Google+ Mil Vezes Flamengo: agosto 2012

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Flamengo x Botafogo: só faltou a sorte

Quando Liedson estava prestes a entrar na partida, eu soltei uma frase no Twitter do Mil Vezes Flamengo direcionada a ele: "Bora estrear?"; e se não fosse o travessão, Levezinho teria dado uma graça maior a um Flamengo x Botafogo de poucas emoções. Eu pensei que seria um jogo de vários lances mas, tirando o lance do Liedson e dois lances com paralisação - o que foi marcado pênalti no Love e a cabeçada do Uelinton com falta na zaga alvinegra -, o Flamengo nada arrumou de realmente perigoso. O Botafogo, por sua vez, também não assustou. E se seguimos invictos com Cáceres em campo, continuamos insistindo num erro tremendo: Léo Moura.

Quem acompanha futebol sabe que, muitas vezes, com o passar dos anos e a queda de velocidade, boa parte dos laterais acabam migrando para o meio-campo. Pois bem: com Léo Moura isso simplesmente não parece ser possível. Isso porque, quando migra para a meia, quando não desaparece, pouco rende ofensivamente; e quando joga verdadeiramente em sua posição, pouco tem produzido. Na boa: banquinho pro cara, amistoso pré-temporada de despedida e deu. Como já disse por aqui, no lugar dele, Wellington Silva e, se o cara não render, Luiz Antônio - que voltou a aparecer bem daquele lado do campo. Acho que tá querendo. Se cantá-lo pra ser lateral, duvido de que não curta.

Léo Moura só não foi o motivo maior da minha irritação porque perdeu para outros dois concorrentes: o travessão já citado e a malaça Péricles Bassols. Detesto falar de juiz, mas que mala esse Bassols. Ele não influenciou no resultado, mas contribuiu para que Flamengo x Botafogo fosse um jogo abaixo do que queríamos...

Mas chega de falar de coisas ruins. Flamengo x Botafogo foi o jogo que marcou o nosso fim de turno. O desagradável nono lugar poderia ter virado sexto, caso tivéssemos jogado e vencido a galinha mineira; mas nada de reclamar. Não me sinto em condições disso, pois o pesadelo Joel Santana é recente demais para eu ignorar que o Flamengo, caso tivesse continuado sob o comando dele, provavelmente estaria pior. Bem pior.

Sem dúvida, o Flamengo que se despediu da primeira metade do Brasileirão não é o que começou a competição e que jogou 80% desta etapa inicial do torneio. O time que hoje temos pode e terá melhor desempenho no returno, sem dúvida. Ainda faltam alguns ajustes - para mim, Léo Moura e Negueba fora - para haver um progresso ainda maior. Dorival não se cansa de dizer que ainda há muito o que evoluir; mas, felizmente, hoje temos a possibilidade de, ao fim de 90 minutos de um jogo, dizer que só não levamos os 3 pontos por conta de falta de sorte como foi neste domingo; mas, com um time melhor e em franca evolução, ela tem tudo pra voltar.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Adriano chegou. E agora?

Aconteceu nesta terça-feira um novo e importante capítulo da história entre Adriano e o Flamengo: o dia em que o jogador acertou sua terceira passagem pelo Rubro-Negro - uma vinda que divide opiniões entre a torcida.

Para não dar muito pano pra manga, vou comentar a respeito da nova contratação Rubro-Negra em três curtas observações. Vamos lá:

A primeira é simples: se dependesse de mim, eu não o contrataria. Adriano está fora de forma, não joga - no sentido pleno do termo - há mais de ano, e há quem diga que está longe de se livrar desse problema no tendão. Como é daqueles (ex?-)jogadores de futebol que insistem em não ser atletas, é difícil imaginar que ele mantenha o foco em uma recuperação real, não apenas para se recolocar mas, sobretudo, se manter. Por mais que, na manhã desta quarta, ele tenha admitido ser sua "última chance", afirmado que vai dar a cara pra bater etc., eu não consigo acreditar nele.

Já a segunda diz respeito ao acerto dentro do erro: se era pra voltar, retornou da melhor forma possível: contrato por produtividade. Ele merece render o que gerar para o Flamengo. Como o amigo de um camarada disse, deveria ser sempre assim; mas já que não é, que seja com aqueles de quem se duvida claramente. Bom para o Flamengo ter feito desta forma, e bom para o Adriano, que pelo menos vem na humildade.

