Google+ Mil Vezes Flamengo: abril 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Projeto Manto Limpo: eu apóio!

























Nesta manhã cinzenta de segunda-feira, me deparo com uma bela notícia postada no Eu Sou Flamengo: a de que nosso clube negocia com a Olympikus o patrocínio master. Se o valor de R$17 milhões está 4mi abaixo da intenção inicial da diretoria, pelo menos existe uma vantagem muito legal: a de ter o Manto Sagrado limpo em sua maioria, sem qualquer patrocínio no peito ou nas costas.

Se essa notícia for de fato verdade e caso se confirme, acho simplesmente excelente, pois não apenas nos garante uma camisa ainda mais bonita como mata essa eterna novela do patrocínio master que nunca vem e joga uma pá de cal naquele papo erradaço de romper com a Olympikus. Afinal, a Olk é uma empresa que já se mostrou fechada com o Mengo em diversas oportunidades, tanto na ajuda na contratação e pagamento de Deivid e Vagner Love quanto em ações muito legais como a feita recentemente em parceria com a NetShoes para o lançamento do Manto Sagrado de 2012:




Flamengo é inovação. Se fomos nós que primeiro tivemos um patrocínio estampado numa camisa - o da Petrobrás, lançado em 1984 -, tá na hora de sermos pioneiros novamente nesse movimento de limpar as camisas dos clubes nacionais, que andam poluídas demais.

É isso. Por um Manto limpo, por uma parceria ainda mais forte com a Olk. Tô dentro. E você?

Flamengo: Campeão Brasileiro de Natação em 2012
















Eu não poderia ir dormir sem postar essa linda foto, que merece o seu clique para ampliá-la: somos campeões do Troféu Maria Lenk 2012, o Brasileirão da natação, depois de 10 anos sem faturarmos esse título.

Parabéns não apenas a César Cielo, que garantiu o nosso título fechando de forma brilhante os 4x100m medley, mas também a Eugene Godsoe, Henrique Barbosa e Filipe Nunes - demais integrantes da equipe do revezamento - Joanna Maranhão, Leonardo de Deus, Tales Cerdeira, Mireia Belmonte e a todos os Rubro-Negros que honraram o Fla na disputa. Que sirvam de exemplo aos demais atletas - especialmente àqueles que ganham muito mais do que eles treinando muito menos. Que se inspirem e possam trazer aquele outro Brasileirão...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Ibson: salvação, não; líder, sim!

Nem Juan nem Renato Augusto: pelo que parece, a repatriação mais próxima de acontecer é a de Ibson. Na noite desta quinta, o noticiário e a fofocaria Rubro-Negras fervilharam com uma suposta negociação entre Flamengo e Santos na qual só faltaria a assinatura para a volta do meia. 

Imagino eu que qualquer Rubro-Negro acha uma boa a vinda do Ibson. Eu só tenho um problema: a torcida comprar que essa chegada, se rolar, é a salvação da lavoura. Não, não é. Para mim, Ibson é um ótimo meia direita, mas definitivamente não é o  homem cerebral, de armação, de lançamentos precisos. Não é o garçom. Para isso, precisamos urgentemente de um especialista. E, além dele, de zagueiro, lateral esquerdo e mais um atacante...e sem falar num técnico, como eu vivo repetindo aqui e fora do blog.
Porém, critérios técnicos e incógnitas à parte, eu quero falar de uma outra necessidade Rubro-Negra - e essa sim, pode ser 100% preenchida pelo filho do seu Laís.

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Se chegar, Ibson tem pela frente um time desacreditado diante da torcida - que, por sua vez, está com o emocional pedindo reabilitação mas racionalmente achando difícil pra cacete que alguma coisa aconteça diante do que temos à disposição em campo e no poder flamengo. Estamos num momento que clama aos berros por algo que, neste ano e neste elenco, ainda não tivemos: um líder.

Ibson chegou a usar a braçadeira no Santos. Se vier, está na hora de colocá-la sobre o Manto. Com seus 28 anos, experiência e perfil, tem que vir para ser comandante. Não, não é para considerado o salvador, mas sim o condutor. Afinal, ao contrário de alguns, este sim sabe o que é ser Flamengo e nas duas passagens como titular provou que, ao contrário do capitão atual, não se esconde.

Ibson pode não ser a solução, e de fato não será. Mas poderá ser boa parte dela. A conferir.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Rodando pelas Interwebs: a volta do xerife, o boato do Seedorf...

Seedorf no Flamengo? - Essa não vem de site de notícias.É um boato que tá rolando via Twitter, apontando que o holandês milanês pode(ria) vir pro Fla ou pro Bota. Sem dúvida nenhuma de que o antigo Seedorf seria uma boa, mas confesso não saber a quantas anda a bola dele...isso sem falar na idade. Com todo o respeito ao Seedorf, não está na hora de o Flamengo pegar gente mais nova não?

Ex-xerife, Fábio Luciano é cotado para ser homem forte no Flamengo - Correu hoje a notícia de que o eterno xerife Rubro-Negro Fábio Luciano está cotado para ser o gerente de futebol do Flamengo.  E aí?

E aí que, mesmo grato ao Fábio Luciano por todos os serviços prestados, não acho que ele seja uma boa agora não, justamente por não ter experiência num cargo deste porte. Seria até crueldade. Talvez mais tarde...

E tem outra coisa: quando eu penso em novidade em cargos de gestão, só consigo pensar na necessidade de uma mudança mais em cima. Beeem mais em cima.

Wellington Silva se apresenta - Nosso novo lateral-direito enfim vestiu o Manto. Se ele aproveitar bem as prováveis chances que virão, Wellington pode abrir o caminho para Léo Moura migrar para o meio. E não sei se essa é uma boa não...

