Google+ Mil Vezes Flamengo: setembro 2012

domingo, 30 de setembro de 2012

Flamengo x Fluminense: 5 razões por que esse jogo é a nossa hora da verdade

Parece que os deuses do futebol escolhem a dedo a hora de termos um Fla x Flu. É assim na maioria das vezes; e o de hoje só confirma essa minha impressão. Antes de partir pro Engenhão, fiz uma lista de 5 motivos pelos quais essa partida é uma espécie de "hora da verdade" para o Flamengo, momento de separar Loves de Neguebas e decidir em que metade da tabela queremos figurar. Confira abaixo e Saudações Rubro-Negras:





1º - Hoje não tem um Ronaldinho 

No último jogo, inegável que a nesfasta presença do maldito traíra dentuço deu um gás em nossa torcida que, por sua vez, pilhou o time para valer. Hoje não existe exatamente alguém a ser rivalizado - o Branca das Neves não é exatamente um R171.

Daí as perguntas: vamos gritar como na quarta? E o time, vai se pilhar como na quarta? Nem preciso dizer que devemos e devemos, sempre. Mas quero ver.


2º - Uma prova de regularidade

Vamos admitir: a turma da floricultura está no topo da tabela por méritos. Para se vencer o líder do campeonato, hoje, é preciso ter mais do que empolgação. Pelo que vem apresentando, de fato o time do Flamengo está se acertando cada vez mais e, depois do sacode no Galo, uma vitória pode nos mostrar que, empolgações à parte, a competência, a aplicação - e, consequentemente, a regularidade - enfim chegaram à Gávea.


3º - Uma prova de preparo físico

Nós vimos o quanto os caras correram na quarta. Foi lindo demais ver tanta entrega, claro... Mas será que nossos jogadores já estão recuperados o suficiente pra outra batalha de 90 minutos? O jogo de logo mais será um teste também para o sistema de preparação física Flamenga.

4º - A defesa em xeque

Na quarta, ela deu só uma bobeira - o suficiente pra resultar no gol de Jô. Hoje, nossa zaga terá pela frente o ataque mais positivo do campeonato; e, para piorar, a ausência do xerifão Cáceres no meio para protegê-la. E aí?

Composto por um moleque e um xerifón que ainda busca mostrar ao que veio, nosso miolo de zaga ainda desperta dúvidas na torcida. Porém, se a dupla Frauches e González voltar a  render como no Fla x Galo, pode ser um sinal de dias melhores para nosso setor defensivo...


5º - O momento de afirmação de vários Rubro-Negros

Será que Wellington Silva continuará sua ascensão? E Cleber Santana, como reagirá no confronto contra o líder do campeonato? No jogo contra o Atlético, Love e Liedson espantaram a uruca e depositaram uma esperança de dias melhores do ataque Rubro-Negro; hoje, como estarão? O jogo de hoje é uma grande prova para boa parte dos nossos jogadores.

***

E, claro, há sempre um motivo especial: é um Fla x Flu. Vai pra cima deles, Mengo!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Flamengo x Atlético-MG: nosso grande reencontro

Está escrito mais um capítulo da trajetória vitoriosa do Flamengo nos embates contra o Atlético Mineiro. Algo que já sabíamos de antemão que só poderia acontecer se time e torcida se abençoassem, um ao outro, com o desejo cego de lutar sem trégua. E assim foi forjada uma vitória daquelas especiais, espetaculares, sobrenaturais. Uma conquista cuja origem certamente transcende o apito inicial.

Se é assim, seria possível, então, dizer que o duelo com o Atlético finalizado ontem, na verdade, começou a ser vencido no dia 31 de maio de 2012, data da covarde debandada das hostes Rubro-Negras daquele que é hoje, ao menos no papel, o principal jogador do time mineiro? Talvez.

Ou então, que tal afirmar que a vitória da noite desta quarta começou para valer naquele segundo tempo de Flamengo x Grêmio ocorrido no fim de semana retrasado quando, por um choque de não sei quantos decibéis e sentimentos da torcida, o time saltou de sua letargia para enfim jogar bola da forma Flamenga? Também é correto.