Finalmente, a terceira é a mais importante. É uma lei universal: seja quem for, se vestir o Manto Sagrado e entrar em campo pelo Flamengo, torcerei até o fim para essa pessoa arrebentar. Não seria diferente, portanto, com Adriano. Quero mesmo que ele queime minha língua, cale a minha boca, e que eu venha futuramente fazer um post do tipo "que bom que eu estava errado". Mas até lá, se tiver que ganhar os minutos que forem em campo, que seja na base da conquista e do mérito. Se Patrícia Amorim o contratou com fins eleitoreiros, Dorival que siga sem nada a ver com isso, e o escale quando puder, e se ele puder; e, novamente: uma vez em campo, estarei com ele. Eu e, certeza, outros 34.999.999.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Torneio José Finkel: ouros e recordes Rubro-Negros

A terça-feira do blog é da galera da natação Rubro-Negra no Torneio José Finkel; e, claro, começando a dama: nossa nadadora Joanna Maranhão acaba de bater o recorde sul-americano dos 200m costas no Torneio José Finkel, vencendo com 2m08s34. Detalhe que a prova não é a especialidade dela. Nossa equipe feminina do revezamento também bateu a marca sul-americana, mas como tínhamos 2 gringas entre o quarteto - as australianas Kelly Stubbins e Marieke Guehrer, que nadaram com as brasileiras Daynara de Paula e Etiene Medeiros -, o recorde não valeu. Pena.

No revezamento 4x50m masculino, mais ouro e recorde Rubro-Negros: nadando com César Cielo, Nicholas dos Santos, Thiago Sickert e Bernardo Novaes, o Flamengo fez a melhor marca sul-americana em piscina curta: 1m25s28. Pelo jeito, José Finkel 2012 será nosso... e quem quiser seguir a cobertura online do evento é só conferir este link aqui.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Flamengo x Vasco: valentia que não vem de graça

É bom demais ver o Flamengo voltando a ser o Flamengo. E se antes havia a dúvida de que as duas vitórias anteriores (contra Figueirense e Náutico) só aconteceram porque os adversários eram fracos, ontem o desafio foi dos bons. Por mais que sejam nossos fregueses - já são seis jogos de Brasileirão invictos diante deles -, temos que reconhecer que o Vasco está longe de ser um time fácil de ser batido. E nós os batemos - e, pra ficar melhor, com gol de Vagner Love em jogada de um ex-vice...

Bateção de roupa de Prass à parte, o gol de Love teve a cara da vontade Rubro-Negra ao longo da partida. Tirando a enceradeira de moicano que atende pelo nome de Léo Moura - já falo do vergonhoso gol perdido -, o time do Flamengo, embora ainda não tenha a arrumação ideal, mostrou ontem uma valentia que não costuma surgir em time bagunçado. As peças ainda podem não estar azeitadas - aliás, a equipe titular sequer é a definitiva, creio -, mas os que ali estão já sabem aonde devem estar. Está claro que já existe instrução, orientação para que fulano ocupe espaço X, que sicrano deve estar na parte Y quando beltrano for para a Z... Ou seja: é mais fácil ter ímpeto em campo porque lutar faz mais sentido. Os jogadores começam a ter mais confiança e vontade porque sabem que seus companheiros têm a certeza de terem suas missões e locais a estar. E isso, obviamente, é resultado de treino.

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Um exemplo claro do pensamento certo é a porção ofensiva do Flamengo ter dois jogadores jovens, motivados e rápidos e que, por conta da combinação dessas características, atraem a marcação adversária. Thomás e Negueba atendem a esses requisitos, embora o último não tenha mesmo condição de ser titular do Flamengo. Acho que já está na hora de Dorival experimentar Liedson no lugar dele, além de instruir Love a não recuar tanto para buscar jogo - o que resolveria com uma ligação mais competente.

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Para falar de meio, mais uma vez a vontade é óbvia ao se falar de Cáceres, que vem se provando uma excelente contratação. O paraguaio teve mais uma bela partida, formando um meio mais combativo com Luiz Antônio. Já Renato, bem... se podemos dizer com segurança que ele melhorou com Dorival, definitivamente não é ele o homem ideal para servir a turma de frente. Por mim, Adryan merece uma chance nesse papel, já contra o Botafogo. É o moleque entrar e o poder ofensivo do Flamengo ganhar um gás considerável. Por pouco ele não se torna responsável por 90% de um outro gol Rubro-Negro, que só não aconteceu pela incompetência máxima de Léo Moura, pior do Flamengo em campo. Nós e os outros 10 não merecíamos que ele desperdiçasse a chance, mas foi bem-feito para o camisa 2. Do tamanho da bolinha que jogou. No confronto contra o Palmeiras eu disse que o ciclo dele no Flamengo já tinha acabado...e ele não me deixa mudar de opinião. Eu realmente queria mais testes para Wellington Silva; e se ele não correspondesse, por que não tentarmos converter em definitivo Luiz Antônio em lateral? Se Wellington fracassasse, eu toparia.

