Google+ Mil Vezes Flamengo: julho 2012

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Flamengo x São Paulo: a tempestade que antecede a bonança?

Tens muito trabalho pela frente, Dorival.
Sendo muito, muito sincero, circunstâncias particulares me impediram - ou seria "protegeram"? - da maior parte do jogo de ontem, de forma que só vi mesmo os últimos 30 minutos. Por isso, se não posso dar um parecer mais preciso sobre a partida, posso atestar que não dá para tomarmos de 4 de um time que tomou de 4 do Atlético Goianiense, não importa a pindaíba pela qual estamos passando.

Mais uma vez, como fiz no post sobre o insosso empate com a Portuguesa, volto a afirmar: tudo culpa do Flamengo do Joel. Ou melhor: do não-Flamengo do Joel, que era o time dos não-treinos, das não-jogadas, dos não-especialistas escalados para executar funções...e, especialmente, do não-ataque.

O importante - e para tentar mais uma vez convocar o otimismo - é saber que Dorival Júnior já se ligou, pondo o time para trabalhar sem folga pós-jogo. Essa semana sem rodadas de quarta-feira caiu bem para que nosso treinador possa enfim começar a fazer o seu Flamengo - que, todos esperamos, tenha um Vagner Love recondicionado, um Ibson voltando a jogar o mínimo, um lado esquerdo com a marcação bem melhor e um Welinton longe da escalação. Por mim, também, Felipe volta. Mas vamos ver o que será. Fato é que ter uma semana de trabalho como essa será uma oportunidade cada vez mais rara na vida de Dorival Júnior...e eu espero sinceramente que ele aproveite.

Enfim, nosso novo treinador não poderia ter melhor prova de que há muito o que fazer com esse time do que o que se viu ontem. Só não dá para ficar pior do que isso - de fato, um desastre inadmissível. Por mais que nunca seja necessária, que tenha sido uma tempestade para abrir novos tempos na Gávea.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Flamengo x Portuguesa: entendendo o tamanho do problema

"Valeu pela herança, Joel!"
Foi um jogo para se observar - ou melhor, para Dorival Jr. ter as primeiras impressões da bagunça e do estrago feitos por seu antecessor. Por isso, eu e meu incansável otimismo enxergamos que houve, sim, algo de positivo no insuportável empate contra a filial viceina da capital paulista: que nosso novo treinador teve uma dimensão considerável do tanto de trabalho que ele terá. E que bom que o teste não foi com nenhum dos times do primeiro pelotão...

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Eu confio na lucidez de quem me lê, e por isso vou só confirmar: caro companheiro Rubro-Negro, nós sabíamos que esse Flamengo não traria uma incrível mudança de panorama, certo? Afinal, não se pode ficar meses e meses sem esquema, sem treino decente, sem posições fixas e com escalações esdrúxulas e não deixar marcas para contar a (péssima) história. Assim, o Flamengo que o Dorival viu foi uma apresentação para ele - agora do lado Rubro-Negro - de um time sem conjunto, com uma defesa vulnerável, laterais com muito a acertar - ou a sacar do time, como penso ser o caso de Léo Moura - e um ataque longe do ideal, tanto em escalação quanto em poderio.

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Espero que Dorival, que tem fama de gostar de jogar para frente, tenha reparado na queda de rendimento que rolou no segundo tempo quando ele tirou os moleques Adryan e Mattheus para pôr Renato e Bottinelli, provocando Joel feelings nos corações traumatizados pelo Natalino. Mas não vi Joelice nisso não: para mim, nosso treinador só quis ver qual é. Só torço que ele tenha sacado que o time, que já não se pode dizer que veio bem no primeiro tempo, descambou pirambeira abaixo em matéria de qualidade.

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Enfim, numa boa? O espetáculo(?) pífio proporcionado pelo Flamengo serviu para Dorival tirar conclusões necessárias para alguém que acaba de chegar, e que certamente não carecem (ou careceram) de um incrível poder analítico não. Ele deve ter entendido o que há meses sabemos: precisamos de um meio-campo azeitado, uma defesa mais consistente, que Adryan é meia, que Love precisa de um atacante com ele e voltar a reencontrar o rendimento perdido... Enfim, as obviedades que Joel cansava de nos expôr sem ter a manha de enxergar; e que, se tudo der certo, não mais repetirão.

O Flamengo de Dorival Júnior nasce agora. A partir deste domingo, contra os bambis, é que começaremos a ver se esse horrendo cartão de visitas que hoje o técnico teve de fato se tornará apenas a última lembrança do Flamengo desfigurado de Joel Santana. Haja dor de cabeça para um só Sonrisal. Vamos ver se o remédio é bom mesmo.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Seja bem-vindo, Dorival.

Enfim, você veio.

Na prática, a lista de pedidos é bem maior do que a que eu farei; mas, no fundo, o que eu direi, acho, abrange tudo.

É simples: respeite o Flamengo.

Respeitar o Flamengo é fazer com que o nosso time tenha um pacto de Manto e sangue com a vitória através de sua vocação ofensiva. É jogar para a frente, é dizer não ao empate, é odiar com raiva o 0 a 0 e a burocracia imbecil do volantismo. É atacar pedindo bênção ao futebol de tantos craques que fizeram o Flamengo ser conhecido como um time que combate. Uma equipe eternamente inconformada com a chance do fracasso e com os placares que não se alteram.

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Respeitar o Flamengo é confiar na juventude. Você ainda vai ler pelo clube, mas certamente já escutou que, craque, a gente faz em casa. Temos vários potenciais candidatos a esse posto mas, repetindo, ainda não são o que podem ser. No entanto, para isso eles precisam ser ainda mais lapidados. Que isso aconteça sem a pressão do hepta; apenas a necessidade de crescerem como profissionais que precisam, como você, honrar o clube. Jogar com alegria, mas seriedade. Tirar o temor da molecada. Cobrar sem queimar. Proteger sem mimar.

Respeitar o Flamengo é saber o valor do conjunto. Se somos uma Nação fora de campo, dentro dele temos que ser igualmente um só. Afastar quem desagrega, como quem renega um perna de pau. Dar a braçadeira a quem tem a vocação de unir e extrair o melhor de seus companheiros. Valorizar o coletivo, pois futebol é isso. Fazer o Flamengo jogar com versatilidade, formar um time ao sabor do múltiplo. Defensores que saibam conscientemente subir ao ataque; atacantes que não hesitem em marcar. Meias e laterais que façam os dois com a mesma entrega e vontade.