Pode haver, ainda, quem prefira dizer que começou no expressivo esgotamento dos 32 mil ingressos da partida, pequenos certificados que provavam o compromisso da massa Rubro-Negra em chamar o jogo também para si. Isso estaria errado? Não de todo. Porém, eu penso de outra forma.

Claro que não há verdade absoluta, mas a de cada um; e a minha é a de que a vitória do jogo de ontem começou a acontecer em 17 de novembro de 1895.

A missão de retomar a mística das reações Rubro-Negras somada a necessidade de ganhar mais três pontos e ao desfrute de poder explodir o rancor guardado por aquele que cometeu o pecado capital de trair a maior nação esportiva do planeta fez com que o Flamengo desta quarta-feira se tornasse algo muito, mas muito maior do que foi na maior parte deste campeonato: ser Flamengo de verdade. Algo que está lá, tatuado, fossilizado, impregnado em nossa essência. Algo em que não se consegue separar torcida e time, talento e vontade.

Como nosso próprio comandante afirmou, foi a primeira vitória realmente convincente do time no campeonato. Goleiro imponente, zagueiros mais atentos - à exceção de um único lance! - e volantes com sangue nos olhos, disputando cada jogada como a última de suas vidas, atacantes - enfim dois! - inspirados... E duas figuras que precisam ser nominalmente mencionadas: um sopro de criatividade no meio chamado Cleber Santana e um outro sujeito que, se seguir agarrando sua chance do jeito devido, pode se tornar uma referência de grandes esperanças de dias melhores: Wellington Silva.

Enfim, amigos, Ramons à parte, tivemos futebol. Como já disse, ao mesmo tempo um componente distinto da vitória mas misturado até a alma com a vontade. Sem ela, não há futebol bem jogado que se sustente - ou melhor, não no Flamengo. Com ela, cria-se uma sintonia inigualável entre os do gramado e os da arquibancada, nascida de uma força cuja essência é tão bem definida pela torcida Rubro-Negra, eterna também na sabedoria da simplicidade com três simples palavras: raça, amor e paixão. Ontem, lá estava ela, em apitos e vaias aos adversários, e palmas e gritos de apoio aos nossos. Lá estava ela.

Com a vontade e o futebol Rubro-Negros unidos, só me cabe repetir: a vitória deste Flamengo x Atlético Mineiro nasceu em 17 de novembro de 1895, data do Big Bang esportivo deste planeta. Dia em que o mundo conheceu o Flamengo, esta força tão espetacular mas que, curiosa e incrivelmente, de vez em quando consegue esquecer de si própria. Por quê? Não sei. Mas, otimista que sou, prefiro pensar que talvez o faça só para nos fascinar novamente (e como da primeira vez) quando se redescobre.

Aonde, em termos mais práticos, isso pode nos levar ainda em 2012? Não sei. Mas todos sabemos aonde sempre chegaremos se time e torcida, a cada nova batalha, viverem o prazer e o orgulho de serem Rubro-Negros.

Bom demais saber que o Flamengo voltou; e, com ele, essa imensa alegria. Sejam bem-vindos...e para não mais partir.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Flamengo x Atlético-MG: a obrigação e a diversão

Mesmo não gostando do Lance!,
a capa de hoje está excelente...
Um velho ditado, geralmente dito por pais aos filhos que insistem em fazer alguma atividade de lazer antes do dever de casa: "Primeiro a obrigação, depois a diversão". Isso pode funcionar nas salas de estar mas, hoje, em pleno Engenhão, o Flamengo tem 90 minutos para fazer ambos ao mesmo tempo.

Depois do apoio da Nação nos dois últimos jogos e da notícia do esgotamento dos ingressos para a noite desta quarta, o time tem a obrigação de jantar a galinha. À cabidela, frita, desfiada...não importa. Se bem que, a julgar pela chuva que cai no Rio desde a noite desta terça e que promete seguir firme, está mais para canja...