Destino do volante Williams está entre Qatar e Itália - Está mais do que na hora de acontecer. E que essa grana que entrar - US$6,2 milhões em duas parcelas pagas pelo Udinese, mais provável comprador do volante - seja muito bem empregada em jogadores jovens e que queiram servir ao Flamengo. No mais,  que Williams seja feliz, bata menos e acerte mais passes.

Em tempo: Udinese já foi bem melhor de reforços Rubro-Negros, hein?

Kléberson ainda acredita em volta por cima do Fla na temporada -  Até agora, a grande volta por cima nas cores vermelha e preta é justamente a do Penta. Em cada jogo de que participou em 2012, felizmente Kléberson fez o favor de queimar minha língua e minha descrença nele...

No cenário Joelístico atual, acredito que o máximo de reviravolta que o Flamengo possa dar é o da vontade e da entrega. Se 80% do time se contagiar por elas, melhora bastante. Mas empolgação não basta sem o mínimo de organização.

***

E você, o que tem a dizer sobre as notícias do momento?





quarta-feira, 25 de abril de 2012

O Flamengo das águas é só orgulho. Por quê?




















Flamengo brilhando no Troféu Maria Lenk, o Brasileirão da natação - com César Cielo fazendo a melhor marca do mundo nos 50m livre -, remo vencendo a segunda regata estadual... Muito diferente do futebol. Por que será?

Talvez porque treino, para esses atletas, sejam horas e horas e horas por dia, alimentação regrada, preparação física trabalhada dentro e fora das águas... Apenas talvez. Fica a lição.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Flamengo x Vasco: férias para aprender umas boas lições



Na verdade esse post é meio mandrake no que diz respeito ao começo do título. Vou falar pouquinho só do Flamengo x Vasco, em algo mais do que 140 caracteres: Kléberson muito bem, Love como sempre, time desorganizado, sem marcação, R10 bunda mole, Joel fazendo titica. Mereceu o que mereceu - e, sendo justo, os vices também. Pronto.

Como resultado de mais essa eliminação, 28 dias de férias até a estreia no Brasileirão contra o Despeito Club Recife. E se a palavra mais usada para definir o estado atual do Flamengo significa descanso pros outros, para nós deve ser justamente o oposto. Ficar tanto tempo sem uma partida valendo alguma coisa enquanto o Arco-Íris ainda sonha com algo tem que significar trabalho. Melhor: trabalho inspirado e resultante de uma porrada de lições pra ver se, a partir do dia 20 de maio, o time começa a nos fazer esquecer do fiasco que foi esse começo de temporada.

E a primeira das lições é entender o simples: chega de Joel. Se fosse pra ser otimista, diria que são 28 dias para arrumar o time, treinar jogadas, corrigir posições... Mas eu só poderia ser sincero se achasse que Joel Santana é o treinador ideal para o Flamengo. E não, não é. Se oficialmente a diretoria o garante para o início do Brasileirão, o que rola agora na Gávea é a conhecida onda de rumores que apontam que alguns poderes já querem a sua mais imediata ejeção do clube.

Isso nos leva à lição #2, que é uma continuação da #1: escolher muito, muito bem o novo treinador. Não adianta nada nos livrarmos de uma baranga para pegar uma mocreia tipo o Renato Gaúcho. Se tem um tipo que não serve mais para o Rubro-Negro é esse de treinador amiguinho da galera, que resolve tudo no papinho, sem nenhuma tatiquinha ou jogadinha ensaiadinha. Basta dessas figuras. Precisamos de técnico que saiba treinar. Óbvio que não pode ser um imbecil em termos de inteligência emocional, mas que se sobressaia não por ser "da galera", "falar a língua dos boleiros", mas por ter um histórico de times aplicados, bem colocados e de vitórias e títulos. É difícil achar um desses de bobeira? No Brasil, é; mas se a gente anda catando jogador no Mercosul, por que não treinador? 

E aí vem a lição #3, que não precisa esperar as outras acontecerem: fazer ontem a peneira em três níveis de que o Fla precisa urgentemente. Os tais níveis são: o técnico, o do tesão e o do respeito pelo clube. Quem estiver abaixo dos padrões aceitáveis pelo Flamengo, que saia. Algo complicado, já que, atualmente, até a diretoria Rubro-Negra não atende a esses requisitos. Mas enquanto dona eleição não vem, que se faça com os jogadores. Qualquer torcedor sabe encher essa barca na ponta da língua.  

Poderia eu descrever outras lições, tanto coletivas quanto individuais; mas se aprendermos e executarmos as três acima dignamente, as outras virão. Isso porque um treinador sério e bom vai saber contratar, assim como promover bem os talentos da base tão promissora que temos e aparar os moicaninhos e trancinhas dos moleques que começam a se desgarrar. Só assim o Flamengo vai dar a volta por cima que o Corinthians tão bem soube dar no ano passado. Do contrário, mantendo quem não deve ser mantido, a gente vai manter também a mentalidade e a pegada do Flamengo tenebroso do começo de 2012. E assim, como bem sabemos, não pode to be não.  


domingo, 22 de abril de 2012

Flamengo x Vasco: o Dia D de Deivid

Vamos admitir: mesmo com todo o orgulho e a alegria de sermos Rubro-Negros, ainda não deu pra digerir aquele nosso desempenho ridículo na Libertadores. E como se não bastasse a lembrança da trajetória patética na competição, ainda temos que lidar com Patys, Dumbroscks, Assis... Definitivamente, são tempos complicados. Mas eis que surge a benevolência dos deuses do futebol, nos trazendo uma velha e boa diversão pra nos ajudar a curar essa ressaca e esquecer as malas: pegar o (v)Asco num jogo decisivo.