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Como você provavelmente notou, respeitar o Flamengo, hoje, é quase um sinônimo de resgatar o Flamengo. Reencontrar e recuperar um clube que, de tão perdido de seus valores, por isso mesmo desencontrou-se de si mesmo. Nos bastidores, nos gramados, nos treinos, nos vestiários. Algo que independe de você é a necessidade óbvia de termos uma administração séria; mas talvez o exemplo e a inspiração para quem gere e quem venha a gerir surja do campo, caso você consiga cumprir a missão de ajudar o Flamengo na parte que lhe cabe nessa recondução.

Seja bem-vindo, Dorival. Sua responsabilidade é grande; mas os mesmos milhões que hoje cobram e que sofrem são os que, ao reconhecer os êxitos, são capazes de, com sua gratidão, transformar homens comuns em herois de uma Nação. Por isso, nunca deixe de querer ser um destes e de despertar essa mesma vontade em seus comandados. O trabalho, agora, é seu. Venha e vença pois hoje, agora, você é Flamengo.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Flamengo x Cruzeiro: a sorte do adeus a quem nunca foi azarado

No último jogo do Flamengo treinado por Joel Santana - aleluia! -, mais uma derrota.
Faço questão de escrever dessa forma porque essa é, naturalmente, o maior argumento para explicar tudo o que aconteceu nos últimos tempos. Para mim é bastante claro: se o Flamengo não tem um elenco para figurar no grupo dos melhores do Brasileirão, também não precisa render desta forma tão insatisfatória.

Não sei se já escrevi isso por aqui, mas ontem mesmo pus no Twitter do Mil Vezes Flamengo: era difícil demais avaliar os jogadores do Flamengo nessa imensa bagunça sem estrutura nem tática que foi o time sob o "comando" do Natalino.

O jogo de ontem provou que o Flamengo de Joel Santana era um time à mercê de dois fatores, praticamente agregados: os lances isolados e a sorte. Só que, de novo: o talento individual é complicado quando você não está no local do campo em que deveria estar. Ok, então trabalhemos só com a sorte. E ontem foi fácil ver as reclamações sobre o azar na hora de a bola entrar. E aí eu só conseguia lembrar da célebre frase de Thomas Jefferson, presente num post anterior mas que me vejo forçado a relembrar: "Quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho". Aplicando isso à lógica, pergunto: que sorte esse time do Flamengo do Joel poderia ter?

Por isso, mesmo, simplesmente me recuso a falar que um time mal-escalado e mal-treinado que compromete o rendimento individual e coletivo tenha dado azar. Mas, diante dos mais recentes fatos, não dá para negar: a única sorte que tivemos na tarde de ontem é a de que o fracasso diante do Cruzeiro, de fato, acabou sendo a gota d'água para que a nefasta e derrotada Era Joel tenha tido fim no Flamengo - espero, de uma vez por todas.

Agora, que venha um técnico que dê chance a esse time muitos sucessos e que, no caso de eventuais fracassos, poder realmente culpar o azar por eles. Se o cara for eficiente, certamente eles serão muito, muito poucos; e mesmo se for medíocre, muito provavelmente ainda será melhor do que esse pesadelo vivido por 35 milhões chamado Joel Santana.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Ideias para o Flamengo: Clube Rubro-Negro de vantagens

Já pensou se muitos territórios assim oferecessem vantagens
e descontos aos associados do clube?
A indignação com a gestão Patrícia Amorim só aumenta. O movimento para começarmos a virar esse jogo já está lançado: vamos transformar o 11 de agosto no Dia Nacional da Mobilização Rubro-Negra, cujo objetivo é tentar converter o maior número possível de torcedores flamengos em sócios do clube e, em 2015, começar a acabar com a bagunça que hoje impera no Flamengo.

Sobre a captação de novos sócios, uma questão que eu sempre ressaltei é a de que não basta ter a paixão como único argumento: é preciso também levar benefícios ao torcedor - e isso se torna algo um pouco mais complicado em relação à maior parte da Nação Rubro-Negra, que mora quilômetros e quilômetros da sede do clube, no Rio de Janeiro - e que, portanto, não tem possibilidade de frequentá-la regularmente.

Claro que há diversas possibilidades de tornar a modalidade de sócio off-Rio realmente atraente; no entanto, todas elas originalmente passam pela boa vontade e disposição políticas da direção do clube - que obviamente presume-se que pouco queira promover tais iniciativas. E aí?

E daí que eu tive uma ideia para incentivar o ato do Rubro-Negro de fora do Rio a se tornar sócio, indo além do atrativo de passar a votar para presidente do clube daqui a 3 anos. E começo a explicá-la fazendo a seguinte pergunta: quantos pequenos, médios e grandes empresários deste país torcem para o Flamengo? Muitos. Vários. Claro.

Imagine, agora, se estes empresários se reunissem em uma espécie de liga, com o objetivo de incentivar o aumento do quadro de sócios e, em troca, oferendo a todos os sócios Rubro-Negros vantagens em seus respectivos negócios? Por exemplo, o dono de uma mercearia poderia oferecer 5% de desconto em compras aos que forem sócios do Flamengo; o proprietário de um posto de gasolina, uma lavagem grátis a quem for sócio, e por aí vai.

Em resumo, é uma espécie de clube de vantagens Rubro-Negro, inteiramente independente da direção do clube; um pool de empresas, identificadas e reunidas através de um site e - por que não? - através de adesivos nos caixas e locais estratégicos, como fazem as companhias de cartão de crédito. Óbvio que esse tipo de iniciativa poderia contemplar empresas do Rio de Janeiro - e, consequentemente, sócios cariocas do Flamengo.

Tenho certeza de que, dentre os milhões de Rubro-Negros indignados com a situação atual do clube, estão diversos empresários que curtiriam emcampar essa ideia: benefícios em troca de sócios que comprovassem estar em dia com suas mensalidades do Flamengo. É bom para os empresários e é um atrativo muito interessante para os sócios. Acredito ser algo simples que possa realmente ajudar o quadro social a ser uma expressão mais real do que orgulhosamente chamamos de Nação.

***

A Ideias para o Flamengo é uma seção nova do blog que pode ser construída por você também. Envie a sua ideia, explicada de forma clara e simples para milvezesflamengo@gmail.com que, se ela for bacana realmente, ganha divulgação por aqui e com os devidos créditos. A intenção é levantar propostas para fazer o Flamengo do jeito ficar do jeito que ele merece: cada vez maior.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Dia 11 de agosto: Dia Nacional da Mobilização Rubro-Negra

















Ser sócio do Flamengo significa muito mais do que se pode pensar: é se tornar plenamente capaz de mudar os rumos do clube.