Se temos como um dos temperos a ausência da nulidade que atende pelo nome de Ibson, temos a volta de Léo Moura como revés. Pior ainda é a saída de Adryan para a volta dele, ceifando boa parte da criatividade Rubro-Negra. Prova de fogo para Cleber Santana, depois de sua estreia de razoável pra boa; e, ainda, para Liedson, que afirma ser capaz de jogar 90 minutos. Seja como for, a torcida lá estará para jogar junto; e todo mundo já entendeu que o momento pede apoio, e não pressão, na busca de 3 pontos que são a primeira oportunidade dourada do time nesta noite e que são fundamentais por motivos que não preciso explicar. Se o adiamento desse jogo pôde ser considerado como uma vantagem nossa, cabe a nós confirmá-la até o fim do apito do distinto.

Por mais que o foco do time seja a ascensão do Flamengo na tabela e a escapa da zona da degola, não dá mesmo para ignorar o feioso, traíra, covarde atrativo extra que marca presença no time rival. A princípio eu era a favor de um solene ato de ignorar o mané de sorriso equino, mas isso é impossível. Eis aí a segunda grande oportunidade de ouro do Flamengo: em bom carioquês, esculachar o cretino no melhor estilo Rubro-Negro. Ou seja: no bom humor, no escracho, na sacanagem massiva e sem compaixão, deixando de lado apenas a violência. É para esse sujeito receber o maior bullying moral da história futebolística - e 100% baseado na sátira, no humor, na sacanagem plena e sagaz.

Assim, digo que não houve na história deste Brasileirão 2012 um jogo pelo qual eu mais ansiasse do que esse Flamengo x Atlético Mineiro. Duas grandes chances em uma só, em que 12, jogadores e Nação, podem mostrar a razão pela qual todos nesse mundo sabem que Flamengo é Flamengo. Até os bunda-moles.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Flamengo x Atlético-GO: obrigação suada

Enfim, o reencontro com a vitória - ou seria "ufa"? Vejam só o momento em que estamos: por conta de todas as circunstâncias, recebemos com um misto de alívio e felicidade o que tão somente era pra ser o cumprimento de uma obrigação. É só pensar: era o lanterna do campeonto, praticamente jogando em casa... Não dava para pensar em outra coisa senão vitória. Mas como a teoria na prática é outra...

Tudo bem que o resultado foi um alívio, mas o Flamengo apresentou uma bolinha aquém de um time que ficou 1 semana só treinando. Pra mim, isso aconteceu por conta de três fatores principais: o psicológico - sempre ele; o péssimo rendimento individual de Luiz Antônio e, especialmente, de Adryan, jogadores que têm pelo menos um olho decente nessa terra de cego que é o Flamengo em matéria de toque de bola e visão de jogo; e a vergonhosa atuação de Ramon, que praticamente não acertou nada do que tentou, exceto a bola da jogada do gol adversário. O que surgiu de viúva de Junior César, Juan Marrentinho e demais finados laterais esquerdos da história recente Rubro-Negra no Twitter ao longo dos mais de 90 minutos... E o pior: todos estavam certos.


Desta vez, porém, não foi uma derrota; então tivemos bons pontos positivos. Vou dar nome aos dois mais importantes: Wellington Silva e Cleber Santana. Lembra quando eu falei que o jogo contra o Grêmio era uma chance pro time se levantar do divã? Parece que o lateral direito fez isso, e especialmente no segundo tempo. WS parece ter entendido que o Flamengo é para bravos e sujeitos de personalidade. Tomou três doses duplas de Confiança e chamou o jogo pra si na sua parte do campo. Gostei de ver para valer. Merece ter continuidade no time - do mesmo jeito que o torcedor merecia que Dorival repetisse a mesma escalação titular ao menos por três vezes.
E Cleber Santana? Se não é um cara rápido, pelo menos tem uma característica rara nesse elenco Rubro-Negro: joga de cabeça erguida e, por isso mesmo, olha e pensa antes de passar a bola. Em outras palavras, busca tocar decentemente, pensando em quem servir em vez de se livrar da pelota. A jogada no gol que fez - que, bem é verdade, começou na base da sorte, progredindo depois de um tranco com o adversário - e o jeito com que serviu Love nos deu esperança em tê-lo jogando ao lado de um Adryan mais inspirado e de um VL nem tão isolado na frente. Falando nele...