Finalmente, a defesa. Agora que a partida acabou, dá para falar: Uelinton conseguiu jogar bem, e González já é outro zagueiro em comparação com o dos tempos de Joel. Ramon, a partir da bela jogada que resultou no gol de Love, cresceu sensivelmente na partida...e Felipe voltou a ter boa atuação. De Léo Moura, acho que já falei o suficiente de um jogador alheio ao momento e à vontade do Flamengo.

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Foi um jogo excelente? Não. Mas todos acreditamos em que se trata de um time em franca melhora, em que a empolgação dos jogadores em querer acertar nos anima a ponto de poder suspeitar de que podemos ter melhor sorte na competição. Acho que, finalmente, essa crença está acontecendo - com a gente e com eles que lá estão. E, como eu disse lá no começo, isso tem tudo a ver com o Flamengo querendo voltar a ser o Flamengo. Como é bom constatar isso; sobretudo em cima deles.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Flamengo x Palmeiras: chatice e idiotice

O bobalhão da vez...
Chato. Modorrento. Amarrado. Com a cara de Felipão. Essa foi a tônica de Flamengo x Palmeiras, jogo que deu um leve "guenta" no processo de recuperação Rubro-Negra e que merecia o empate como placar final - o que não aconteceu sobretudo graças a Ibson.

Se as ausências de Cáceres e González já não era bom indício - já que acarretavam na presença de Ibson e Welinton -, o camisa 7 aproveitou a titularidade para esculhambar qualquer chance nossa na partida. Tudo bem que o juiz só não deu cartão para os dois bandeiras, mas não dá para isentar o reclamão de culpa. Assim como Léo Moura na partida contra o Figueirense, Ibson merece uma multa no salário por sacanear um time cujo treinador corre contra o tempo para dar algum padrão de jogo a ele. Graças a ele, deu no que deu. Além do lance da pena no salário, tá na hora de Dorival dar aquele esporro educativo para neguinho deixar de ser tão amador nessa história de chamar cartão. Seu Thomás, claro, tem que ouvir também.

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Já que não ganhou ponto, que nosso treinador tenha tirado conclusões que ficaram bem evidentes (ou voltaram a ficar) neste jogo - ou ao menos para mim que, confesso, só pude ver o segundo tempo. Por exemplo, Léo Moura. Não dá mais. Ou então, Fernandinho. Se vejo com muita satisfação a rotatividade da molecada como forma de Dorival conhecer o elenco e saber quem já pode subir e quem deve ficar criando casco nos juniores, acredito que ele tenha visto que Fernandinho precisa ralar e muito na base. Ah, e cortar aquele cabelo de zé marrinha também.

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Outro fato que constatei nos 45 minutos finais - ou 49, vá lá - é que já vale dar a vaga de Negueba ao Liedson. Contra os vices, arriscaria o trio Levezinho-Love-Thomás. Eu também arriscaria Airton na zaga ao lado de Gonzáles. Não adianta: não confio no Welinton, por melhor que ele tenha ido na partida. Assim como Negueba, ele ainda tem uma dívida imensa a cobrir.

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Enfim, não se tem muito a ir além sobre a partida feiosa contra os porcos. Fosse um jogo nas CNTP, sem juiz amarra-jogo e sem meio-campo tomando cartões desnecessários e levianos, o Flamengo poderia ter ganho. Bom, pelo menos houve uma virtude coletiva: a de o time não ter caído na esparrela defensiva ao ter um homem a menos. Um mérito que, certamente, tem a assinatura de Dorival Júnior. Um treinador que, com peças melhores e o princípio de organização que já trouxe para o time, pode e deve ter melhor sorte contra o (V)Asco. Sei não, mas acho que nosso treinador vai adorar pegar os vices e colocá-los no lugar de sempre...

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A crença em Adriano e o Manto que se conquista

O noticiário de começo de semana do Flamengo surgiu com uma afirmação de Adriano. Dizia ele que a camisa 10, temporariamente afastada da rouparia Rubro-Negra, já é dele. O que empolga muitos torcedores, confesso, não me anima. Tudo porque, penso, a Camisa 10 (assim mesmo, C maiúsculo) do Flamengo não é coisa que se exige, mas se mereço; e Adriano, antes de falar, precisa passar por dois crivos importantes para se habilitar a essa honraria.