O Flamengo é de 35 milhões de pessoas, mas hoje apenas 0,02% exercem seu direito maior: o de eleger o presidente desta imensa Nação.

O Dia Nacional da Mobilização Rubro-Negra visa mudar essa história. Com R$40, torcedores fora da Cidade Maravilhosa podem virar sócios off-Rio; e a partir de R$105, todo Rubro-Negro residente na cidade pode se tornar sócio contribuinte.

Cada novo sócio que o Flamengo conquistar até 31 de agosto e que se mantiver regular terá direito a voto nas eleições do clube em 2015. Aqui você entende melhor sobre os prazos.

Clique e conheça o site da campanha e, principalmente, participe, seja virando sócio ou divulgando o Dia Nacional da Mobilização Rubro-Negra. A hora é agora.

Flamengo x Corinthians: é tudo muito óbvio

Dois culpados conversando
Já deu. Não vou mais citar os diversos erros do Flamengo e me repetir. Vou por um caminho mais simples, mais direto, mais prático.

Bottinelli e Renato não têm condições de serem titulares - sobre o gringo, precisamos entender em que posição ele joga antes de qualquer coisa. Mas a culpa não é deles. É do técnico.

O técnico, por sua vez, não devia nem passar na porta do clube. É um completo incompetente, despreparado. Mas a culpa não é dele. É do diretor de futebol.

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Se eu quiser, eu posso ir subindo até chegar à responsável principal, que é a presidente do clube. Sobre a saída dela, bem, não sei se o estatuto do clube prevê a chance de impeachment em caso de insatisfação com a administração, mas o jeito mais direto de tirá-la é um: fazer com que o torcedor insatisfeito se torne sócio. Sobre isso, inclusive, recomendo o ótimo texto do camarada Pablo dos Anjos, e ainda falarei em breve sobre o tema num post especial. Por agora, quero mesmo parar a bola no Zinho.

É de conhecimento público que tirar Joel Santana do Flamengo não é algo tão simples e barato. Existe uma multa rescisória que, consta-se, vale R$3 milhões. Corre também por todos os cantos da imprensa e das interwebs que o Flamengo, no afã de trazer alguém para o clube antes que a janela feche, está negociando com Riquelme - aquele jogador que saiu do Boca Juniors por admitir que não consegue mais render. Parece que a oferta salarial é de R$500 mil mensais.

R$500 mil mensais por um sujeito que se reconhece, hoje - e com trocadilhos -, meia-boca. Por que não pegar essa multa do Joel, dividi-la em parcelas e mandar esse infeliz embora?

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Tudo para dizer que, ao Flamengo, cabem hoje dois tipos de medidas: as emergenciais e as estruturais. A saída de Joel, claro, está na primeira categoria.

É questão de raciocínio simples: ele está impedindo que jogadores rendam o que podem (ao não treiná-los devidamente e os pondo para jogar de forma errada, em posições inadequadas), evitando que bons recursos do time se desenvolvam (ao não escalá-los) e expondo a entidade Flamengo a constantes e crescentes ridículos, a ponto de nos fazer imaginar que o maior deles possa, sim, ser um descenso.

Em resumo: com Joel, estamos tendo prejuízo de imagem - e, consequentemente, de patrimônio -, jogando salários que não são baratos no lixo, e talentos no banco. Não é pouca coisa não.

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Por isso, tirar Joel ontem é evitar novos calcanhares idiotas de Renato, dar mais tempo de jogo a Adryan e Mattheus, arrumar a casa para não haver situações como a de Bottinelli e seu mole colossal, minimizar a possibilidade de derrotas ridículas e vergonhosas como a de ontem, com todo o respeito ao Corinthians e seus méritos.

Eliminar esse treineiro trágico é, sobretudo, fazer o Flamengo voltar a ter o respeito que merece - um passo que começa contigo, Zinho. É tudo muito óbvio. O que você está esperando para tomar uma atitude?

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Flamengo x Corinthians: Davi veste Rubro-Negro

Se existe uma história bíblica que é lembrada vez por outra no mundo dos esportes é a de Davi e Golias. E vamos admitir que, se ela cabe de alguma forma para ilustrar o confronto de hoje, em matéria de qualidade de bola, o gigante não é o Flamengo...

Não dá para fazer vista grossa: o Corinthians, campeão da Libertadores, é um time acertado, com bons jogadores  Como aquele velho clichê de frases de jogador de futebol em entrevista de campo, é entrosado, unido e coeso. E a essa altura do campeonato, infelizmente, a ressaca da comemoração do título sul-americano já passou...

E o Flamengo? O Flamengo dá mostras, sinais, pistas de que pode melhorar. É algo ainda muito embrionário e que necessita de confirmação. Hoje, vamos ver a volta de um Léo Moura sem ritmo de jogo, não teremos a presença de Ramon por conta de restrições contratuais que o impedem de enfrentar seu último clube - dessas cláusulas que todo clube inclui no contrato, menos o Flamengo -, Arthur Sanches terá chance de confirmar a boa impressão que nos deixou no jogo contra o Bahia…

Outro detalhe bem, bem ruim: Joel sANTAna confirmou burramente a substituição de Adryan por Bottinelli. Aliás, o gringo é uma grande incógnita. Alguém aí sabe em que posição ele joga? De fato, ele não rende como queríamos, mas também não podemos chamá-lo de ruim de bola. O que me parece é que Joel - oh! - não sabe encontrar um lugar ideal para ele em seu esquema; e, numa boa: nessa esculhambação pseudo-defensiva do Flamengo - ou seja, bola por bola - sou mais Adryan.

Ok, voltemos a falar de coisas boas. Também teremos a volta de Love - que, como sabemos, adora estragar a alegria dos corintianos... Mas ainda assim, passando a limpo prós e contras do Mengo desta quarta, parece pouco. Como fazer então?

Por incrível que pareça, estamos indo. Bem aos poucos, bem menos do que queríamos, mas curiosamente indo. E acho que o Flamengo está conseguindo este microscópico embrião de melhoria por conta própria - ou seja, incompetências treineiras à parte. E sem dúvida que grande parte disso credita-se a uma crescente união do grupo. Correr o noticiário online do Flamengo e ver imagens dos jogadores Rubro-Negros como a de cima, sorrindo, se abraçando, celebrando juntos, para mim é um excelente sinal. E antes que venham dizer que isso é praxe, algo comum ou besteira, numa boa, não me lembro de ver imagens assim há poucas semanas atrás não...

