Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo e sua prova master de maturidade emocional

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Flamengo e sua prova master de maturidade emocional

Neguinho vai ter que segurar a onda
Enfim veio a resposta do Wolfsburg sobre Diego: não. Uma negativa que frustra mais uma vez a torcida Rubro-Negra mas, de certa forma, não surpreende Zinho, uma vez que ele mesmo já vinha dizendo que, por mais que houvesse a possibilidade da vinda do cara, era difícil que o negócio se concretizasse.

Se tudo der muito certo e houver um mínimo de lucidez por parte do diretor de futebol do Flamengo, Riquelme não é plano B, alternativa ou coisa que o valha, lembrando que o próprio já converteu em palavras o que provou em campo em sua temporada atual: não dá mais para ele. Assim, parecemos ter vetada a chance de um camisa 10 "de fora" para ajudar a equipe do Flamengo na missão de torná-lo criativo. E agora?

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Meu post anterior dizia respeito à necessidade de Zinho tomar providências quanto a criação do time e, mais importante, a eliminação de Joel Santana de seu cargo - prioridade máxima já que o próprio joga contra a necessidade de atacar, por conta de sua (falta de) visão e da sua obsessão por um time defensivista que ainda assim não consegue ser eficiente do ponto de vista defensivo.

Sobre a demissão de Joel, penso, o maior entrave do Flamengo é mesmo o valor a ser pago pela rescisão. E o Natalino não apenas já perdeu o juízo e a razão como, pior, não tem mais qualquer orgulho em se ver desacreditado por Zico e o mundo e ainda assim querer se manter como técnico. Tudo, claro, em nome da grana, que ergue e mantém coisas feias. Mesmo assim, é imperiosa a sua saída. Não dá mais e ponto, e as finanças Rubro-Negras, penso, precisam fazer essa força, sabe-se lá com que engenharia matemática. Zinho, Coutinho e Levy, se virem.

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Dito isto, vamos ao lance do camisa 10. Joguemos com o que temos hoje em mãos: não, ele não vem. Acho que não existe melhor sinal para a torcida dar uma prova master de maturidade: entender que o Flamengo não terá o hepta agora por simples impossibilidade diante do que tem à disposição neste exato momento. Se não vierem novas peças ofensivas que realmente valham a pena sem varrer ainda mais nossos dilapidados cofres, é preciso entender que não se deve cobrar título deste time porque fazer isso é pressionar desnecessariamente aqueles que, neste elenco, tem potencial disso. Veja bem: eu disse "potencial". Me refiro aos meias ofensivos e atacantes - boa parte deles, meninos ainda.

Definitivamente não é um momento de conquistas. Sendo bem otimista, o Flamengo agora precisa abraçar uma fase de preparação para um futuro de médio/longo prazo. Se não dá para contratar caro, não vamos fazer loucura; se não dá pra título, é uma hora para se ganhar casco, maturidade, expertise. Formar conjunto, trabalhar entrosamento, jogadas, o escambau. Pensar em 2013, com dedicação e entrega máximos. Eu já até falei disso de outro jeito mas, por conta da situação, repetir nunca é demais.

Veja só: de jeito nenhum isso significa entregar os pontos. Basta o Flamengo trabalhar sério e, da parte da torcida, não rolar aquelas viagens, de faixas de "O Hepta é Obrigação" e similares. É querer dedicação, mas sem massacre. É simples: se o que temos para o momento não nos faz sonhar com o Brasileirão, com um bom técnico e com a concorrência chinfrim e repleta de babas que temos, ao menos não cairemos. Parece pouco, mas é a realidade de um momento por que vários clubes já passaram, sobreviveram e voltaram aos dias de glória. Nós também podemos isso, e sem segundona.

Quem disse que fazer tudo o que disse acima é fácil? Nada o é, especialmente para o Flamengo. É uma luta inglória, diante de uma torcida que, em sua total razão, não se conforma em ver o time como coadjuvante. Mas, por isso mesmo, temos que entender que, para as glórias chegarem, essa fase torna-se fundamental. Elas só podem demorar mais um pouco. Ou melhor: com o que temos para o momento, fatalmente irão.

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