De tão certeira que foi a declaração do (cada vez mais) mítico Sir Vagner Love - aquela em que ele disse que, com o time completo, o bacalhau não terá do que reclamar após a derrota -, eu poderia simplesmente reproduzi-la aqui como o post do pré-jogo; mas ainda tem um outro elemento pra tornar a iminente bacalhoada ainda mais apetitosa: Deivid.

Bom demais saber que o nosso camisa 9 está ansiosíssimo pelo jogo de hoje. Fato é que, desde aquele fatídico gol-feito-que-não-foi-feito, ele vem subindo de produção; e essa subida muito provavelmente fora incentivada pela chance de reencontrar os forever vices e ser o carrasco deles. Pra mim, a grande motivação da torcida Rubro-Negra para o jogo é o que Deivid pode aprontar pra cima dos caras. Ou melhor: o que ele quer aprontar. E sim, ele vai fazer isso.

Bluto, gênio da raça
Apesar da cabeça ainda inchada; apesar do provável meio campo bem Joel Santana (com o inexperiente Rômulo e um Renato Abreu ainda recuperando ritmo de jogo); apesar da encheção de saco fora dos campos neste ano eleitoral, esse domingo há de ser muito especial. Não por conta do Carioca, que não vale nada, muito menos do Esparro da Gama, que vale menos ainda; mas pela chance de fazer o de sempre como nunca: derrotar as tamancudas tendo Deivid como algoz delas, botando em prática e na bola o sábio ensinamento de Bluto, personagem do saudoso John Belushi em "O Clube dos Cafajestes", grande clássico da Sessão da Tarde: "Não xingue: se vingue".

Então, Deivid, vai lá e cumpra sua vingança, e deixe os xingamentos por nossa conta. Quanto ao choro, bem... Tomara que falem da ausência do Dedé, da prioridade dada à Libertadores, o escambau; mas terão que calar a boca e ficar com aquela velha cara de perdedores quando, daqui para a frente - mais precisamente a partir das 18h de hoje - falarmos a palavra "Deivid" pra eles. Não será legal?

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Pequeno Manual Vagner Love de como contratar bem

Um exemplo a ser seguido

















Bastou pouco tempo para a torcida Rubro-Negra se certificar (e as rivais também) de que Vagner Love foi uma grande contratação do Flamengo. Se tem uma novela que valeu a pena assistir, foi a do retorno dele à Gávea; e, jogo após jogo, ele paga cada centavo nele investido.

Mas a história de Vagner Love no Fla vai além dos gols, das jogadas, da luta e do amor. Pode muito bem ser bastante inspiradora em um momento em que o Flamengo busca - tomara - se planejar para o Brasileirão 2012, reformando o elenco, trazendo reforços para a conquista do Hepta. Aliás, pode, não: deve.

Por isso mesmo, preparei um pequeno manual de cinco grandes lições inspiradas em Love para serem aplicadas em relação a cada postulante a vestir o Manto Sagrado. Deixei de fora a característica mais óbvia - saber jogar bola, o que Vagner também sabe, e muito -, mas foco noutras que nosso atacante ostenta ao defender o Fla. Bora:


Regra #1: Dê preferência para quem é Flamengo 

Balela essa história de dizer que não existe mais amor por um clube. Desde o minuto 0 de sua primeira vinda para o Fla - na cena inesquecível em que ele não segura as lágrimas ao pôr o Manto -, dá para perceber o quanto Vagner o respeita e o ama. E tem como não entender o quanto isso faz diferença no seu desempenho e dedicação?



Regra #2: É ex-jogador do Flamengo? Então dê preferência a quem quer realmente voltar para o clube 

Acabamos de saber de mais uma recusa de Juan em voltar a jogar no Mengo - uma dentre algumas situações iguaizinhas já vividas por nós. Além de o não-retorno já ser ruim por si só, pega mal pra gente e até pro cara. O que custa fazer uma consulta prévia para saber se a ideia de um retorno seria bem-vinda do outro lado? Pois é. Love sempre deixou claro o que queria mesmo, mas o melhor mesmo é que era tudo verdade.


Regra #3: Fuja dos camisas secas

Esta é quase uma continuação da Regra #1; e só não é porque, nesse caso, independe de o jogador ser Flamengo. Já vi muitos caras identificados com outros clubes chegarem ao Mengo e honrarem o Manto jogando o fino e suando o Manto, assim como já vi trocentos mutreteiros prometerem amor e entrega e, na hora h, se omitirem, tirarem pé de dividida e saírem de campo mais secos do que entraram.

Se tem um ditado que nunca deveria ser esquecido na Gávea, e que merecia uma placa na entrada de todos os vestiários de todas as modalidades é: "Se não serve ao Flamengo, não serve para o Flamengo".


Regra #4: Fuja de quem é chorão. Pra ser Flamengo tem que ser valente e engolir mimimi 

Love acaba de ganhar mais uns 8738924 pontos comigo ao comentar o efeito suspensivo obtido pelos vices para pôr no jogo das semis da Taça Rio seus jogadores suspensos no último Flamengo x Asco. Disse ele: "É melhor assim. Se perder, não vai ter desculpa nenhuma".

Love poderia ter caído na armadilha da pergunta e fazer exatamente como os vices, os alvinegros, os tricolores e todos os diversos pertencentes à divisão lacrimogênea bundamolística que assola o futebol nacional, mandando ver aquele mimimi chataralho; mas não: de uma forma simples e 100% Rubro-Negra ele disse, com outras palavras, que pode vir o bacalhau que vier que a gente encara e come. É ou não é a declaração mais foda?

