Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo x Ponte Preta: o Feitiço do Tempo da vida real

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Flamengo x Ponte Preta: o Feitiço do Tempo da vida real

Joel e o rostinho bonito de sempre, combinando
perfeitamente com a bolinha do time...
Talvez você conheça "Feitiço do Tempo". De título original "Groundhog Day", é um filme com uma história curiosa, em que o protagonista, vivido por Bill Murray, tem a inusitada experiência de acordar sempre no mesmo dia e viver sempre as mesmas coisas.

Mesmo que você jamais tenha ouvido falar deste longametragem, pelo menos já está familiarizado com essa sinopse - para isso, basta ser Flamengo e ter acompanhado de perto o atual desempenho de Joel Santana como comandante do time. Fazendo um rápido retrospecto, passamos batidos por um carioquinha, mal e porcamente por uma Libertadores, vamos nós para a terceira rodada do Brasileirão, e a história não muda: da esperança cega em uma vitória antes do confronto da vez, muito mais na base da vontade do que na organização e da categoria, passando pelo emputecimento com a mínima falta de coordenação apresentada na hora da partida e culminando na safada coletiva pós-jogo de nosso treineiro falando sempre as mesmas coisas: "É um campeonato difícil", "O time tá ganhando corpo", "Não tá fácil pra ninguém" etc.

Pra tentar mudar alguma coisa, cá estou eu tentando fazer a minha parte, resistindo bravamente a dar um copy+paste em qualquer texto meu de pós-jogo pra definir a vergonha que acabo de testemunhar. Antes da bola rolar, São Pedro também tentou dar uma mexidinha no cenário, mandando uma chuva em Campinas que só fez tornar a coisa ainda mais bizarra, como no primeiro gol que a Ponte fez - que, de tão ridículo, merecia muito ter como trilha a música de abertura dos Trapalhões tocada nos alto falantes do Moisés Lucarelli.

Houve alguma graça, também, no gol do Renato Abreu, jogador que, como todos sabemos, é bastante contestado pela torcida. Não adianta: eu gosto do Urubu Rei. Acho que o grande problema em torno dele é a falta de jogadores titulares. Renato, penso, é cara pra compôr elenco, sendo um bom banco. Mas hoje, diante do futebol escroto - só falando assim - mostrado pelo Flamengo, acho que nem seus críticos mais ferrenhos ousaram encher tanto o seu saco. Arrumou um golzinho, deu algumas de suas clássicas pancadas para o gol... Enfim, mais ajudou do que atrapalhou. Em outras palavras: exceção.

Outra exceção neste time é mais um elemento que colabora para o Feitiço do Tempo Rubro-Negro: Vagner Love. Jogo sim, outro também, nosso atacante deixa o seu. Tudo merecido, tanto pela categoria quanto pela luta. E vejam o paradoxo: talvez por fazer tanto bem ao Flamengo, Love possa estar ligado a um grande mal: a manutenção de Joel Santana como nosso treinador.

E é nesse momento que eu resisto a ser mais uma vítima do maldito poder de Joel Santana de criar o mais do mesmo evitando, neste texto, escrever novamente todas as críticas que já fiz a ele. Não as repito, mas elas seguem as mesmas, só que cada vez mais evidentes e pertinentes.

De tanto déjà vu, daqui a pouco deixo de me irritar com Joel. Afinal, ele é extremamente coerente com seu despreparo, e só está onde está porque o deixam ali. Certo mesmo é se inconformar com estes que nada fazem para mudar sua presença no Flamengo. Estes sim, parecem se dedicar, rodada a rodada, a querer exibir um filme inédito na Gávea, mas que já vimos em outros clubes por diversas vezes. Os atores podem ser outros, mas o roteiro é bem parecido. E é aí que mora o perigo.

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Paulo Victor é bom mas, com Felipe em condições de jogo, ele não é titular não.

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Vi gente falando mal do Wellington Silva, lateral que entrou no lugar do Léo Moura no segundo tempo. Com esse time, não dá pra falar de desempenho individual de novos não. Todos entram na fogueira, tendo que atender uma carência imensa da torcida por conta do mau desempenho do grupo. É injusto.

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Falando nisso, Hernane foi a passeio pra Campinas. Que pena. Se fosse volante, certamente teria estreado.

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Em tempo: a coisa anda tão esquisita que, hoje em dia, a entrada de Negueba não piora o Flamengo. Pelo contrário: o gol de Love veio num cruzamento dele. São ou não são tempos sinistros?

Um comentário:

  1. 2X2 . Atuação desastrosa. Felipe é o goleiro titular. Magal inexiste (Como o Júnior César foi dispensado?).No meio campo falta um cérebro. Love, embora mais uma vez goleador, pra mim, teve uma atuação suspeita, de amigo magoado de R10. O técnico mexeu mal mais uma vez e não me parece ter o grupo na mão.

    Resumindo, a continuar assim, o futuro é o Z4.

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