O primeiro deles é se empenhar. Falando somente de tempo recente - portanto, não das épocas de queimaduras em lâmpadas de varanda, de tiros acidentais disparados por outros dentro de um carro e outras fábulas fantásticas repletas de "azares -, Adriano não tem sido exatamente a imagem do empenho, de quem quer a volta por cima. Outro dia mesmo li um comparativo entre a lesão do Adriano e a de Tenório, atacante dos vices, que são praticamente a mesma; só que o jogador deles, dedicado, já está de volta. Enquanto isso, Didico...

Bom, de novo: empenho. E isso significa seguir à risca a programação definida por fisioterapeutas e demais integrantes da equipe técnica, sem atrasos. Acha que ele consegue? Eu, não; mas só assim ele estaria apto a avançar ao segundo crivo: o do contrato de risco.

Por toda a sua trajetória, Adriano deveria ser compreensível o suficiente para ver que não é possível fazer um contrato nas vias normais. Afinal, a fase 2 da dedicação é justamente uma extensão da que foi apresentada na recuperação - ou seja, a linha mantida na reabilitação precisa ser preservada, se não de nada adiantou o esforço. E, uma vez que ele esteja seguro de que se manterá com boa conduta, não há o que temer um contrato nesses moldes. Pronto.

Dito isso tudo, por favor, não me leve a mal. Não pense que torço contra Adriano. Sou grato às diversas alegrias que ele já me proporcionou - sobretudo em 2009 - e sei muito bem que, minimamente em forma e motivado ele é um monstro; o problema é que eu não acho que ele possa encontrar essa vontade de verdade, capaz de levar uma rotina regrada em nome de dias melhores. Desculpe: esta minha forma de pensar é algo mais forte do que eu, simplesmente porque a tendência de Adriano aos deslizes parece ser mais forte do que ele.

Diz a História Rubro-Negra, de herois e feitos, que deve existir um longo, longo caminho entre um jogador e a Camisa 10. Uma trilha que, necessariamente, passa por talento e dedicação. Adriano, para mim, hoje, só guarda consigo metade desse caminho.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Flamengo x Figueirense: enfim, um novo começo

Como é bom enxergar que um trabalho está sendo feito do jeito que deve ser, mesmo que ainda no começo. E se, antes dele, o que havia era o caos, o progresso, por menor que seja, se torna mais claro e visível. O Flamengo que se apresentou hoje contra o Figueirense mostrou uma mínima porém vistosa organização, materializada na ocupação dos espaços pelos jogadores, na movimentação mais consciente, em obediência tática. Aliás, finalmente voltamos a enxergá-la em nosso time - que, surpreendentemente, até jogada ensaiada mostrou.

Bastou termos um treinador que realmente honrasse o título da profissão que exerce para que ele enxergasse que, prioritariamente, o Flamengo precisava de uma arrumação. Beneficiado pelo abençoado tempo ganho com o adiamento do jogo que teríamos no sábado passado, Dorival Júnior pôde fazer testes, barrar, promover, rearranjar. Ao longo da semana, as mudanças já se mostravam diversas; nos pouco mais de 90 minutos, vimos que estavam longe de ser superficiais. Ele, de fato, soube aproveitar esse período - e as provas disso foram várias.

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Por exemplo, quem poderia imaginar que Negueba, aquele jogador desorientado com que incomodamente nos acostumamos esse tempo todo, poderia render no ataque ao lado de Thomás e Love, ganhando liberdade para aparecer nos dois lados, fazendo passes conscientes e levando perigo de fato ao gol adversário? Se seguir assim, a sobrevida pode virar um novo começo.

E por falar em início, o que dizer de Cáceres? O cartão de visitas do paraguaio foi um futebol discreto e eficiente, que deixou os torcedores bem impressionados e imaginando como será quando ele estiver entrosado com Luis Antônio. Isto é, claro, se Dorival não tiver se irritado com a bobalhice de Léo Moura e resolver escalar Luís na lateral direita. Eu prefiro dar uma chance a Wellington Silva, e tentar trabalhar a duplinha LA-Cáceres - dois volantes que, inclusive, sabem chegar à frente, municiando o ataque e o engrossando quando possível. E só para não deixar passar o papo sobre o meio: até Renato se mostrou mais eficaz no novo esquema de Dorival.

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O meio-campo defensivo mais organizado também facilitou o trabalho da zaga. Ficou bem claro com González, que se exibiu melhor com Thiago Medeiros (no primeiro tempo) e com o próprio Cáceres (no segundo) do que vinha fazendo até então. Sobre o jovem Thiago, preciso vê-lo novamente para uma melhor opinião.