Como disse ao longo da partida no Twitter, Vágner Love foi bem enquanto pensou nos companheiros, e bem mal quando pensou em si. Ao mesmo tempo que fez as assistências pros dois gols nossos, deixou de dar duas bolas boas pro Liédson; e acho dispensável falar do pênalti telegrafadaço. Quanto à bola no travessão, acho que tá na conta de ficar declarando apoio à candidata erradaça. Aprende, Love: se misturar com gente braba é zica na certa. Se livra dessa uruca, rapaz. 

No mais, agora temos uma sequência matadora de três jogos em casa, sendo duas pedreiras e uma pegadinha do Mallandro daquelas. É para a torcida lotar o Engenhão e fazer a sua parte; e o time colocar na cabeça que dá sim pra matar a galinha (dentuça), os convidados da série A e os ex-filhos de Joel. Sabe aquele velho papo de separar os homens dos meninos? Pois bem: a hora é agora. 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Flamengo x Grêmio: para o time levantar do divã

Se o placar não foi dos mais animadores, a disposição agradou. E ao cantar o hino do clube no estádio ao fim do jogo e repeti-lo na saída, a torcida provou não apenas estar fechada com o time mas deu uma prova de alguma satisfação com o que viu no duelo contra o Grêmio. Bem, pelo menos com o que aconteceu na segunda etapa da partida, pois, na noite deste domingo no Engenhão, houve dois Flamengos - um para cada tempo. Times que, se não 100% distintos, diferiram por dois fatores marcantes: Adryan e confiança.

O técnico do adversário um dia conseguiu dizer uma frase bastante feliz: "O medo de perder tira a vontade de ganhar". E o primeiro tempo deixou clara uma característica deste Flamengo ameaçado, fragilizado, inconsistente: a insegurança. É um time cheio de neuras, esparramado no divã. De tão exposto, sensível, enfraquecido por tantas porradas - da sorte, da bola, da política, dos fatores externos, do torcedor com cara de bunda nas segundas e quintas -, seus jogadores não conseguem esconder um terrível cagaço de ousar. Privam-se de algo mais atrevido para não se arriscarem à chance de se tornar um neo-Welinton ou o Negueba da vez, protagonizando uma possível cagada que dê origem a uma nova derrota.

Esse medo se viu ainda mais claramente nas laterais. Só isso explica a postura de Wellington Silva e Ramon que, ao receberem boas bolas, paravam estupidamente em vez de avançarem até a linha de fundo com a fome devida. Com um meio-campo limitado em recursos de armação, o jogo ia para eles, que brecavam sistematicamente o progresso das jogadas. Aí fica muito difícil. Complica mais ainda quando voltamos a repetir velhos erros, como comprova a desarticulação do meio defensivo, que deixou González tomar a bola nas costas que chegou a Marcelo Moreno, que ganhou na corrida e abriu o placar pros gaúchos.

(Parênteses necessários para dizer: não é possível que nenhum técnico não tenha a medíocre ideia de pegar o VT do jogo e passar pros seus comandados no dia seguinte da partida, para todos verem o que acertaram e o que não podem mais repetir de jeito maneira. Se o Flamengo fizesse isso, provavelmente não teria levado o golzinho besta que tomou - um filme repetido no Brasileirão Rubro-Negro deste ano.)

Depois do 1x0, o que era medinho virou paúra extrema que, misturada às conhecidas limitações técnicas, nos manteve nessa derrota pelo placar mínimo no resto do primeiro tempo. Era preciso fazer algo - ou melhor, "o" algo, aquilo que berra aos olhos de qualquer um: a entrada de Adryan no jogo. E não se pode cravar se foi a visão do moleque retornando com o time para o segundo tempo ou a lembrança de que estava ali para carregar o Flamengo e incentivar até o fim, fato é que a torcida ganhou um novo fôlego na segunda etapa; e com ela, o time.