Acho que é essa a força que esse grupo pode ter diante do afiado Corinthians. Não nos enganemos, como também não o fazem os que hoje estão na Gávea: salvo uma surpresa incrível com prazo para acontecer em pouco mais de 48 horas, é esse o Flamengo que temos até o fim de 2012. E diante do que tivemos até aqui, sigo confiando no mínimo de amor próprio coletivo desses caras para tentar provar à torcida de que esse time pode chegar em algum lugar longe, muito longe do que os que já estão com calculadora na mão e Lexotan na cabeceira da cama podem pensar.


Hoje, contra o Corinthians, nosso Davi tem como pedras principais essa união, Love e o poder do improvável, presente desde sempre no futebol, sempre cheio de metáforas, tal qual a Bíblia. Nesta noite, ele pode se manifestar de diversas formas - quem sabe até numa soberba corintiana, aliada à vocação Rubro-Negra de saber render quando não tem favoritismo. Se o Flamengo souber se aproveitar disso de alguma forma e arrumar mais três pontos, quero mais é que ele siga assim: desacreditado e cercado de dúvidas por todos, inclusive nós, torcedores. Que venha Golias.


***


E não custa lembrar: hoje à meia-noite - portanto, logo após a partida - teremos a estreia da Resenha Mil Vezes Flamengo, videochat comigo e com o TozzaFla. Ele marca este dia de estreia da página do Mil Vezes Flamengo no Google Plus, mas também avisarei sobre o início do programa perto do horário em todas as redes sociais do Mil Vezes Flamengo - ou seja, pela página do blog no Facebook e pelo perfil do Twitter. Vai ser bonzão.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Flamengo x Bahia: mais do que três pontos para se comemorar

É sério: pela primeira vez neste Brasileirão vi o Flamengo sair de um jogo com um saldo positivo além dos três pontos conquistados. Tudo bem que a vitória foi sobre um Bahia muito do meia boca; mas o fato de termos jogado a maior parte do tempo com um a menos e mesmo assim termos conseguido a vitória também não pode ser ignorado...

Felizmente o tal do caldo que eu cogitei no post de pré-jogo de fato acabou acontecendo - ok, pelo menos parte dele. Faltou um pouco mais de bola ao Adryan, mas sabemos que ele não jogou realmente na armação de jogadas; e ele já mostrou ser digno de toda a paciência do mundo que merece uma real prata da casa. Por sua vez,Deivid ficou novamente devendo. Já Ramon alegou uma síndrome de Fellype Vomitel um mal estar que não lhe fez render o esperado. O Manto pesa, cara. Saiba disso desde já.

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Individualmente, porém, as maiores decepções* foram Ibson e Luiz Antonio. Quanto ao primeiro, tirando a atuação na partida de seu retorno, até agora não apresentou um bom futebol. Sofreu o pênalti, mas quase faz a cagada do século nos instantes finais de jogo. Se não fosse o bandeira marcar corretamente o impedimento do sujeito do Bahia... Já sobre LA, parte de seu fraco desempenho se deve ao gênio (NOT) Joel Santana.Ao comentar o jogo pelo Twitter do Mil Vezes Flamengo, durante o primeiro tempo citei algumas vezes a avenida do lado direito de nossa defesa. Tava meio que mapa da mina: sempre que ia ao ataque, LA demorava a retornar, e isso sem ter ninguém cobrindo sua subida. O Bahia não demorou a notar isso e não só fez o seu gol por lá - que, obvio, tinha que ser de um ex-Rubro-Negro - como arrumou os cartões de Luiz também. Se é para improvisar, Joel - o que eu já acho que está errado -, não era para ao menos acertar a cobertura dos ataques de Luiz?

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Bom, enfim, falemos do tal saldo positivo. Sobre os mencionados no post pré-jogo, tivemos um Arthur Sanches que não decepcionou, fazendo uma dupla interessante com Marllon; e Hernane nos dando um belo gol e participando efetivamente do jogo. Vamos com calma, mas os dois passaram neste teste. Por mim, seguem titulares. Outro grande destaque: Paulo Victor. Deitou e rolou, garantindo a vitória. Se continuar assim, Felipe realmente terá que ter uma justificável paciência...

No entanto, não foram exatamente as boas atuações individuais de alguns jogadores do Flamengo o que mais me satisfez nessa vitória. Curti para valer a vontade de acertar do grupo Rubro-Negro; desta vez, essa gana me parece ser diretamente relacionada ao fato de ser um time carente de estrelas, de talentos já lapidados e reconhecidos.

Do grupo que hoje foi a campo, 8/11 é de jogadores de começo de carreira, que buscam glórias maiores, e cujos brilhos individuais e salas particulares de troféus ainda não são compatíveis com qualquer nível de estrelismo. Talvez de alguma forma eles estejam enxergando no momento do Flamengo aquela velha história de que, às vezes, supostos problemas podem ser convertidos em felizes e bem aproveitadas oportunidades. Se o Flamengo não trouxe ídolos, por que não pode começar a fabricá-los? Se não tem um elenco estelar, que fatalmente levaria a grande maioria que hoje se apresentou para o banco, por que não tentar render o melhor?

Não sou iludido. Sei que foi o Bahia, sei que o Flamengo é um time em formação, comandado por um cabeça de bagre, e que muito tem a realizar e a provar; mas não dá para ver a vibração do time após o jogo, a corrente realizada pelos caras e não imaginar que, de um jeito meio torto, sob uma densa nuvem de incredulidade, pode estar nascendo um grupo de jogadores fechados entre si por entender que talvez, talvez, eles podem ser algo que surpreenda justamente por termos pouco ou nada a esperar deste Flamengo que hoje aí está.

Será que, na ausência de um cérebro no comando, a soma da vontade coletiva e do talento individual pode nos levar a algum lugar neste Brasileirão? Mais umas duas vitórias dessas e essa mosca vai pousar em definitivo na minha cabeça...e, com ela, a esperança talvez retorne a esse velho coração Rubro-Negro.

***

Sim, foi pênalti.

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Podem me atirar pedras e obeliscos, mas eu gostei da sacanagem de Renato contra Mancini. E acho o Renato um cara bom pra termos no grupo. Não é para ser titular, mas é boa opção no banco...e curto sua postura agregadora.