Portanto, dona diretoria, se pensar em trazer alguém que possa suscitar o comentário "Ah, mas é um pouco reclamão", nos faça um favor: deixe-o em seu devido lugar, que é bem longe da Praça Nossa Senhora Auxiliadora. Amém. Ah. Falando em amém...

Regra #5: Não precisa procurar santo, mas o cara tem que ter juízo 

Garrincha, Gérson, Almir, Leandro, Renato... Tanto em sua antiguidade quanto na era contemporânea, a história Rubro-Negra é pródiga em jogadores que passa(ra)m longe de um comportamento digno da Associação Cristã de Moços e que, ainda assim, trata(va)m de eliminar qualquer muxoxo em relação à boemia fora de campo comendo a bola dentro dele.

Love - declarado defensor da cervejinha na folga e que, como todos sabem, é um apreciador da vida noturna - sabe bem separar o momento certo para cada coisa, e definir o limite que a farra precisa ter na vida de quem joga. Parece simples, mas sobram jogadores que não conseguem enxergar essas fronteiras. O Flamengo precisa ser um clube de pessoas comprometidas - como bem diz o Muhlemberg, de "gente fechada com o certo" - e não uma mistura de rehab e mulher de malandro.

***

Se liga, diretoria. Humildemente, acredito em que, se forem seguidas as regrinhas acima - e, claro, havendo alto critério técnico -, nosso risco em errar numa contratação cairá bastante. A grana é curta, o tempo tá passando e outros tantos problemas nos apontam que a gente não pode errar de bobeira.

Como meu velho pai dizia, a vida é só feita de bons exemplos: de como se fazer e como não se deve fazer. Se Love não é um bom exemplo da primeira categoria, eu não sei qual outro seria; e se tivéssemos pelo menos outros 5 iguais a ele, duvido de que nosso momento seria tão chato como o de agora.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Rodando pelas interwebs: novo lateral, a (primeira) barca e o meio-campo da semi

Uma nova edição da seção que traz meus comentários sobre os destaques do Mengo pela web. E começa com uma cara nova no nosso time...

- Lateral Wellington é o novo reforço do Flamengo - O clube fechou hoje a contratação de Wellington, do Resende. O Botafogo tentou, mas foi a gente que levou. Toma!

Sinceramente, eu não me lembro do futebol do cara. Alguns integrantes da comunidade oficial do Fla no Orkut elogiaram - mencionando inclusive que ele fez a festa em cima do Júnior César no nosso jogo contra o time da Dutra. Aí rolou o link para aquele clássico vídeo das jogadas do cara. Clique abaixo e adiante o vídeo até 1'40", pois só nessa marcação é que começam os lances:



O vídeo é mal editado pra cacete e, por ele, me pareceu um lateral "ok", tendo alguma categoria e boa movimentação. Tem que ver à vera. De qualquer forma, essa contratação tem a marca Joel Santana, já que foi ele que o pediu à diretoria.

Flamengo faz reunião para decidir dispensas e economizar até R$1 milhão - Neste momento ridiculamente frustrante do Mengo, essa barca já vai sair tarde. Segundo o UOL, só a metade desse valor a ser economizado é conseguido com o empréstimo do Alex Silva e o fim de empréstimo do Aírton e Itamar. De expectativa, a possibilidade de rescisão do contrato do Maldonado.

Aí, claro, vem aquela pergunta de sempre: quem você incluiria no bonde do adeus? Para mim, o Williams já deu o que tinha que dar. Outra boa possibilidade é a de emprestar alguns dos novatos que ainda não emplacaram - caso, por exemplo, de Galhardo. Negueba, pra mim, não: é caso de venda imediata. Eu realmente acho que esse cara errou de esporte. Deveria estar correndo no Célio de Barros, pois velocidade  ele tem. E só.

Joel Santana testa variações táticas visando semifinal da Taça Rio -  Para mim, o meio-campo ideal para o jogo contra o Vasco seria com Luiz Antônio e Kléberson de volantes e Bottinelli e R10 na frente. Não dá pra escalar o Renato pois ele ainda precisa de ritmo de jogo depois da cirurgia; e não vejo com bons olhos ter Rômulo escalado num jogo importante assim. Ainda não.

Irritada, diretoria do Fla admite estar refém de R10 -  Para não ser repetitivo, digo apenas uma palavra: jura?

Mentira. Digo mais. Todos sabemos que é absolutamente inadmissível um clube ser refém de um jogador. Agora, como reclamar disso quando se cogita contratar o Adriano?

Mentira nº 2: vou ser repetitivo sim: Adriano, muito obrigado por tudo o que você fez para o Flamengo - sobretudo pelo Brasileirão de 2009 -, mas não quero você de volta não.

***

Eu passo a bola e pergunto: quem, para você, deveria estar na barca Rubro-Negra?

terça-feira, 17 de abril de 2012

Estaria o Flamengo se livrando de R10?

Como jornalistas, jogadores, beneméritos, funcionários e torcedores do Flamengo e até os integrantes do Arco-Íris sabem, nosso clube adora uma polêmica. A da vez - ou do dia - traz à tona a possibilidade de o clube quebrar o contrato de fornecimento de material esportivo com a Olympikus para fechar com a Nike ou com a Adidas.

Pus uma enquete sobre essa possibilidade na página do Mil Vezes Flamengo no Facebook e declaro: sou veementemente contra essa atitude. No entanto, acho que essa notícia pode encobrir uma outra história: a do clube arrumar a desculpa ideal para se livrar de Ronaldinho Gaúcho. Calma que eu chego lá.

