais condições de encarar uma competição de nível elevado. Falta gás a ele; e seria bom que Wallim e Pelaipe pensassem em um nome para ser titular. Não acho que ele sirva no meio-campo. Por mim, daria um "muito obrigado" de verdade por tudo o que ele já jogou no Flamengo em tempos passados e pronto. Dá mais não.

- Ibson - É outro que já encerrou seu ciclo no Flamengo. Ao contrário de LM, não exclusivamente por questões técnicas, mas por falta de clima mesmo - e as declarações erradonas ao fim do jogo contra o Madureira são apenas a confirmação disso. Pra mudar essa impressão, penso, seria preciso um esforço que ele não faria, pois reúne justamente uma tremenda melhora no futebol e na postura. Será que rola?

*** 

Por fim, ficam pra mim evidentes as prioridades de contratação, nessa ordem de urgência: um camisa 10 para armar o jogo - que não é o Carlos Eduardo, embora tenha sido uma bela contratação -, um centroavante matador e um lateral direito. Acredito que, até o fim do carioca, só teremos o atacante; e espero muito saber quem será nosso maestro para Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileirão.

Sobre isso, uma lembrança. Nossos últimos 3 campeonatos brasileiros tinham um veterano no comando criativo: Zico em 87, Júnior em 92 e Petkovic em 2009. Em 2013, temos que buscar alguém com esse perfil, sem exagerarmos na idade avançada.

Por mim, o cérebro do time de 2013 tem que ter esse perfil: experiente sem ser quase em fim de carreira, maduro e merecedor da faixa de capitão, craque na bola e exemplo para os mais novos. Em suma, alguém que queira muito ser líder, e tenha condição e bola para tal. Vamos aguardar.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Viva Zico e seus 60 anos!



















Dia 3 de março é a incrível data em que se celebra o Natal Rubro-Negro: afinal, é a data de aniversário de Zico. E o deste ano de 2013 é mais do que especial, pois nosso querido Arthur Antunes Coimbra completa 60 anos. Ele merece ou não uma celebração inesquecível?

Pensando nisso, um grupo de Rubro-Negros dos quatro costados se reuniu para fazer o Zico 60 Anos, movimento que promete fazer uma série de homenagens ao Galinho de Quintino. Que iniciativa!

O Zico 60 Anos já tem site, página no Facebook e conta no Twitter,  e se eu fosse você seguia tudo para ficar por dentro e participar dessa grande reverência ao maior ídolo do Maior do Mundo. Bora?

* * *

Não escrevi sobre Flamengo x Quissamã - uma estreia boa, em se tratando de um início de trabalho com um grupo cuja boa parte (em termos qualitativos) dos titulares ficaram de fora, e dificilmente conseguirei acompanhar Madureira x Flamengo. Mas é certeza de que faturamos mais três pontos, já que Conselheiro Galvão não estará acometida do calor bárbaro que costuma fazer por lá nessa época do ano. Uma vez, inclusive, quase capotei por lá graças ao maçarico de São Pedro. Mas essa é uma outra história...

domingo, 13 de janeiro de 2013

Algumas considerações sobre o adeus de Love

1ª) Para a Nação, foi um golpe estranho e inesperado demais. Tudo porque, uma vez que Pelaipe, diretor trazido pela nova gestão, disse que contava com ele, logo a torcida também. No entanto, desde a eleição da Chapa Azul ouvimos rumores da saída do jogador...

Imagino eu que esses rumores tenham se fortalecido na passagem de bastão da gestão Patrícia Amorim. Provavelmente a diretoria nova olhou as cifras do jogador e, sabedora que a situação financeira do Flamengo seria mais grave do que PA dizia, ficou com o pé atrás da fortuna a ser paga ao CSKA.

Curta o Mil Vezes Flamengo no Facebook

Daí, o primeiro problema: se a permanência de Love ainda era internamente questionada e questionável, faltou orientar Pelaipe para não sair dizendo coisas que tranquilizavam a torcida quanto à permanência do atacante. Erro da nova gestão.