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* Você pode estar se perguntando: "E Negueba e Diego Maurício?". Sobre esses, são hors-concours em matéria de perebice. Por mim, não voltariam de Pituaçu nem por meio acarajé.

domingo, 15 de julho de 2012

Flamengo x Bahia: as chances e o caldo

Paulo Victor, Luiz Antonio, Arthur Sanches, Marllon e Ramon; Airton, Ibson, Renato e Adryan; Deivid e Hernane. Sem estrelas - nossa única, Vagner Love, suspenso -, sem uma boa novidade (Cáceres), com estreia (Ramon) e diversas incógnitas. É esse o Flamengo que pega o Bahia logo mais - um time que não apresenta as sonhadas contratações, e que traduzem o que o clube tem de elenco hoje. E aí?


Teremos uma nova defesa, bem mais jovem com a saída de González, e por isso mesmo potencialmente mais ágil e rápida. E é Arthur Sanches, claro, o nome que mais chama a atenção. No Fla x Flu, ele pôs uma bola na trave; e do jeito que o Gonza anda, não acho que exatamente ele seja um mero substituto de um desfalque. Pelo contrário: por mais que meu único motivo atual sejam os minutos do jogo passado e um vídeo do YouTube, levo fé em que ele possa converter seu 1m88 em gols e alívio contra bolas cruzadas na nossa área. Vamos ver se ele se destaca individualmente e se acerta na dupla com Marllon.

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A estreia de Ramon anima pois, infelizmente, Magal simplesmente não correspondeu. Chega pra ser titular, em mais uma chance de se firmar num time grande. Acredito que esteja motivado, sobretudo porque esse embate será um aquecimento para que ele entre na ponta dos cascos contra o Corinthians e queira fazer com seu ex-time o que nossos ex-atletas costumam aprontar quando jogam com a gente. Que seja bem-vindo e, se mostrar serviço, logo, logo a gente esquece que ele já foi do lado negro da Força.

No meio, claro, está a maior esperança: Adryan. A titularidade vindo num jogo "fora de casa" - assim, entre aspas, porque todos sabemos qual é a maior torcida da Bahia - será, digamos, um atenuante emocional para o jogador e para a Nação. Mas quer saber? Pra mim, na verdade, o moleque já está pronto e vai tirar sua virgindade de titular de letra.

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Finalmente, o ataque.Teremos Deivid de volta com toda a justiça, pelo que temos e pelo que queremos que o cara faça. Sinceramente, quanto mais me aparecem Juans, mais eu torço para que um sujeito como Deivid dê certo no Flamengo. E é algo irracional, pois eu sei que ele não é mais o que um dia foi, e que as chances de um sucesso acontecer parecem distantes... Mas que se dane. O cara merece muito. Do mesmo jeito, inclusive, que Hernane merece paciência.

Se tem uma coisa que não dá pra aguentar é a intolerância que a torcida às vezes mostra. E nesse caso é algo ainda mais inaceitável, pois não só o cara só teve um jogo como titular como simplesmente não temos gente melhor. Diego Maurício, por exemplo, teve trocentas chances e nada produziu. Nesse caso, aí sim, já recebeu diversas oportunidades e nada fez, a exemplo do desastroso Negueba. Por que Hernane não pode ter as suas? Ele ainda merece o benefício da dúvida. Que hoje faça jus à oportunidade.

Diz o ditado que, de onde menos se espera é que se não tem pn; no entanto, o Flamengo de hoje à tarde, penso, pode trazer algo muito diferente do que todos estamos esperando. Basta reler e perceber: é um jogo de chances - da boa impressão de Ramon e Sanchez, da afirmação de Adryan, da surpresa de Hernane e até mesmo do "viu só, Joel?" de Deivid. Me sinto estranhamente crédulo ao dizer isso, mas vá lá: pode dar caldo.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Flamengo e sua prova master de maturidade emocional

Neguinho vai ter que segurar a onda
Enfim veio a resposta do Wolfsburg sobre Diego: não. Uma negativa que frustra mais uma vez a torcida Rubro-Negra mas, de certa forma, não surpreende Zinho, uma vez que ele mesmo já vinha dizendo que, por mais que houvesse a possibilidade da vinda do cara, era difícil que o negócio se concretizasse.

Se tudo der muito certo e houver um mínimo de lucidez por parte do diretor de futebol do Flamengo, Riquelme não é plano B, alternativa ou coisa que o valha, lembrando que o próprio já converteu em palavras o que provou em campo em sua temporada atual: não dá mais para ele. Assim, parecemos ter vetada a chance de um camisa 10 "de fora" para ajudar a equipe do Flamengo na missão de torná-lo criativo. E agora?

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Meu post anterior dizia respeito à necessidade de Zinho tomar providências quanto a criação do time e, mais importante, a eliminação de Joel Santana de seu cargo - prioridade máxima já que o próprio joga contra a necessidade de atacar, por conta de sua (falta de) visão e da sua obsessão por um time defensivista que ainda assim não consegue ser eficiente do ponto de vista defensivo.

Sobre a demissão de Joel, penso, o maior entrave do Flamengo é mesmo o valor a ser pago pela rescisão. E o Natalino não apenas já perdeu o juízo e a razão como, pior, não tem mais qualquer orgulho em se ver desacreditado por Zico e o mundo e ainda assim querer se manter como técnico. Tudo, claro, em nome da grana, que ergue e mantém coisas feias. Mesmo assim, é imperiosa a sua saída. Não dá mais e ponto, e as finanças Rubro-Negras, penso, precisam fazer essa força, sabe-se lá com que engenharia matemática. Zinho, Coutinho e Levy, se virem.

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Dito isto, vamos ao lance do camisa 10. Joguemos com o que temos hoje em mãos: não, ele não vem. Acho que não existe melhor sinal para a torcida dar uma prova master de maturidade: entender que o Flamengo não terá o hepta agora por simples impossibilidade diante do que tem à disposição neste exato momento. Se não vierem novas peças ofensivas que realmente valham a pena sem varrer ainda mais nossos dilapidados cofres, é preciso entender que não se deve cobrar título deste time porque fazer isso é pressionar desnecessariamente aqueles que, neste elenco, tem potencial disso. Veja bem: eu disse "potencial". Me refiro aos meias ofensivos e atacantes - boa parte deles, meninos ainda.

