Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo 3 x 0 Atlético-MG: time mudado, freguesia mantida

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Flamengo 3 x 0 Atlético-MG: time mudado, freguesia mantida


















Nada como um jogo após o outro. Ou melhor: por mais que nunca seja necessária, às vezes uma atuação vergonhosa serve para fazer uma equipe acordar e jogar com mais brios, mais vontade, mais tudo. O Flamengo que vimos na tarde deste domingo cozinhar nosso velho freguês mineiro à cabidela felizmente não teve nada a ver com o confuso, perdido e apático time que virou acarajé baiano na quarta...

Porém, não dá para dizer que foi só por conta da garra e do tesão que veio a boa vitória contra o Atlético Mineiro. Antes de qualquer coisa, é importante lembrar que o time adversário estava bem desfalcado de peças importantes, como Jô, Bernard e aquele de quem não se deve dizer o nome; por outro lado, nem vou falar de ressaca de título da Libertadores porque lá se vão três rodadas e não temos nada a ver com a festa alheia. Querem festejar? Ótimo. Jogador amarelão quer se esconder da partida? Melhor pra gente - e foi.

E para ficar ainda mais bacana, finalmente o Flamengo entrou reforçado da ausência de Carlos Eduardo - e isso fez uma diferença astronômica a nosso favor. Não conheço um torcedor Rubro-Negro que ainda sustente qualquer argumento de paciência quanto a uma cada vez menos provável volta por cima de nosso pseudo-astro. Neste domingo, ele esteve onde acredito piamente que deva ficar: de fora. Li pelo Twitter que rola um papo de que os russos aceitam devolução até o fim deste mês. Se isso for verdade, que façamos logo essa entrega!

O Flamengo não teve Carlos Eduardo mas lá estava Nixon. O atacante que, para mim, é da melhor escola BrunoMezenguística (ou ViniciusPachequística) de enganação na frente, quem diria, hoje esteve bem: fez um gol, deu assistência para outro e só para sustentar meu desgosto em relação a ele, perdeu uma chance sensacional com o gol vazio. Mas é isso aí: quero mais é que ele queime minha língua mesmo pois, se já vi tanto craque não fazer nada ao vestir o Manto, por que não posso ver uns perebas mandando bem? Não só aturo como agradeço.

Quem também esteve muito bem foi Luiz Antônio. Creio que, com uma sequência na titularidade e jogando de segundo ou terceiro homem de meio de campo, evoluirá e amadurecerá. Como sempre digo, joga de cabeça erguida, tem bom passe, e está cada vez mais mostrando personalidade, passando bem e concluindo bem e sem temor. Torço para perder o defeito de se desligar de vez em quando da partida; e penso em que isso vá acontecer à medida em que tiver o prestígio de seguir jogando ao lado de Elias, com quem pode aprender, e muito.

Aliás, um parágrafo só para ele. Elias corre o campo todo, combate, passa bem, chuta idem, e já tem uma evidente ascendência sobre o resto do time. A melhor contratação da temporada é o termômetro do time Rubro-Negro, e voltou a jogar uma partidaça. Se continuar assim, a condição de ídolo é questão de tempo - muito pouco, inclusive.

E os demais jogadores do Flamengo? Tirando o hors-concours negativo Léo Moura, jogaram direito também, à exceção de Cáceres. Trazido com credenciais de atleta de bom nível técnico, ele não tem estado à altura de sua função. Se por conta de suas contusões ou por uma simples deficiência natural, o lance é que ele não tem dado à zaga a proteção devida. Já que Chicão está chegando aí, uma possibilidade: por que não testar o jovem e bem falado Samir como primeiro volante? Eu acho uma boa...

No mais, falando em boas e do que temos para o momento neste fim de domingo, a melhor mesmo é constatar que velhos hábitos não mudam...e antigos fregueses, também não. Galo, você pode ser campeão para as negas paraguaias; pra gente e em nossas mãos, vai continuar sendo o mesmo prato típico mineiro de sempre.

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O que também conspirou a nosso favor foi a construção do placar de 2 a 0 em menos da metade do primeiro tempo - mérito de um início frenético que pode e deve ser repetido sempre; no entanto, aquela velha mania de recuar após construir uma boa vantagem como quem parece dar-se por satisfeito tem que ser abandonada e precisa ser eliminada por Mano de nosso time. Em diversos momentos, especialmente no começo do segundo tempo, o Flamengo afrouxou a marcação, dando espaço de campo ao Atlético e deixando nosso adversário gostar do jogo. Não pode.

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É sempre bom ver a parcela brasiliense de nossa Nação recompensada pelo Flamengo. Os caras fazem a festa no Mané Garrincha, e não merecem nada menos do que sair sempre com o gosto da vitória. Mais uma vez, bravo!

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Muita gente implica com a totalidade da caipirada de nosso elenco. Eu salvo ao menos um: Paulinho. Não é craque mas não é cego de bola, é veloz e, diferentemente de Carlos Eduardo, por exemplo, merece ser banco do Flamengo; e se é jogador de um tempo só, que seja no segundo, para testar sua já folclórica correria contra o possível cansaço dos adversários que já tiverem com uma etapa jogada. Hoje, por exemplo, deu certo.

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Diretoria, não bobeie: jogo contra a Portuguesa na quarta à noite é para pegar embalo e abrir o apetite Rubro-Negro para o Fla x Flu de domingo que vem. Por isso, se houver tempo ou recurso, reveja esse ingresso de preço mínimo a R$120. De novo: é quarta à noite. Temos que ter o máximo de representantes da Nação por lá. Vamos maneirar no olho grande....

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