2ª) Outra falha da nova gestão foi a demora para o anúncio, tendo como consequência dois erros feios: o vazamento da informação e a confirmação mambembe e improvisada que veio na fonte oficial, o site do clube... e isso sem falar na atabalhoada coletiva da tarde de ontem com Eduardo Bandeira de Mello e o próprio Love. Espero que a diretoria tenha aprendido que, no mundo do futebol, se já é difícil segurar o turbilhão de especulações, imagina quando a situação está confirmada? Pois é.

3ª) Certamente as negociações entre Flamengo e CSKA já rolavam há um tempo. E não vazaram não apenas por conta da nova conduta da diretoria, mas também para não abrir a chance de reforçar nossos adversários.

Siga o Mil Vezes Flamengo no Twitter

4ª) Se as negociações entre Fla e CSKA já não são recentes - prova incontestável da impossibilidade financeira de se manter o acordo firmado na gestão anterior -, espera-se que o clube esteja com outras paralelas e engatilhadas para seu substituto em tempo muito hábil. É o mínimo aceitável. 

5ª) Por 4 milhões de euros, o Flamengo usufruiu de 1 ano do futebol de Love. Um preço, sem dúvidas, salgado demais. Mas a diretoria teve que optar entre o ruim e o pior. Se o discurso é de reequilibrar as finanças do clube, fizeram o certo. E sim, dá para achar atacante que possa render tanto quanto e que venha numa realidade que faça jus ao seu futebol - que, definitivamente, não vale 11 milhões de euros.


6º) Complementando a consideração anterior: a saída foi muito mais uma questão do que o Flamengo devia ao CSKA do que um ajuste salarial com o jogador.

7º) Não acho mesmo que a saída tenha qualquer coisa a ver com o fato de Love ter apoiado Patrícia Amorim nas eleições. E agora, no meu ver, não há dúvidas da razão de tanto apoio: para tentar não levar mais cacetadas no campo futebolístico, PA faria o impossível para manter Love - e nisso inclua-se desfalcar ainda mais as já ultracombalidas finanças Rubro-Negras. E, de alguma forma, ele sabia disso. Neste cenário, pensando como ele pensa, faz sentido apoiá-la e temer que o profissionalismo o afastasse de seu clube de coração e de sua cidade, como de fato acabou acontecendo.



***

No mais, sou agradecido a Love. Acho realmente que ele não rendeu o que poderia render por conta das contingências do futebol trôpego que tivemos, tanto no jogado quanto no administrativo; e espero que ele volte caso seja uma boa para as duas partes.

E uma última coisa: me parece muito claro que a diretoria investirá tão somente em jogadores que possam dar retorno sobre investimento. Isso significa valer o quanto custar. Bola dentro. No entanto, é preciso refinar a comunicação. E, para isso, diferentemente do aspecto financeiro e patrimonial, felizmente só depende da gestão Eduardo Bandeira de Mello.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Tópicos para falar do início de 2013

Eu sei, eu sei. Este blog anda bem abandonado - tudo por conta do excesso de trabalho, aquele mal necessário contra o qual Jack Torrance, inesquecível personagem de Jack Nicholson em O Iluminado, protestou tão bem.  Lá se foram os 10 primeiros dias do ano, os 9 iniciais da nova diretoria e alguma água já rolou debaixo da ponte. Por isso mesmo, muita gente já falou; mas não é por isso que não me sinto no direito de permanecer calado.

Entonces, vou fazer um apanhadaço bem rapidinho sobre os assuntos que rolaram neste começo de janeiro pelas interwebs. Talvez eu recupere algo sobre o qual consegui escrever no Twitter - que, com seus 140 caracteres por post, beneficia e muito os sem-tempo; mas vai ter algo inédito também. Tudo, porém, vai ser no esquema Miojo: em 3 minutos você já consumiu tudo o que irei servir - e será em tópicos. Lá vai:

- Wellington Silva - O empresário dele - que felizmente já deve ter virado boneco vodu e persona non grata da Gávea - entrou numa de, "enquanto a bananeira der cacho", decepar a coitada; e o lateral, que mostrou ter aquela cabeça boa (#not), embarcou.

Jogador e empresário, porém, não podem ser tidos como os únicos culpados. A diretoria passada, lógico, fez a cagada de não fazer valer a preferência do Flamengo. Agora, aturem. Sorte a nossa é que, repetindo, se WS foi o destaque do nosso segundo semestre, bom lembrar que fomos uma terra de cego em que qualquer zarolho virava majestade. Bom, que vá. Agora, sem querer rogar praga: acho bom o cara ter benzedeira boa, porque tem muito nego da torcida injuriado com ele...