A permanência "independente" de R10 no Flamengo sempre foi um assunto nebuloso. Vamos admitir: por mais que a diretoria tenha resolvido, com a saída da Traffic, bancar a presença do jogador sem qualquer empresa apoiando, ninguém nunca recebeu essa história com tranquilidade, sem achar que uma hora ou outra essa canoa iria virar.

Vamos lá. R10 em estado meia-boca, custando um milhão e varada por mês. Flamengo eliminado da Libertadores. Como fecha essa conta? Não fecha. E aí que só cabe ao Flamengo correr o pires para tentar manter o jogador no elenco. Segundo o UOL, onde foi que Paty Amorim quis passar a sacolinha e recebeu um sonoro "NÃO!" em troca? Justamente na Olympikus. Adicione, então, um último elemento a essa história: na segunda-feira via Twitter, o jornalista Fábio Lucas Neves disse que Ronaldo quer sair do Fla e que seu empresário e irmão, Assis, quer levá-lo pro Corinthians.

O que temos então?

- R10, que disse recentemente querer sair do Flamengo "pela porta da frente";
- Patrícia Amorim, que bancou que o Flamengo custearia sozinho R10, mas sabe que o clube não dá conta disso;
- E a relação Fla-Olympikus, que paga o Deivid e nos rendeu Vagner Love, está ajudando o clube a construir seu museu etc. - ou seja, uma parceria muito interessante.

E aí vem a teoria da conspiração: essa história toda da bronca entre Flamengo e Olympikus não pode ser uma tremenda encenação para não haver uma ruptura dolorosa entre clube e jogador? Ou melhor, para Patrícia Amorim, que sempre defendeu Ronaldinho na Gávea, não ter que admitir que seu maior projeto para o futebol Rubro-Negro foi uma decisão horrorosa, tendo se tornado um imenso fiasco?

Ninguém duvida da (grande) chance de R10 não quer mais nada com o Fla; e de que Patrícia Amorim, se pudesse voltar no tempo, talvez não o trouxesse. De repente, a ajuda que ela quis da Olympikus não foi exatamente a grana, mas a falta dela - ou melhor, uma declaração confortável e conveniente. Assim, clube e empresa seguem juntos, e jogador e clube conseguem o adeus. Não duvido nada.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Patrícia Amorim para dirigente...do patrimônio

Paty pode ter acertado no lugar e
no clube, mas errou no cargo
Um fato curioso para todo Rubro-Negro foi a carta que Patrícia Amorim enviou a Renato Maurício Prado, com a intenção de se defender das acusações de ser uma péssima gestora para o Flamengo - crítica que vem tanto da torcida quanto da imprensa.

Na carta (que você pode ler aqui), Patrícia preferiu fugir de seu inchadíssimo e dolorido calcanhar de Aquiles - o futebol - para defender-se usando como argumento principal o resgate do clube, a diminuição das dívidas e o pagamento em dia dos funcionários da Gávea.

Sobre o que foi escrito, o jornalista André Rizek deu uma resposta curta e precisa em seu blog, num post intitulado "A presidente do parquinho".  Basicamente o que ele diz é: patrimônio é importante, mas o Flamengo é bem mais do que isso.

Eis acima dois textos altamente recomendados, que levantam uma questão: se, no entendimento de Patrícia, o que realmente importa é o que ela alegou em sua defesa na carta, por que não focou apenas em se juntar a uma candidatura como vice-presidente de patrimônio?

Cabia a algum jornalista - de preferência, o próprio Renato Maurício Prado - fazer essa pergunta a ela; e à torcida, especialmente a parcela que é sócia do clube, o papel de lembrá-la dessa intenção caso haja o lançamento à reeleicão. Cada coisa a seu lugar.

O Flamengo merece o mundo; e, claro, a Gávea faz parte dele. Então, que Patrícia fique apenas com essa parcela...e que não venha reinvindicar algo além. De uma forma indireta mas bem clara, este foi um pedido dela mesma.



Flamengo x Americano: nada além de nossa obrigação

Como já era de se esperar, Flamengo x Americano esteve longe de ser um programaço de domingo. Mas ainda assim há o que ser dito sobre a vitória numa partida em que o Flamengo saiu na frente, deu uma relaxada e tomou o empate, mas acordou a tempo de fazer mais 2 e garantir vaga nas semis da Taça Rio - o que, bom salientar, não era nada mais do que o nosso papel.

Vamos então aos comentários em tópicos:


O FLAMENGO ACERTOU...

- Kleberson no embalo - O Penta mais uma vez não deixou a desejar, jogando minimamente bem - ou pelo menos (felizmente) surpreendendo quem esperava um mondrongo em campo. Para mim, se continuar nesse ritmo, torna-se uma boa opção, só que no banco. Não pode ser o titular não, mas vira uma alternativa bem válida.

- A volta do Urubu Rei - Não adianta: eu gosto do Renato Abreu. Torço bastante por ele, pois há claramente a identificação entre o cara e o Flamengo. Sujeito homem, que se entrega pra valer no jogo. Fora isso, é do cacete ver um cara entrando em campo pouco tempo depois de uma cirurgia cardíaca. E quer saber? Gostei da atuação. Mais um nome que cai bem na reserva - afinal de contas, um grande clube precisa ter não um time, mas um elenco.