O Flamengo, com Adryan, é outro. Mas o Flamengo como um todo: tanto os que jogam em campo como os que jogam da arquibancada. É um jogador criativo, que não tem a necessidade de começar uma jogada parado, ou de ter que parar para iniciá-la. Recebe, parte pra frente, olha as melhores opções e tenta resolvê-las. Parece simples, mas é justamente o que a maioria dos nossos jogadores, por trauma e por incompetência técnica - que só piora quando o psicológico vai pro cacete - não conseguem. Ou, pelo menos, conseguem bem menos sem Adryan. O futebol do moleque contagia o time, que vai junto no embalo; e a torcida se anima quando a bola chega nele, pois sabe que ele irá realmente tentar algo.

Assim, comandados pelo talento do moleque, fomos bem mais time do que o Grêmio, mantendo o adversário no campo defensivo pela quase totalidade do segundo tempo. O meio-campo conseguiu converter a posse de bola em algumas jogadas efetivas - até os justamente criticados Ibson e Léo Moura renderam melhor. A subida de rendimento foi coroada com o golaço de falta de Adryan. Merecida recompensa pelo principal responsável por fazer o Flamengo esquecer de seus medos pra tentar uma sorte melhor na partida. E ela quase veio...

Por ora, ficamos no empate. Um resultado matematicamente ruim, mas que, pelas circunstâncias, do jeito que foi construído, foi um sopro de esperança em dias melhores. Mais do que isso: uma prova de que, quando o time esquece dos problemas, consegue render mais. Se este não é o Flamengo com que a torcida sonha, pelo menos melhora sensivelmente quando decide se dar alta do psicólogo para ser, simples e plenamente, o Flamengo que todos aprendemos a amar.

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Repitam comigo: Adryan não é o novo Zico. Adryan não é o novo Zico. Algo que alguns comentaristas esportivos também alertam, mas que os mancheteiros dos sites e jornais esportivos fazem questão de ignorar. O detalhe é que essa turma, geralmente, compartilha o ambiente de trabalho. Faz sentido?

Não, não faz. Pior ainda: é má fé pra vender jornal e conquistar audiência. E eu fico com o comentário do próprio autor do gol: "Depois do gol, na comemoração, só pensei em pegar a bola para tentarmos a vitória, não queria oba-oba. Um gol não muda a história de um time que está passando por um momento de dificuldade". Palavras de quem já está no caminho mas sabe que ele ainda é bem longo. Tá certíssimo.

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Sobre arbitragem, não adianta: time que quer vencer tem que pouco se lixar pros homens de amarelo. Infelizmente, ontem não conseguimos superar o péssimo trio.

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De novo: ao fim da partida, torcida cantando o hino, jogadores em campo agradecendo a força. É sempre bonito ver a festa nas vitórias, mas essa união em momentos adversos é espetacular. São momentos em que o Rubro-Negrismo se torna ainda mais espetacular. Lindo.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

No domingo, todos ao Engenhão!
















Qual o motivo original de se ver um jogo de futebol ao vivo? Diversão, claro - como deve ser o objetivo de quase tudo nessa vida, em quase todas as situações. Domingo, no Engenhão, não é o caso; mas mesmo assim, todo Rubro-Negro que puder ir ao Engenhão deve fazê-lo.

Por quê? Porque o motivo é um só, e mais importante do que a tal diversão: o Flamengo.