Definitivamente não é um momento de conquistas. Sendo bem otimista, o Flamengo agora precisa abraçar uma fase de preparação para um futuro de médio/longo prazo. Se não dá para contratar caro, não vamos fazer loucura; se não dá pra título, é uma hora para se ganhar casco, maturidade, expertise. Formar conjunto, trabalhar entrosamento, jogadas, o escambau. Pensar em 2013, com dedicação e entrega máximos. Eu já até falei disso de outro jeito mas, por conta da situação, repetir nunca é demais.

Veja só: de jeito nenhum isso significa entregar os pontos. Basta o Flamengo trabalhar sério e, da parte da torcida, não rolar aquelas viagens, de faixas de "O Hepta é Obrigação" e similares. É querer dedicação, mas sem massacre. É simples: se o que temos para o momento não nos faz sonhar com o Brasileirão, com um bom técnico e com a concorrência chinfrim e repleta de babas que temos, ao menos não cairemos. Parece pouco, mas é a realidade de um momento por que vários clubes já passaram, sobreviveram e voltaram aos dias de glória. Nós também podemos isso, e sem segundona.

Quem disse que fazer tudo o que disse acima é fácil? Nada o é, especialmente para o Flamengo. É uma luta inglória, diante de uma torcida que, em sua total razão, não se conforma em ver o time como coadjuvante. Mas, por isso mesmo, temos que entender que, para as glórias chegarem, essa fase torna-se fundamental. Elas só podem demorar mais um pouco. Ou melhor: com o que temos para o momento, fatalmente irão.

terça-feira, 10 de julho de 2012

A hora da verdade de Zinho

Depoimentos sóbrios, intensa vivência de cada dia do clube, pé no chão, Se tem um sujeito que vem destoando da diretoria palerma do Flamengo nos últimos tempos, esse alguém é Zinho. Quer dizer, vinha. Mais precisamente, até a manhã desta segunda-feira, prazo generosamente dados por mim e pelo meu bom senso - e acredito por tantos outros torcedores e seus respectivos - para que ele, diretor de futebol Rubro-Negro, demitisse Joel Santana.

Não faz mais qualquer sentido que Zinho ature Joel. A situação de nosso treineiro é insustentável. Não é mais questão de justiça ou não: simplesmente não há como Z11 ter qualquer justificativa aceitável para manter o técnico no cargo, já tendo provado sua absoluta incapacidade de estar a frente do time.Derrotas justas, vitórias apertadas, eliminações de Libertadores, distância da final do Carioca, ausência de padrão tático e de jogadas ensaiadas, "improvisos" absurdos e declarações estapafúrdias.Pensa aí: o que mais é preciso para que ele suma com Joel? Qualquer prazo para que o Natalino pudesse virar o jogo a seu favor, qualquer chance para ele se provar aceitável já foi para o cacete.

Porém, não é apenas a demissão de Joel que incomoda. Tá chato demais a oposição arrumando bons meias e atacantes e o Flamengo sem nenhum. Enquanto já passamos da oitava rodada, inviabilizando algumas das possíveis contratações oriundas de times que disputam o Brasileirão - lembrando do limite de máximo de seis jogos de um atleta por um clube para poder ir para outro -, continuamos dia a dia acordando e dormindo frustrados pela ausência de contratações que nos deem o poderio ofensivo necessário. O (bom) sonho da vez atende pelo nome de Diego, cuja resposta ao Flamengo, positiva ou negativa, deve sair hoje segundo a imprensa; correndo por fora como segunda opção, a ameaça de trazermos Riquelme, que se despediu do Boca Juniors por admitir que não tem condições para defender su equipo de corazón.

Torço muito pelo "sim" de Diego mas, se não acontecer, não admito que o Flamengo traga mais um ex-jogador em atividade. Pô, se o próprio Riquelme não serve pra eles, vai servir pra gente? E mesmo assim Zinho disse ser um "nome que interessa" - declaração dada no fim da semana passada, em que o mesmo diretor assistiu a Jorge Sampaoli firmar um novo ano comandando a LaU, afirmando que seu técnico era o Joel e pronto. Lembra que falei no começo do texto que o Zinho começou a ratear no começo desta semana? Pensando bem, a bobeada começou mesmo no fim da passada...

Há quem diga que Zinho não tem culpa de nada que acontece com o Flamengo, que seria apenas um boi de piranha, figura decorativa. Posso estar muito enganado, mas ele não me parece alguém que aceite ser fantochinho numa boa. Aliás, em nome da dignidade humana, ninguém deveria aceitar. Portanto, não quero crer nisso. Mas aí eu me pego com outra dura opção: a do Zinho do Joel pseudo-eterno, do Riquelme aceitável e bem-vindo. Ah, e isso sem falar do interesse - enterrado? - por Dunga. Não dá, Z11... Por tantos sinais amarelos - ou seriam alertas vermelhos? - estipulei um prazo: se o Zinho chegar até o meio dessa semana ainda feliz com um ex-treinador e um ex-meia como integrantes do presente e do futuro Rubro-Negros, sem agir para impedir a permanência de um e/ou a vinda do outro, para mim ele passará de última esperança a mais nova decepção em vermelho e preto porque, se um diretor de futebol não consegue enxergar duas furadas tão óbvias, perto do Flamengo é que ele também não deveria estar.

O relógio está correndo; e eu, eterno otimista, ainda acredito em Zinho. Ainda. Que ele justifique meu voto, que é verdadeiro...mas tem prazo (curto) para acabar.

domingo, 8 de julho de 2012

Flamengo x Fluminense: um time nada a altura da festa

União é importante...mas, infelizmente, não basta
A edição centenária do Fla x Flu foi linda...até o apito inicial. Meu Deus, que partidinha feiosa, injusta com a tradição do clássico. E não venham me dizer que a chuva teve participação nisso. Foi um joguinho de bola medíocre, em que mais uma vez o Flamengo de Joel Santana demonstrou sua completa incapacidade de ser verdadeiramente ofensivo. Deu no que deu. E o que deu, afinal?

Vamos em tópicos para ficar mais claro e menos doloroso:

- Nos apresentamos para o jogo de hoje tendo a raça como único recurso. Se você pegar o esforço do time neste Fla x Flu e isolá-lo do resto das coisas, o que sobra é uma equipe que toca para os lados, rifa a bola sem peso na consciência e conta com as bolas paradas e o chuveirinho mal feito.