- Deivid mais seguro - Definitivamente, nosso camisa 9 não é mais o mesmo de tempos atrás. Jogou direito contra o Lanús e voltou a aparecer bem, e fazendo gol. Tá certo que há uma longa trajetória até ele realmente ganhar a confiança do torcedor, mas já está dando indícios de que isso não é impossível. E sem contar que o Flamengo com Deivid e Love no ataque, com Ronaldinho na armação é, sem dúvida, um time melhor.

- E o Magal, hein? - Segue se mostrando uma boa contratação. Tem gente que acha que ele já merece uma chance no time titular. Eu apóio.

- Vá pro inferno, Americano! - Foi e sempre será o time do Caixa D'Água, amigo-irmão de Eurico Pilantra. Maneiraço o Flamengo descer a guilhotina neles. Que não volte nunca mais!


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O FLAMENGO ERROU...

- Parou por quê? - No segundo tempo, mais uma vez houve aquela veeeelha puxada no freio de mão sem motivo algum, pedindo pro Americano empatar. Inadmissível, inaceitável. Sobretudo se nosso time tem, ainda, um problemaço como o abaixo...

- Defesa bate-(e-toma-gol-de) cabeça - Impressionante como uma zaga alta como a do Fla consegue tomar tanto gol de cabeça. Bola na nossa área é meio gol. Até quando a gente vai aturar essa moleza?

- Joel dando um valor absurdo ao Carioca - Vencemos. Foi bom, mas nem tanto - especialmente se considerarmos o que tínhamos 5 dias atrás, e com 2 rivais regionais seguindo na disputa; e de que esse não foi mais do que o papel do Rubro-Negro.

Infelizmente (e é claro que) Joel não pensa assim. O técnico insiste em dar munição aos rivais ao pintar de ouro uma competição muito da xumbrega. Se hoje, classificados para as semis da Taça Rio, por pouco ele quase compara com a Libertadores, o que não fará se formos campeões?  Se não o demitem, que pelo menos zelem pra que ele avance na asneira, fazendo o Cariocão parecer o Título Intergalático de futebol.

***
Enquanto não pegamos o nosso eterno esparro (v)Asco da Gama - e fazemos o que sempre fazemos com eles -, o que você tem a dizer sobre a vitória de ontem? Manda bala nos comentários!  

domingo, 15 de abril de 2012

Como Flamengo x Americano pode ser muito mais do que um jogo do Carioca

De volta a uma dura e mirrada realidade: depois de sairmos de forma vexaminosa da Libertadores, tudo o que restou ao Flamengo enquanto o Brasileirão não vem foi o Carioquinha. Nosso potente adversário é o inexpressivo Americano. Que tal?

Como diriam os mais famosos e célebres filósofos existencialistas, uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Ao mesmo tempo em que acho uma bosta, acho uma boa. Explico.

Quer dizer, a parte da bosta nem é preciso explicar, pois sabemos que estou falando de um campeonato de enésima categoria, sem qualquer importância maior, e cuja parte de nossa coleção de troféus dedicadas a ele mais parece um exército de clones da saga Star Wars. Ou seja: para o Flamengo e sua torcida, mais desinteressante do que o Show da Virada do fim de ano da Globo.

Vamos então passar pra parte boa. Quer dizer, a que pode ser uma boa. Lembra do papo das lições a serem aprendidas por esse elenco, da seriedade, do compromisso com o "vencer, vencer, vencer"? Então. Se o Carioquete é o que temos para o momento, é obrigação nossa de Flamengo de ir lá e faturar mais esse título. Né?

Porém, mais do que isso, esperamos - acho que posso falar por todos os Rubro-Negros - que, se é necessário desde já nos planejarmos fora de campo para a grande competição que nos resta neste ano,  o Flamengo tenha a inteligência de saber que essa preparação vem dentro de campo também e se inicia bem antes. Melhor dizendo: começa hoje.

Em outras palavras, sim, é só mais um jogo desse carioca falido; mas pode se tornar o primeiro do projeto Brasileirão 2012 e da Libertadores 2013. Basta o Mengão querer isso e fazer por onde. Do lado da torcida, quem aqui não quer?

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Diretoria: fale menos, faça mais

Melhor mesmo usar a boca
 pra beijar a bandeira....
Dia seguinte a um fiasco Rubro-Negro. Você abre os jornais e sites de notícia e lê que o Flamengo já está se movimentando para trazer um craque - em geral, o mesmo craque que, passada (ainda que parcialmente) a dor da perda, não vem.

Para você que, como eu e outros 34.999.998 de torcedores, já viveu essa realidade, pergunto: esse procedimento serviu para amenizar de verdade? Não. E o pior: por ser um recurso tantas vezes utilizado, no caso de fracasso, esse insucesso ganha ares de vexame. Um novo vexame.

Dois dias antes da data da nossa eliminação, voltamos a conviver com a suposta possibilidade do retorno de Juan. Contusões recentes à parte, sem dúvida um craque, um reforço desejado, com o grande mérito de jogar sério e saber exatamente como um jogador a altura do Clube de Regatas do Flamengo deve atuar em campo. Mas, infelizmente, é esse mesmo Juan que sempre diz: "Não, muito obrigado, o Fla está no meu coração, mas estou feliz no Roma".

E alguns dias depois, na ressaca da eliminação, vem a público a missão de tentar repatriar outro de pele Rubro-Negra: Renato Augusto.

Não sou hipócrita. Quero muito a vinda do Juan E do Renato Augusto. O que me emputece é ter essas informações vindo à tona facilmente, sem ser necessariamente uma consequência de um incrível jornalismo investigativo, dando a chance de, no caso de não vinda, se tornar mais motivo de vergonha e - justa - cobrança.

