Google+ Mil Vezes Flamengo: Por um Flamengo de meninos no Brasileirão

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Por um Flamengo de meninos no Brasileirão















Os noticiários já apontam como certa a vinda de Ibson para a Gávea. Neste novo retorno, diz-se que o meia ganhará um salário de R$300 mil. E aí?

Pelo que ando checando nas interwebs, a Nação está dividida. Uns acham que Ibson cairá muito bem no time Rubro-Negro, tanto pelo talento quanto pela identificação com o clube; outros acham uma contratação bem questionável pela relação alto custo x benefício duvidoso, argumentando que uma diretoria tão competente como a do Santos - que consegue segurar Neymar, um dos maiores jogadores do mundo na atualidade, por tanto tempo - não liberaria Ibson assim de bobeira se ele estivesse jogando o fino.

Sobre Ibson, bem, eu já andei falando recentemente; por isso, agora quero apenas aproveitar a polêmica em torno da vinda dele e, sobretudo, das cifras envolvidas, para ir para outro assunto...

Não há uma só alma apaixonada por futebol no mundo que não saiba do mar de dívidas em que o Flamengo está atolado. Na semana passada foi divulgado o balanço econômico do Rubro-Negro em 2011, cujo panorama é desastroso. E ainda assim, o nosso presente é o de um time sem patrocínio master e cuja estrela ganha quase R$2 mi, ainda que não faça jus a R$2.000...e, agora, o de Ibson. O que fazer?

Dentro das minhas condições, eu só posso dizer o que eu faria hoje, considerando Ibson já na Gávea. E o que eu faria é muito, muito simples: um Flamengo no Brasileirão com a predominância de nossos juniores no time principal.

Adryan. Thomás. Muralha. Nixon. Camacho. Mattheus. Lucas. Há tempos o Flamengo não tem uma molecada tão boleira - o último coletivo de juniores talentoso desse jeito, pelo que eu me lembre, foi no começo dos anos 90, com Marcelinho, Djalminha, Junior Baiano etc.. Então, por que não pôr essa garotada em campo para nos defender no Brasileirão?

Isso é o que eu faria, sem pestanejar. E enxergo diversas vantagens nisso: são bons; são entrosados; sabem há tempos o que é defender o Flamengo; não ganham salários exorbitantes...

E os profissionais? Dispensaria, de cara, o a$$$tro da companhia, enxugando e muito a folha salarial; e, dentre os demais, deixaria no time titular só Felipe, Léo Moura, Ibson e Vágner Love. O resto, preencheria prioritariamente com os juniores capazes e, sobrando vaga, com os pros que a merecessem de verdade. Pronto. Juntamente com isso, daqui pra frente, tentar estipular um teto salarial, dando fim a essa esculhambação, a essa irresponsabilidade com os cofres Rubro-Negros que dura tanto e tanto tempo.

E muito importante: o Flamengo da molecada no Brasileirão não deveria ter a menor obrigação de título - lembrando que isso não tem nem teria nada a ver com comprometimento, aquela característica que tem que estar sempre no nível máximo em se tratando do Mengo. O Flamengo da molecada no Brasileirão 2012 seria um grande passo do planejamento com vistas a 2013. O objetivo é dar moral, responsabilidade e, sobretudo, calo de profissionais a essa geração que, junta, já ganhou muitos títulos em divisões inferiores.

É isso. Melhor momento para fazer isso o Flamengo não tem. Falta grana, sobra talento na amada e sempre falada base Rubro-Negra. É uma chance de ouro que, infelizmente, a diretoria parece não aproveitar, sequer perceber.

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