- Tomamos um gol em mais uma falha de González. Eu ainda só pego leve com ele porque em 70% de suas atuações ele teve que jogar por dois, e aí fica pesado. Mesmo assim, já deu para ver que é o tipo de zagueiro que realmente precisa de um bom companheiro para jogar direito. É isso ou não teremos nem 50% do que se espera de um cara eleito o melhor das Américas em sua posição.

- Tivemos um Ibson irreconhecível. Nervoso, irritadiço e mais perdido do que caramelo em boca de banguela, errando quase tudo o que tentou. Deveria ter saído no intervalo.

- Presenciamos um Bottinelli provando toda a sua irregularidade, com chutes que mais pareciam tentar pôr a bola fora do Engenhão do que acertar no gol tricolor;

- Vimos um Love subaproveitado e rendendo abaixo do esperado. Tem explicação: no que depender do esquema do time ele sequer consegue ser atacante pois se vê obrigado a voltar pra buscar jogo; e aí a coisa desanda. Além disso, ele foi mais um que teve que ser dois, por ter a companhia do inaceitável Diego Maurício, bicampeão do Troféu Bruno Mezenga dos anos de 2011 e 2012 de eterna promessa e que já teve umas 35253 chances no time - todas devidamente desperdiçadas.

- E guardei o pior por último: tivemos que, mais uma vez, aturar os "improvisos" de Joel - assim mesmo, entre aspas. Explico: no futebol, o verdadeiro improviso é aquele recurso a ser utilizado quando não há jogadores originais para as posições, seja por conta de contusão, expulsão ou coisa que o valha. Dito isso, o que Joel faz, decididamente, NÃO é improviso. Adryan como atacante, tendo Hernane e Deivid no elenco? Ibson como armador, tendo Adryan e Mattheus como possibilidades? Luiz Antônio como lateral, com Wellington Silva em condições e podendo escalar o mesmo Luiz Antônio - que hoje foi nosso melhor jogador - no lugar do próprio Ibson?

Isso pra mim, repito, não é improviso: é despreparo, desespero, desorientação.

***


Só não sofremos mais por conta da covardia tricolor, que se bastou no seu gol, sem querer testar o time Rubro-Negro. Uma estratégia traçada por conta do medo de se perder o Fla x Flu do centenário, mas que podemos entender como um mínimo sinal de respeito ao Flamengo - algo que, infelizmente, tem muito mais a ver com nosso passado de glórias do que com o nosso presente de "improvisos", de toques para os lados, de um time perdido e incapaz de honrar aquilo que está no DNA Rubro-Negro: o compromisso com a vitória.

sábado, 7 de julho de 2012

Flamengo x Fluminense: um compromisso com a história

Não precisava nem o hino dizer três vezes num só verso: 117 anos depois, ninguém duvida de que o Flamengo nasceu para vencer, seja no mar ou na terra. E uma tonelada de fatos extraordinários fizeram com que, curiosamente, um clube de regatas acabasse conquistando o mundo também no futebol, indo muito, muito além de muitos clubes que tem esse esporte como seu principal. E não, esse não é o nosso caso.

Como eu disse, nosso esporte oficial é mesmo o remo. No futebol, a gente tira onda, indo muito, muito além do "Football Club" que enfrentaremos amanhã, do qual muitos dizem o absurdo de "ter nos criado". O que aconteceu foi que alguns incríveis visionários viram que podiam fazer muito melhor...e o tempo mostrou que estavam certíssimos.

Os dois primeiros parágrafos acima foram uma simples introdução para reafirmar o óbvio: no Fla x Flu de amanhã, nosso clube tem a obrigação de honrar a história desse clássico, cuja maior característica é a supremacia absoluta do Rubro-Negro.

Como fazer isso? Lá vou eu ser repetitivo: com um time ofensivo. Ainda não saiu a escalação, mas se Joel não abrir mão de 1/4 de seus volantes para pôr Adryan ou Mattheus a coisa vai complicar. Torço para que nosso treinador acorde estranho e resolva ter esse rasgo de lucidez. Tudo porque, como eu disse, é preciso pensar e ir além dos três pontos, pois é exatamente o que esse jogo importa.

Soube que, antes da partida, cada jogador do Fluminense entrará com as camisas trazendo nomes de heróis da história do clássico de seus respectivos clubes. Já os nossos entrarão em campo com os nomes dos Rubro-Negros que jogaram a primeira edição do clássico. Em seguida, deverão trocar para as de seus nomes. Simbolismo justo e certeiro, pois o Fla x Flu do centenário, edição especialíssima de um dos maiores clássicos do futebol mundial - se não o maior -, é a oportunidade perfeita para que novos heróis surjam e brilhem. Por isso, não haverá maior reverência ao passado e aos tantos Rubro-Negros ganhadores de Fla x Flus do que repetir seus feitos, que nos dão maioria em vitórias, títulos, torcida, em tudo. Tudo. Devemos a eles e a história a garantia de que a história do Fla x Flu continuará como deve ser: com o Flamengo vencendo.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Meus Jogos Inesquecíveis: Flamengo 4 x 2 Fluminense (1991)

Com toda essa história de centenário do Fla x Flu, fiquei pensando qual foi o mais especial confronto dos dois times em que o Flamengo saiu vitorioso que eu vi; e, com vários na cabeça - para citar alguns, o de Bottinelli no ano passado, o da despedida de jogos oficiais de Zico, e o do baile de Adriano no 5 x 3  -, resolvi falar de um que vi ao vivo: o segundo jogo da final do Cariocão de 1991.

Se procurar direito no meu armário, talvez consiga encontrar o ingresso com o placar do jogo anotado no verso, com os gols de Uidemar, Júnior e Zinho (2) contra os de Ézio e Vágner. O mais legal ao me lembrar desse jogo é ver que aquele time era a base/quase totalidade daquele que se tornaria pentacampeão brasileiro no ano seguinte; e que, se tinha um comandante incrível como Júnior, um goleiraço chamado Gilmar e um matador apelidado Gaúcho, essa equipe foi o que foi muito mais pelo conjunto do que por talentos individuais. Os gols do Flamengo na partida comprovam bem o que eu digo:


 


Notaram? Nenhum foi um golaço de mérito individual. Todos foram frutos de tramas, de toque de bola, de cabeças erguidas para fazer assistências muito conscientes. De futebol de equipe, fórmula há milênios revelada e comum a todos os times que vencem, gerando resultados inquestionáveis como esse.