Uma diretoria que sabe o que faz não vem jogar cortina de fumaça. Ok, tudo bem que não faz isso porque seu time não precisa disso; mas ainda que um insucesso venha visitar o clube, não é isso o que a torcida espera.

Assim sendo, Patrícia e cia.: vamos planejar e contratar mais? E planejar significa pensar, fazer e só então anunciar. Divulgar sem contratar pega mal pra torcida e pra vocês. Certeza de que o mercado dará boas chances a vocês para fazerem isso - a começar pelo Jorge Sampaoli, técnico da LaU e nome que vai ganhando força entre a torcida. Acreditem: a torcida se realiza muito mais com trabalho do que com discurso.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Flamengo x Lanús: a emoção disse sim, mas a razão negou

Razão e emoção. Duas coisas fortes demais, que convivem em dois tipos de outras coisas: seres humanos e esporte. No futebol, então, andam coladas, estando de bem ou de mal.

Em Flamengo x Lanús, se destacaram como poucas vezes eu vi no futebol. Todos sabíamos da dificuldade que seria essa classificação. Isso porque o Flamengo recorreu a um dos piores expedientes que alguém ou alguma instituição possa recorrer na vida: depender dos outros. Isso é sempre um problema. Sempre. Quando é uma consequência de você não ter se garantido por si mesmo, aí mesmo é que é foda.

Mesmo assim, justamente quando estava numa situação de dependência, o Flamengo jogou como se não precisasse de ninguém; e aí deu para ver que, quando há o foco e o compromisso com o "Vencer, vencer, vencer", esse time que está aí pode render muito, muito mais. Um jogo em que até Wellinton fez gol, em que Deivid marcou o dele de forma inteligente, segurando a vontade de chutar de prima para esperar um momento melhor, em que Léo Moura marcou... e que Ronaldinho Gaúcho resolveu ser o Ronaldinho Gaúcho que todos sempre queríamos ver em ação.

Enfim, o nosso time desta noite foi aquele que o Flamengo e sua torcida merecem. Aquele que nos orgulha e que sacode direitinho com ela, a emoção, que estava meio caidaça depois dos vexames contra Emelec e Olímpia. Se antes da partida muitos Rubro-Negros pareciam resignados com a eliminação, a emoção gritou alto quando víamos a boa atuação do time na noite de hoje e o resultado favorável de Olímpia x Emelec na maior parte do tempo, despertando 99,99% da torcida para uma possibilidade: "E se rolar?".

Por conta da nossa partidaça, e por conta do amor pelo Flamengo, a emoção, a nossa emoção, clamava pelo quase impossível, pelo imponderável. Por um milagre de São Judas. Mas, de novo: o futebol não é só ela. Tem a outra lá, a razão. A bendita e maldita razão.

E a razão é simples e direta na sua mensagem: o Flamengo não merecia se classificar; e o Emelec, sim.

O Flamengo desta Libertadores foi leviano, displicente e - não aguento mais digitar isso, mas vá lá - descomprometido. Um Flamengo que, nos últimos dez minutos de dois jogos, foi capaz de tomar cinco (!!!) gols, sendo três deles numa partida em que já tava tudo dominado, pelo menos para um time que tem o mínimo de vontade, cautela e consciência. O Flamengo desta triste noite de pré-sexta-feira 13 não foi o Flamengo da maior parte da Libertadores 2012. E aí a razão nos puniu ao premiar um clube equatoriano, chibungo, que não tem 0,00001% da grandeza e da importância do Rubro-Negro para o futebol mundial, mas que mostrou merecimento. Deu no que deu.

Do jeito em que tudo aconteceu, é difícil não deixar de se contagiar pela emoção até o fim, porque ela explica muito bem o futebol; mas vamos admitir: nessa, a razão, apesar de nos ser amarga, chata pra cacete e desagradável até dizer chega, está certíssima.

 * * * 

Sobre lições sobre o nosso patético retrospecto - aquelas que o próprio Joel já falou bem antes da bola rolar nessa rodada final -, torço pra que tanto o elenco atual quanto o Flamengo como um todo aprenda uma fundamental: seja qual for o campeonato, para faturá-lo é preciso interesse e tesão reais o tempo todo. Sem depender dos outros; e sem deixar razão e emoção brigarem do jeito que aconteceu.

E o pior: já tivemos essa mesma lição em outras vezes, e mesmo assim não aprendemos. Será que agora vai?

Flamengo x Lanús: máxima dedicação por um mínimo de dignidade

Créditos da imagem:www.blogdogarca.blogspot.com
Na boa: eu não estou esperando classificação nenhuma na próxima fase da Libertadores. Torço e torcerei por ela daqui a pouco e quero muito que aconteça, óbvio, mas não vou encher o saco de São Judas Tadeu com esse pedido - até porque tem que ter merecimento. E a gente sabe que, infelizmente, o Flamengo não anda fazendo jus a essa honraria.

Mas uma coisa eu exijo. Na verdade, uma coisa que se exige sempre do Flamengo: seriedade. Foi pela ausência dela que, por dois jogos, sofremos na pele a "síndrome dos últimos 10 minutos". E não, isso não foi questão de inexperiência da porção jovem do Flamengo. Foi sim ausência de ímpeto de uns com os outros, no sentido de entender que Flamengo é Flamengo e de não deixar qualquer monstro se criar. Dizer isso é simples; fazer acontecer é outra. E como neguinho não deixa a oportunidade passar... Bom, a gente já sabe o que aconteceu.

E agora, lá vem o Lanús, líder do grupo, tranquilo, classificado. Pode ser tarde por uma vaga? Pode. Muito provavelmente. Mas nunca será para entenderem que, sempre que o Flamengo disputa alguma coisa, do cara ou coroa da saída ou o título de melhor da galáxia, é preciso ter uma união entre comprometimento e vontade - do tipo "até que a morte os separe".