Neste momento, carente de um monte de coisas, o que o Flamengo mais precisa é daquilo que mais o fortalece: sua torcida. Eu podia escrever um relatório sobre a necessidade de aplicarmos, demonstrarmos o amor que temos pelo Flamengo em força, convertendo toda a alegria de ser Rubro-Negros que cantamos numa de nossas músicas mais conhecidas em energia pros caras que lá estarão, perebas ou não, comprometidos ou não; mas vou deixar vocês com uma espécie de manifesto, escrito pelo Arthur Motta, da equipe do @FlaComOrgulho,  apresentando a campanha por ele criada, chamada "A Maior Torcida do Mundo Faz A Diferença". Com a palavra, Arthur:

“Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer”. Sair cantando isso por aí é fácil, também é fácil sair dizendo por aí que faz parte da maior torcida do mundo. Mas cadê essa torcida quando o clube mais precisa dela?

  Tudo bem, todos sabem que o acesso ao Engenhão é ruim, o estádio é uma “merda” (Perdão pela expressão), os ingressos são caros, o time não está colaborando dentro de campo, a diretoria ta afastando a torcida do time com suas lambanças atrás de lambanças... Todos sabem! Mas por causa disso, estamos na porta do rebaixamento, a apenas dois pontos do Z4.

  Certa vez eu vi uma torcida linda e apaixonada fazer um mosaico onde dizia: A MAIOR TORCIDA DO MUNDO FAZ A DIFERENÇA. Só que fazer a diferença na campanha para o Hexa, com o time embalado, é fácil. Chegou à hora de mostrarmos que podemos, sim, fazer a diferença em qualquer momento. Assim como fizemos em 2007, assim como fizemos ano passado quando lotamos o Enchenão contra o Cruzeiro e o Flamengo venceu por 5x1.

  O time é fraco, mas se a torcida abandonar, o que nos espera é a segunda divisão. Um dos nossos motivos de maior orgulho pode acabar. Mas nós podemos mudar isso. Temos 3 partidas complicadas em casa na seqüência: Grêmio, Fluminense e Atlético MG. Vamos lotar o Engenhão contra os três. Se os nossos atacantes não estão fazendo gol, vamos chutar junto com eles. Se a nossa defesa ta fraca, vamos marcar junto. Vamos jogar junto e tirar o Flamengo dessa situação complicada.

  Participe você também da campanha A MAIOR TORCIDA DO MUNDO FAZ A DIFERENÇA.

  • Compareça ao estádio nas próximas partidas do Flamengo em casa. Vamos lotar o Engenhão.

• Apóie incondicionalmente, independente do resultado.

• Leve um cartaz com críticas a atual diretoria, mostrando que a nação está indignada com a situação do clube e não vai ficar omissa a isso.

• Vá até a ouvidoria do Flamengo (http://flamengoouvidoria.multiclubes.com.br/), clique em “Abrir processo”, logo depois marque a caixinha escrito “sugestão” e cole a seguinte mensagem lá:  

  “ O Flamengo vive um momento complicado e a nação está disposta a jogar com o time nas partidas no Engenhão. Porém, com o preço em que os ingressos se encontram fica complicado. Diminuam o preço dos ingressos a metade, porque a Nação está disposta a lotar o Engenhão. Afinal 30 mil pessoas pagando 20 reais é bem melhor que 15 mil pagando 40. A renda é a mesma, mas o apoio da Nação será muito maior. Saudações Rubro-Negras!"

  Vamos juntos tirar o Flamengo dessa situação complicada!!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Flamengo x Santos: verdades para acordar do pesadelo

Ah, a torcida, essa massa bipolar. A mesma turba que costuma ser insensata, passional e acreditar em absurdos como a recuperação de Adriano consegue muitas vezes enxergar obviedades que sujeitos muito bem pagos para vê-las simplesmente ignoram cretinamente, ou escolhem ignorar. Mas há momentos em que a ignorância é derrotada parcial ou totalmente pela metálica grosseria dos fatos.

Os fatos em questão não dizem respeito a Flamengo x Santos. Flamengo x Santos, sim, diz respeito aos fatos que compõem a lamentável história do Rubro-Negro neste esquecível Campeonato Brasileiro de 2012. No amorfo duelo dos dois piores times do returno, as certezas escabrosas que precisam ser consideradas daqui para a frente por aqueles que governam o futebol do clube estapearam, lamberam com línguas purulentas e sopraram com o bafo do cão na cara dessa gente. Ou, vá lá, nada disso fizeram.