Foi, também, um jogo de retornos. Muralha, enfim, tornou a ser posto em campo; e Felipe - que, na minha opinião, é de fato o titular ideal do gol Rubro-Negro - não comprometeu.

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Há mais o que dizer? Sim, e é para elogiar: além da arrumação dos titulares, legal constatar a disposição e a esperteza de Dorival ao substituir. É treinador que não se contenta com 1 x 0, e que não acha que uma expulsão é razão para se abrir mão do ataque. Se sai Thomás, quem vem pro jogo é Adryan; e se Negueba sai da partida, entra Ibson para alternar com Luis Antônio as subidas ao ataque - os dois quase marcaram, inclusive. Quem saiu do quase - aleluia! - foi Love. Ainda longe da melhor forma - resquícios da nefasta Era Joel, aposto -, acredito em uma subida de níveis físico e técnico, já que a uruca e o treineiro já foram.

Enfim, tantas coisas boas ditas, que explicam muito bem o porquê de o comentário que mais li dos demais torcedores no Twitter após o jogo. Variando de frases e expressões, diziam que, finalmente, iriam dormir felizes após uma atuação do Flamengo - e não só pelo placar, mas sobretudo pelo que o time apresentou. E aí corta a cena para a lucidez de Dorival Júnior, entrevistado após a partida, dizendo que há muito o que fazer para o Flamengo efetivamente voltar aos eixos.

Ninguém é besta de discordar de Dorival. Há muito o que evoluir, e nossa vitória foi simplesmente contra o lanterna do Brasileirão. Liédson chegou, e ainda quero ver como Dorival o encaixará no time; mas a organização mínima já nos dá a luz de um recomeço. De termos, tardia mas positivamente, o surgimento de um time para o qual é possível voltar a torcer de verdade, do jeito que se deve torcer para o Flamengo: não temendo, mas querendo a vitória por ela ser realmente possível. Não podemos nos deslumbrar, mas a Era Dorival começa com uma excelente impressão. Coisa de quem não apenas quer, mas sim aparenta ser a mudança de que o Flamengo tanto precisava.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Liédson e o intervalo: motivos para comemorar

Pode acreditar: Liédson tem tudo para
(voltar a) arrebentar no Flamengo
Deixando de lado os pés glaciais de Paty Amorim em Londres, os últimos dias do Flamengo foram de boas notícias. Duas, para ser mais preciso: a vinda de Liédson e o abençoado intervalo entre rodadas que ganhamos com o adiamento do confronto com o Atlético Mineiro.

Sobre o primeiro, sei que tem muito Rubro-Negro dizendo tratar-se de mais um ex-jogador em atividade que o Flamengo traz. Não acho isso não. Liédson não tem histórico de gandaias, está em plena forma, tem condições de adquirir ritmo de jogo em bom tempo e é goleador. E ainda tem uma outra grande vantagem: está mordido. Pensem no quanto um cara que foi sacado de um time que vai disputar o Mundial de Clubes quer mostrar futebol. Penso que podemos esperar uma boa fome de bola da parte dele, e acredito para valer em que possa fazer boa dupla com Love.

E a respeito da segunda notícia, o que dizer? Já estamos entrando naquela fase do Brasileirão com duas rodadas semanais. Ou seja: aquele tempo de 5 dias entre rodadas, período precioso para os treinadores trabalharem o aspecto técnico e tático das equipes, está rareando. Com o adiamento da rodada, nosso novo treinador enfim tem um pouco mais de tempo para dar um jeito nesse time. Apagar os vestígios de Joel Santana e impôr o padrão Dorival Júnior. E o cara vem fazendo testes, conhecendo melhor os recursos de que dispõe sem ter que fazer isso à vera, durante 90 minutos. Isso é excelente.

Confesso que estou bem ansioso para que chegue logo a quarta-feira para vermos o que Dorival anda aprontando - sobretudo esse ataque Negueba-Thomás-Love. Se ele realmente conseguir transformar esse velocista mal treinado que é o Negueba em um arremedo de jogador já vai me surpreender demais. E se isso acontecer, esse ataque até que faz sentido. Inusitado, mas faz. Só a permanência do Renato como titular no meio é que não me agrada. Mas vamos aguardar.

De qualquer forma, deixo Dorival com o benefício da dúvida...e fico com a curiosidade guardada e a vontade de, contra o Figueirense, enfim ver um recomeço Rubro-Negro. Será que vai rolar?