Tá lá no hino, e todos sabemos: "Vencer, vencer, vencer". E sabemos também que o Flamengo é colossal, e nossa história é construída muito, mas muito mais por êxitos do que por fracassos. Mas o que sempre, sempre queremos e precisamos é que, vencendo ou perdendo, o sangue rubro-negro corra nos olhos dos caras que defendem o Manto. Se essa é uma necessidade eterna, na noite de hoje é algo que devem à torcida de verdade. E que, seja qual for, esse comprometimento seja um recomeço promissor, à altura do Flamengo. Estamos do lado deles para que aquele grupo, a exemplo de alguns jogadores que, isoladamente já fazem isso, entendam de verdade porque o Flamengo é Flamengo; e assim, nos deem a dignidade que tanto nos escapou nessa competição até agora. À luta!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Rodando pelas interwebs: Juan mais a sério, R10 e seu auto-jabá no Twitter...

Eis aí uma seção que promete se tornar constante aqui no Mil Vezes Flamengo: meus comentários, pitacos e cornetadas sobre as notícias da vez sobre o Flamengo nos principais sites de notícia e blogs. Bora?

- Com pré-reserva, dirigente do Fla vai conversar com financeiro sobre Juan - Aí sim. Vale muito. Tem pele Rubro-Negra, sabe o que é defender o clube...e o principal: é sério. No que eu pergunto: será que os rumores sobre uma suposta saída do Ronaldinho não casam com a verba necessária para trazê-lo? E falando no R10...    

- Mesmo criticado, Ronaldinho Gaúcho faz propaganda de melhores momentos na temporada no Twitter -  Olha, é no mínimo de mau gosto. Tipo DVD de jogador passado por empresário em versão online. Não que R10 esteja péssimo pois ele tem melhorado e, aos trancos e barrancos, é o único traço de categoria e lucidez neste meio-campo; mas isso parece parte da estratégia da "saída de cabeça erguida"- se não para o próprio Flamengo e sua torcida, meio que tentando provar pros demais que ele ainda tem bola. E entenda-se por "demais" os gringos...

- Muralha procura Joel para conversa - O lado bom disso: a iniciativa do Muralha, que demonstra interesse real em ser parte da solução. O lado ruim: duvido de que o Joel possa ter dito o que o Muralha precisa ouvir agora: menos máscara, menos moicano e mais seriedade na hora da bola rolar.

Em tempo: os únicos caras que têm permissão pra usar moicano nesse time são o Léo Moura e o Felipe.  

- Renato Abreu participa de primeiro treino após cirurgia - Excelente notícia. Não adianta: eu gosto do Renato porque eu acho que o principal elemento de identificação dele com a torcida é a luta. Não é o mais habilidoso de todos - sequer do elenco, lógico -, mas quer vencer sempre. Cabe muito bem no banco.

Por ora é isso aí. Não quero falar das lições que Joel pensa tirar da trajetória (até aqui) patética do Fla na Libertadores. Sobre isso, comento amanhã...


O pontapé inicial!



Eu até tentei fugir do clichê do título, mas quando eu vi que poderia cair noutros piores, fiquei com esse mesmo. Não faz mal, pois a intenção é essa: fazer as honras do blog e falar um pouco da minha relação com o Flamengo.

Desde que me entendo por gente sou Flamengo. Muito antes disso. Tá na raiz genealógica. Meu avô e um de seus irmãos remaram pelo clube. Uma das imagens mais claras que tenho na infância é a de meu pai ouvindo os jogos, ou me levando ao Maracanã e adorando segurar na minha mão na hora da entrada do time. Sorrindo, ele sempre me olhava no rosto e comentava: "Meu filho, você está com a mão gelada". Em outra circunstância, certamente ele ficaria preocupado com a saúde de seu moleque; mas ali, não: era ele tendo a felicidade e a certeza de que o filho vivia de verdade um grande amor de família - aliás, tanto de pai quanto de mãe.

Enfim, eu tinha mesmo que ser Flamengo. Felizmente.

De lá pra cá, foram tardes e noites em diversos estádios, ginásios e outros espaços em que o Flamengo competia e compete. No futebol, basquete, judô, ginástica... Vi Zico, Júnior, Oscar Schmidt, Bebeto, Andrade, Raul, Leila, Virna, Daniele, Diego Hypólito... Apenas alguns dos muitos ídolos que marcaram e seguem marcando minha vida de um jeito tão especial e bonito pra valer. E que viravam assunto na sala de aula da escola, na faculdade, no trabalho... Comentando com outros Rubro-Negros e com os rivais - que, ora eram vítimas das gozações, ora me sacaneavam também, claro. Faz parte do jogo. 

Some todo esse Rubro-Negrismo (expressão que conheci com o grande Arthur Muhlemberg) a uma outra paixão, a da escrita, e o que temos é o Mil Vezes Flamengo: um blog em que vou poder dar vazão aos meus comentários e impressões sobre o Mengo sem aporrinhar os meus seguidores nos Twitters e Facebooks que estão se lixando pra esporte e afins. Tudo bem que eu não vou deixar de fazer isso, mas aqui eu vou falar com quem quiser ler e trocar uma ideia sobre o Mengo. Papo reto total.

É isso. Vai ser do cacete. A companhia, certeza, será boa. O blog já tem até Twitter e página no Facebook. E só vai melhorar, podem apostar. A bola já tá rolando e vai começar a festa. Saudações Rubro-negras!