Google+ Mil Vezes Flamengo: O Maraca...ainda será nosso?

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O Maraca...ainda será nosso?

Se não for do povo, o Maracanã pode ser de todos... menos do Flanengo.
O grito ao qual fiz referência no título foi um símbolo da torcida Rubro-Negra nos últimos momentos no Estádio Jornalista Mario Filho como muitos de nós o conhecemos. Aos poucos, o Maracanã de quem hoje tem pelo menos 15 anos foi mudando. Primeiro, foi o adeus da geral; depois, uma longa pausa, na qual, pouco a pouco, fomos notando que uma transformação radical aconteceria. Uma metamorfose confirmada por muitos que lá estiveram neste domingo para ver o time da CBF contra a equipe da Rainha.

Ao longo do dia, muitos Rubro-Negros falaram em blogs e em suas contas do Twitter a respeito do novo Maracanã e sua elitizada nada básica, e eu não iria ser diferente. Para citar novamente o famoso coro, lembro-me de nosso presidente, Eduardo Bandeira de Melo, repeti-lo algumas vezes ao falar do estádio na época das eleições - especialmente quando questionado a respeito do interesse e das chances do Flamengo em arrendar o estádio...

Vou ser direto ao ponto: ao mesmo tempo em que quero muito que o Flamengo possa chegar a um acordo para ser parceiro da Odebrecht, IMX e AEG na gestão do estádio, penso que, uma vez que isso aconteça, nossos dirigentes precisam ter em mente trazer o Maracanã da Nação realmente de volta a ela. Melhorado, repaginado, claro, mas que continue sendo um pequeno universo bastante representativo do que é nossa torcida: local de ricos e pobres; igualmente um local de favorecidos e de gente que faz o impossível para ali estar e desfrutar do nosso maior prazer de ver o Flamengo brilhar.

Fico assustado ao lembrar da alta dos ingressos nas semis da Taça Guanabara e das pseudojustificativas dadas por nosso Vice-Presidente de Marketing que, tais quais a medida em si, soaram para muitos - eu, inclusive - destoantes da essência Rubro-Negra. E se for para exercer esse pensamento na gestão do estádio, sinceramente, prefiro não tê-lo. Não é esse o Maracanã que a Nação chamava de seu.

Claro que não se trata de um dilema. Óbvio que, com criatividade e competência, é possível preservar a tradição de ter o futebol no velho gigante como sendo um lazer de todos. E nós, Rubro-Negros, em nome de tantos momentos inesquecíveis lá vividos, em nome da catarse coletiva que nunca escolheu bolso, cor ou origem e que fez o Flamengo se revelar e se reforçar tão plural, temos que lutar por isso.

Que os dirigentes Rubro-Negros, na missão de fazer o Maraca é nosso, entendam, enfim, que este não é um direito, mas um dever. Do Flamengo para si, para a história...e para sua Nação.

* * *

Dentre os bons textos sobre o "Novo Maracanã", indico o do Tulio Rodrigues no blog Ser Flamengo , do Gustavo Berocan no Acima de Tudo Rubro-Negro e o do Márcio Braga no Blog Falando de Flamengo.

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