***


Uma curiosidade sobre essa partida: talvez este tenha sido a atuação mais tenebrosa de Júnior Baiano na zaga Rubro-Negra que eu tenha presenciado. Na época, ele ainda era muito, muito garoto e, segundo a reportagem, teria se acabado de chorar no vestiário após o jogo, mesmo com a vitória e o título, por conta de sua apresentação vexaminosa. Enquanto isso, Washington Rodrigues, famoso comentarista de rádio do Rio, dizia em sua resenha: "Baiano, meu filho: você ainda é novo. Vai fazer outra coisa da vida, como um cursinho de computação...". Que bom que Baiano seguiu carreira, tornando-se um bom zagueiro -  salvo, claro, algumas pixotadas que hoje, olhando para trás, vejo que ao menos serviram para fazer dele um folclórico ídolo Rubro-Negro.

***
Quando eu penso no que eu faria como técnico, às vezes eu me acho meio bobo de tão elementares que são minhas ideias. Por exemplo, às vésperas deste Fla x Flu, correria atrás de vídeos de confrontos passados entre os dois times só para entender qual foi o caminho da vitória. Em seguida, mostraria o mesmo vídeo ao meu time. E, para finalizar, procuraria no elenco as peças que poderiam realizar tais papeis e funcionarem coletivamente de forma aproximada às do passado para treiná-las e escalá-las. Poderia e posso estar errado, mas ao menos erraria de fato tentando fazer o Flamengo respeitar sua história, criada a base de jogos como esse Fla x Flu.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Flamengo x Atlético-GO: os retratos da ofensividade e da covardia

Talento à parte, Adryan pensa pra frente, do
 jeito que o Flamengo precisa
Juro que vou ser breve, e isso é quase uma necessidade pois senão seria repetitivo demais...embora nosso treinador praticamente obrigue qualquer um que escreva sobre o Flamengo a ser assim. Mas vamos lá.

Quando temos um time ofensivo, pensando em ir para a frente, e tendo peças em campo destinadas a isso por talento e vocação, o Flamengo começa a nos dar esperanças. Luiz Antônio e Adryan em campo, dois típicos exemplos da brilhante molecada que precisamos aproveitar, provaram isso com um futebol mais objetivo, trabalhando a direita do time em nome do ataque. Quem viu o jogo sabe no que deu -  e não me refiro só ao gol do Adryan mas também a outras chances que ali surgiram.

Agora, quando temos um pensamento pra trás, o vigente de nosso comandante atual, é aquela merda de sempre, com alguns agravantes dependendo da partida. Por exemplo, ontem, quando saímos atrás, ou então, mesmo a frente no placar, tomando sufoco do lanterna do campeonato. Ter um time entulhado de volantes e jogando recuado pra segurar placar - e com o Atlético Goianiense! -  é uma ode ao decadente, ao velho, ao anacrônico. E o incrível aperitivo de pré-jogo que tivemos ontem com Espanha x Itália só comprovou esse pensamento.

É simples: o Flamengo precisa estar comprometido com o futebol pra frente, ofensivo, visando sempre a vitória. Sempre. E esse tipo de futebol nada tem a ver com o praticado hoje por nós na maior parte do tempo e/ou das vezes. Não por falta de talento ou possibilidades, como vimos em alguns minutos ontem, mas por falta de vontade. Ausência  de mentalidade. Valeram os três pontos, mas não deixou de ser uma vitória bem amarga, daquelas que clamam por uma mudança urgente - afinal, tão ultrapassado quanto um futebol retrancudo é pensar que é preciso que o time tome uma sova para que uma atitude de mudança de comando seja tomada.



domingo, 1 de julho de 2012

Flamengo x Atlético-GO: Joel e a chance de um adeus melhor

Desta vez, Natalino, não tem placa, mas pode ter vitória
Dia 7 de maio de 2008. Data em que um festejado Joel Santana, depois de receber honrarias, placas e oba-obas afins por sua despedida do Flamengo para dirigir a seleção da África do Sul, viu o seu último jogo à frente do Rubro-Negro se transformar numa amarga e traumática eliminação nossa diante do América do México - uma partida que destoou totalmente da vitoriosa passagem do técnico no clube àquela época.

Dia 1º de julho de 2011. Pouco mais de 3 anos depois da traumática vergonha, é hora de Joel se despedir novamente. Mesmo não confirmada pela diretoria Rubro-Negra, qualquer um sabe que é tremendamente improvável que o técnico siga no cargo após o jogo de daqui a pouco contra o Atlético Goianiense. E numa daquelas ironias do futebol, agora tem a chance de, neste novo adeus, num clima longe de ser animador, poder se despedir do Flamengo com um placar bem diferente dos 0 x 3 contra o time de Cabañas.

Para que isso aconteça, assim como em 2008, Joel terá que destoar de seu histórico recente. Até parece ter demonstrado algum interesse nisso, já que cogita até escalar o menino Adryan, que andou treinando entre os titulares. Porém - e lá vou eu escrever isso de novo - Se Joel fosse minimamente esperto, não materializaria uma intenção de ser mais ofensivo através de uma simples peça de reposição. Na verdade, tivesse Joel alguma sagacidade, teria aproveitado sua semana final no Flamengo para fazer de seu último jogo como treinador do clube um desafio especial, encarando a partida contra esse Atlético-GO, lanterna do campeonato, como o jogo de volta de uma competição mata-mata em que o Fla só seguisse adiante se metesse 4 gols pra cima.


Esta semana, por razões pessoais de extrema falta de tempo não pude acompanhar o noticiário do Flamengo como gostaria, mas pelo que li ele não abre mão de Renato para escalar Luiz Antônio e Adryan juntos. Uma patética besteira, assim como pôr Diego Maurício, o atacante do quase, no lugar de Hernane, burramente criticado por um segmento da torcida que cisma em manter a tradição de se dar uma chance única a um desconhecido jogador contratado e, no caso de um insucesso, jogarem o cara na cova. Mas enfim, como não vou conseguir mudar nem esses malditos nem Joel, deixo pra lá.

Torço não só para que Flamengo x Atlético-GO seja de fato a despedida de Joel, como também desejo para valer que seja um adeus bem diferente do que foi o de 2008. Não apenas pela fome de 3 pontos, lógico, e por querer ver o Mengo sempre vencendo, mais óbvio ainda, mas como uma tímida homenagem àquele que nunca fora um bom treinador, mas que um dia, há um bom tempo atrás, mostrou mais disposição, ânimo e, talvez, visão em entender o que significa comandar o Flamengo. Que vá em paz e... com uma goleada nossa.