- O silêncio dos nada inocentes - A diretoria Rubro-Negra parece ter mesmo a disposição de acabar com o queijo suiço de informações, boatos e futricas que notabilizou o Flamengo por tanto tempo. Para azar dos jornalistas, que antes mamavam nas tetas da livre circulação verbal Rubro-Negra e que, nos últimos tempos, viram boa parte de sua categoria chutando pra cacete e acertando quase nada, no melhor estilo Rodrigo Mendes (lembram?).

A regra do novo comando é clara: se não saiu no site do Flamengo, não é notícia; e a torcida, que também passa por um período de adaptação ao modus operandi dos gestores, começa a não só desconfiar agudamente das notícias que ainda não constaram em nossa página como também a sacanear a onda de especulações.

Pra jogar o jogo do Flamengo agora - e, literalmente, no próprio -, jogadores também estão se adequando aos novos tempos, juntamente com seus representantes. Negociou-se em silêncio com Elias, Gabriel e João Paulo, tendo os rumores de suas respectivas contratações suscitados apenas aos 43 do segundo temp, muito provavelmente com 99,99% da negociação de fato acertada.

E o jogo da "vaca amarela" ainda podia ficar melhor: no caso do Elias, por exemplo, o valor pelo qual o Flamengo pode contratá-lo em definitivo são um mistério. Se é pra matar o velho problema de o Flamengo servir para valorizar passe de jogador, vamos fazer direito. Pelo jeito, estão fazendo.

Leilão, não - Outro momento espetacular desse começo de trabalho foi quando o Flamengo se recusou a entrar em qualquer leilão por Jorges Henriques e afins. Um dirigente Rubro-Negro do qual não me recordo disse acertadamente: "Joga no Flamengo quem quer jogar no Flamengo". Uma medida espetacular para, ao mesmo tempo, atrair quem acredita no projeto de novos tempos do clube e espantar quem só tá de olho no fator grana.

Regularizando os atrasados - Perceberam que o Flamengo primeiro pagou boa parte dos atrasados aos jogadores que já estavam lá para só depois fechar oficialmente com Elias, Gabriel e João Paulo? Se boa parte de nosso elenco para este começo de temporada será de caras velhas, óbvio que isso os ajudou a confiar nesses novos diretores. Traduzindo aquele velho ditado da língua inglesa, primeiro o que deve vir primeiro.

Robinho - Queria jogar não no Flamengo, mas no Rio de Janeiro. Pra mim, unindo os dois citados na época em que essa combinação significava boa vida a peso de ouro. Seria Ronaldinho Gaúcho 2, só que, desta vez, sem um irmão que o comandasse feito um boneco de ventríloquo.

Léo Moura e Renato - Não gostei da renovação do primeiro, mas topei a do segundo. Duvido de que tenham sido negócios da China pros 2. E entendo a intenção em querer mantê-los no elenco: afinal, são jogadores de várias temporadas de Flamengo, sendo o mínimo referencial de experiência dentre os profissionais Rubro-Negros. Aposto que cumprirão o papel de tutores da molecada - se, de fato, o aceitarem - e em 2014 receberão o "muito obrigado, mas agora já temos o que queremos". Se tudo for conduzido com dignidade de ambas as partes, maravilha, vamos lá.

As novas caras - Elias parece ser bola - não me lembro dele - e será titular, se Dorival não voltar a usar antolhos e repetir a miopia/pinimba que tem com Cáceres. Gabriel, por sua vez, penso que não terá essa facilidade, e acho bom que crie mais músculo, pois senão vai tomar muita trauletada desses beques dos Quissamãs da vida. Já João Paulo me é 100% desconhecido, não tendo visto nem vídeo no YouTube dele. Acho que vou esperar pela surpresa, torcendo para que ele jogue 0,0001% de bom futebol - ou seja, o suficiente pra despachar Ramon pro banco.

* * *

Ufa. Faltou algo? Pra mim, na verdade, falta mesmo é de ver o Mengo jogar. Mas sábado da semana que vem, felizmente, essa maldita abstinência acaba.