Assim, por via das dúvidas, eu, no papel de torcedor apaixonado, entristecido e criador deste humilde espaço dedicado ao amor pelo Flamengo e a quem comigo o compartilha, me sinto no dever de repetir essas verdades que mereciam mesmo ser tatuadas com britadeira nas consciências de Dorival Junior e Zinho. Para que doam, para que nunca sejam esquecidas, para que sejam sempre consideradas antes de tudo, aí vão elas:

1ª) Negueba nunca mais. Duas trapalhadas, dois gols adversários. Capacidade zero de produzir algo que preste. O que mais ele precisa fazer para provar sua total incapacidade de vestir o Manto? Deixar que ele se supere e, de fato, responda competente e ainda mais perigosamente a essa pergunta é uma temeridade.

2ª) Chega de Léo Moura. Omisso, fugitivo de sua posição, lento. Joga hoje pelo muito que um dia fez mas que, hoje, não consegue equiparar em 10%. Placa de "muito obrigado", amistoso de despedida em dezembro e pronto.

3ª) Um banco honroso para Ibson, jogador que simplesmente não reestreou pelo Flamengo desde que voltou ao clube. Mais lembrado por seus cartões imbecilmente tomados e suas pífias reclamações chorosas que ele tanto abraça para parecer mais envolvido com a causa Rubro-Negra. Dispensamos todo esse péssimo teatro.

4º) Precisamos repetir escalações. Não há conjunto que se forme sem que haja conjunto - sim, cheguei ao ponto de não me importar com redundâncias em troca de uma mísera esperança em que elas acertem a cabeça dos mandatários Rubro-Negros. Por isso, Dorival, uma vez obedecida a necessária remoção dos três indivíduos acima citados, repita os 11 que escalar por pelo menos 4, 5 jogos.

5º) Precisamos escalar os jogadores nas posições em que mais rendem. Todos sabemos que Adryan é meia de armação. Falta companheiro a Love? Por que raios contratamos Liedson então? E se Luiz Antonio invariavelmente cai pela lateral direita e que, quando escalado ali de fato, rende bem, por que não efetivá-lo como tal? Extrair o máximo do jogador é capacitá-lo a mostrar o que de melhor ele pode fazer, e isso não apenas passa por treino como também por situá-lo na porção ideal de campo e no papel certeiro dentro da estratégia traçada.

6º) E, por fim, precisamos despertar a vergonha neste elenco. Vergonha de ganhar uma baba e aceitar passivamente tanta porrada. Eliminar uma série de capacidades calamitosas, como conseguir dormir após tantos fracassos, não correr atrás da retomada de posse de bola após perdê-la, passar recibo de otários com sorrisos nos rostos nos atos de fazer faltas e colecionar cartões completamente desnecessários. Cortar essa rotina vexatória de acatar o fracasso com uma paz ghandiana, dando a face após cada bofetada.

***

Já são 100 anos de futebol Rubro-Negro. Embora a vitória tenha sido a tônica da grande maioria deste período centenário, claro que temos nossa caixa de fracassos, de tropeços, de pequenos apocalipses; o problema é quando certeiras soluções para evitá-los - ou ao menos para não agravá-los - passam batidas daqueles que estão lá para conduzir o Flamengo às vitórias. Na minha esperança de torcedor traído, cega, surda, salivante, desejo que Flamengo x Santos enfim tenha sido um choque, um coice, um cuspe na cara de Dorival e de Zinho. Porque para nós, vamos admitir, esse déjà vu já está por demais banalizado.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Dois motivos para Dorival escalar os (bons) garotos

Põe esses aí, treinador!
Antes de qualquer coisa, explico minha ausência: o grande desânimo que bateu em mim (e em boa parte da torcida) com o Flamengo nos últimos tempos. Nós sabemos que o maior problema não é ter o time perdendo, mas sim perdendo desse jeito aí: sem tesão, sem poder de reação, sem se incomodar com o sabor da derrota. Isso, pra quem é Flamengo, é simplesmente inaceitável e entristecedor. Bom, foi isso.

