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domingo, 8 de julho de 2012

Flamengo x Fluminense: um time nada a altura da festa

União é importante...mas, infelizmente, não basta
A edição centenária do Fla x Flu foi linda...até o apito inicial. Meu Deus, que partidinha feiosa, injusta com a tradição do clássico. E não venham me dizer que a chuva teve participação nisso. Foi um joguinho de bola medíocre, em que mais uma vez o Flamengo de Joel Santana demonstrou sua completa incapacidade de ser verdadeiramente ofensivo. Deu no que deu. E o que deu, afinal?

Vamos em tópicos para ficar mais claro e menos doloroso:

- Nos apresentamos para o jogo de hoje tendo a raça como único recurso. Se você pegar o esforço do time neste Fla x Flu e isolá-lo do resto das coisas, o que sobra é uma equipe que toca para os lados, rifa a bola sem peso na consciência e conta com as bolas paradas e o chuveirinho mal feito.

- Tomamos um gol em mais uma falha de González. Eu ainda só pego leve com ele porque em 70% de suas atuações ele teve que jogar por dois, e aí fica pesado. Mesmo assim, já deu para ver que é o tipo de zagueiro que realmente precisa de um bom companheiro para jogar direito. É isso ou não teremos nem 50% do que se espera de um cara eleito o melhor das Américas em sua posição.

- Tivemos um Ibson irreconhecível. Nervoso, irritadiço e mais perdido do que caramelo em boca de banguela, errando quase tudo o que tentou. Deveria ter saído no intervalo.

- Presenciamos um Bottinelli provando toda a sua irregularidade, com chutes que mais pareciam tentar pôr a bola fora do Engenhão do que acertar no gol tricolor;

- Vimos um Love subaproveitado e rendendo abaixo do esperado. Tem explicação: no que depender do esquema do time ele sequer consegue ser atacante pois se vê obrigado a voltar pra buscar jogo; e aí a coisa desanda. Além disso, ele foi mais um que teve que ser dois, por ter a companhia do inaceitável Diego Maurício, bicampeão do Troféu Bruno Mezenga dos anos de 2011 e 2012 de eterna promessa e que já teve umas 35253 chances no time - todas devidamente desperdiçadas.

- E guardei o pior por último: tivemos que, mais uma vez, aturar os "improvisos" de Joel - assim mesmo, entre aspas. Explico: no futebol, o verdadeiro improviso é aquele recurso a ser utilizado quando não há jogadores originais para as posições, seja por conta de contusão, expulsão ou coisa que o valha. Dito isso, o que Joel faz, decididamente, NÃO é improviso. Adryan como atacante, tendo Hernane e Deivid no elenco? Ibson como armador, tendo Adryan e Mattheus como possibilidades? Luiz Antônio como lateral, com Wellington Silva em condições e podendo escalar o mesmo Luiz Antônio - que hoje foi nosso melhor jogador - no lugar do próprio Ibson?

Isso pra mim, repito, não é improviso: é despreparo, desespero, desorientação.

***


Só não sofremos mais por conta da covardia tricolor, que se bastou no seu gol, sem querer testar o time Rubro-Negro. Uma estratégia traçada por conta do medo de se perder o Fla x Flu do centenário, mas que podemos entender como um mínimo sinal de respeito ao Flamengo - algo que, infelizmente, tem muito mais a ver com nosso passado de glórias do que com o nosso presente de "improvisos", de toques para os lados, de um time perdido e incapaz de honrar aquilo que está no DNA Rubro-Negro: o compromisso com a vitória.

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