Google+ Mil Vezes Flamengo: Pequeno Manual Vagner Love de como contratar bem

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Pequeno Manual Vagner Love de como contratar bem

Um exemplo a ser seguido

















Bastou pouco tempo para a torcida Rubro-Negra se certificar (e as rivais também) de que Vagner Love foi uma grande contratação do Flamengo. Se tem uma novela que valeu a pena assistir, foi a do retorno dele à Gávea; e, jogo após jogo, ele paga cada centavo nele investido.

Mas a história de Vagner Love no Fla vai além dos gols, das jogadas, da luta e do amor. Pode muito bem ser bastante inspiradora em um momento em que o Flamengo busca - tomara - se planejar para o Brasileirão 2012, reformando o elenco, trazendo reforços para a conquista do Hepta. Aliás, pode, não: deve.

Por isso mesmo, preparei um pequeno manual de cinco grandes lições inspiradas em Love para serem aplicadas em relação a cada postulante a vestir o Manto Sagrado. Deixei de fora a característica mais óbvia - saber jogar bola, o que Vagner também sabe, e muito -, mas foco noutras que nosso atacante ostenta ao defender o Fla. Bora:


Regra #1: Dê preferência para quem é Flamengo 

Balela essa história de dizer que não existe mais amor por um clube. Desde o minuto 0 de sua primeira vinda para o Fla - na cena inesquecível em que ele não segura as lágrimas ao pôr o Manto -, dá para perceber o quanto Vagner o respeita e o ama. E tem como não entender o quanto isso faz diferença no seu desempenho e dedicação?



Regra #2: É ex-jogador do Flamengo? Então dê preferência a quem quer realmente voltar para o clube 

Acabamos de saber de mais uma recusa de Juan em voltar a jogar no Mengo - uma dentre algumas situações iguaizinhas já vividas por nós. Além de o não-retorno já ser ruim por si só, pega mal pra gente e até pro cara. O que custa fazer uma consulta prévia para saber se a ideia de um retorno seria bem-vinda do outro lado? Pois é. Love sempre deixou claro o que queria mesmo, mas o melhor mesmo é que era tudo verdade.


Regra #3: Fuja dos camisas secas

Esta é quase uma continuação da Regra #1; e só não é porque, nesse caso, independe de o jogador ser Flamengo. Já vi muitos caras identificados com outros clubes chegarem ao Mengo e honrarem o Manto jogando o fino e suando o Manto, assim como já vi trocentos mutreteiros prometerem amor e entrega e, na hora h, se omitirem, tirarem pé de dividida e saírem de campo mais secos do que entraram.

Se tem um ditado que nunca deveria ser esquecido na Gávea, e que merecia uma placa na entrada de todos os vestiários de todas as modalidades é: "Se não serve ao Flamengo, não serve para o Flamengo".


Regra #4: Fuja de quem é chorão. Pra ser Flamengo tem que ser valente e engolir mimimi 

Love acaba de ganhar mais uns 8738924 pontos comigo ao comentar o efeito suspensivo obtido pelos vices para pôr no jogo das semis da Taça Rio seus jogadores suspensos no último Flamengo x Asco. Disse ele: "É melhor assim. Se perder, não vai ter desculpa nenhuma".

Love poderia ter caído na armadilha da pergunta e fazer exatamente como os vices, os alvinegros, os tricolores e todos os diversos pertencentes à divisão lacrimogênea bundamolística que assola o futebol nacional, mandando ver aquele mimimi chataralho; mas não: de uma forma simples e 100% Rubro-Negra ele disse, com outras palavras, que pode vir o bacalhau que vier que a gente encara e come. É ou não é a declaração mais foda?

Portanto, dona diretoria, se pensar em trazer alguém que possa suscitar o comentário "Ah, mas é um pouco reclamão", nos faça um favor: deixe-o em seu devido lugar, que é bem longe da Praça Nossa Senhora Auxiliadora. Amém. Ah. Falando em amém...

Regra #5: Não precisa procurar santo, mas o cara tem que ter juízo 

Garrincha, Gérson, Almir, Leandro, Renato... Tanto em sua antiguidade quanto na era contemporânea, a história Rubro-Negra é pródiga em jogadores que passa(ra)m longe de um comportamento digno da Associação Cristã de Moços e que, ainda assim, trata(va)m de eliminar qualquer muxoxo em relação à boemia fora de campo comendo a bola dentro dele.

Love - declarado defensor da cervejinha na folga e que, como todos sabem, é um apreciador da vida noturna - sabe bem separar o momento certo para cada coisa, e definir o limite que a farra precisa ter na vida de quem joga. Parece simples, mas sobram jogadores que não conseguem enxergar essas fronteiras. O Flamengo precisa ser um clube de pessoas comprometidas - como bem diz o Muhlemberg, de "gente fechada com o certo" - e não uma mistura de rehab e mulher de malandro.

***

Se liga, diretoria. Humildemente, acredito em que, se forem seguidas as regrinhas acima - e, claro, havendo alto critério técnico -, nosso risco em errar numa contratação cairá bastante. A grana é curta, o tempo tá passando e outros tantos problemas nos apontam que a gente não pode errar de bobeira.

Como meu velho pai dizia, a vida é só feita de bons exemplos: de como se fazer e como não se deve fazer. Se Love não é um bom exemplo da primeira categoria, eu não sei qual outro seria; e se tivéssemos pelo menos outros 5 iguais a ele, duvido de que nosso momento seria tão chato como o de agora.

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