E agora, no fim desta terça, dou de cara com a notícia de que Dorival cogita escalar Adryan e Mattheus contra o Santos. E eu disse mentalmente um grande "Aí sim! Aleluia!"; e isso porque, na minha humilde opinião, Dorival andou escalando os moleques errados.

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Por falar nos garotos da Gávea, nisso eu vou na contramão de boa parte da torcida: eu acho que é preciso escalar todo e qualquer contratado profissional que ganhe para tal. E sustento minha opinião em dois motivos simples.

O primeiro deles é que, quando falamos de garotos, nos referimos a moleques criados na Gávea; e por mais que a pressão de jogar no time principal seja algo completamente diferente do que rola nas divisões de base - e é -, não é possível que, nestas mesmas categorias, eles não tenham adquirido o preparo necessário para o grande momento de suas carreiras.

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O segundo é muito simples: por mais que ainda acredite em Adriano - ou seja, tenha sim a sua parcela de ingenuidade e falta de reflexão -, parte significativa da torcida já entendeu que os jovens jogadores Rubro-Negros não merecem o peso e a cobrança oriunda de meses de Joel e de anos de Patrícia Amorim. Uma confortável maioria sabe não ser justo.

Em outras palavras, realmente não acho que ninguém do banco ou da arquibancada vá queimar os moleques. Então, que venham os certos - a saber, para mim, Muralha, Luiz Antônio, Adryan e Mattheus. Se Dorival for constante nessa aposta - pensemos em 3, 4 jogos os escalando -, tenho certeza de que ao menos não piora. E no panorama em que estamos, cá entre nós, por ora já está bastante bom.

***

Até o fim da semana quero escrever sobre o rolo Adidas x Olympikus. Como já adiantei na página do blog no Facebook, sou contra mudarmos para a empresa gringa. Mas isso é assunto para outro post.

domingo, 2 de setembro de 2012

Flamengo x Inter: inaceitável

Duas verdades: a primeira é que, tanto individual quanto coletivamente, o time do Inter é superior ao nosso; e a segunda é que, mesmo assim, isso não justifica de maneira nenhuma o Flamengo perder de goleada de 4 a 1.

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Vamos de mais verdades? Temos um monte delas. Por exemplo, a de que Léo Moura já estourou a sua cota de jogos com a camisa do Flamengo. Outra? Negueba e Thomás não podem mais ser titulares. O primeiro, por pura incapacidade; o segundo por ainda não ter aprendido que futebol se joga com a cabeça olhando para a frente, e não para a bola.

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Se o Flamengo teve uma sensível melhora com a vinda de Dorival, também já passou aquele gás adicional que costuma rolar num time que troca de técnico - uma empolgação inicial que às vezes bate nos elencos de saco cheio do treinador antigo e que com a mudança acabam correndo mais atrás para mostrar serviço pro novo comandante. E o Flamengo do Dorival é bem mais organizado do que o do Joel, mas ainda peca por conta de um elemento: o rendimento individual.

No Twitter do Mil Vezes Flamengo, disse que espero que a cipoada que tomamos hoje do Inter seja um divisor de águas para o Flamengo neste campeonato. Queria muito que nosso treinador revisse o VT do jogo para perceber as mudanças que devem ser feitas. E não quero ser repetitivo, mas é preciso testar Wellington Silva (ou Luis Antônio) na lateral direita, tirar a vaga cativa de Ibson no meio - outro que, até por questão de preservação, deve ser sacado dos titulares - e pensar na entrada de Adryan e Liedson entre os titulares.

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Dorival não tem culpa de ter um elenco limitado; mas acredito que ele tem melhores opções neste grupo. E se ele não tiver essa certeza depois de uma goleada de 4, não sei quando é que terá. Vamos aguardar para ver o que ele fará. Eu acredito que muita coisa pode e vai mudar. Afinal, não tem outro jeito.