A vitória veio; mas e o time "perfeito"? |
De cara, me veio a pergunta clássica: "O que será que eu perdi?". Questão que eu poderia decompor em diversas outras, tendo em vista que se trata do Flamengo de Joel Santana:
* Será que, desta vez, a defesa não se complicou, jogando mais sério, sem expor tanto um goleiro que já mostrou que não se garante tanto quanto se pensava?
* Será que, desta vez, houve algum entrosamento maior do meio-campo, alguma criação de jogada, uma saída mais rápida e eficaz para o ataque em vez do velho chutão?
* Será que Joel usou bem e no tempo certo de jogo as opções do banco, sobretudo as criativas e ofensivas?
* Será que os laterais estão conseguindo de fato ir à linha de fundo, em vez de optarem por aquele cruzamento no bico da grande área, muitas vezes preguiçoso?
* Enfim, será que os bravos abnegados que compareceram ao Engenhão tiveram pela frente um Flamengo que, ao menos, pode começar a dar esperanças de dias melhores à Nação?
Quando fui ler as notícias sobre a partida, indo além do que dizia o magro placar, e logo vi que ele se justificou; e que se, de fato, eu fizesse as perguntas acima a quem viu o jogo, o "não" brilharia solitário no gabarito do miniquestionário. Além disso, tive a cereja do bolo ao ler a constatação de Joel de que a equipe que ele prometeu estar "perfeita" em duas rodadas - ou seja, que deveria ter mostrado um futebol irretocável contra o Santos - "ainda não encaixou".
Me vejo então obrigado a repetir a ladainha chataralha de que, no melhor cenário possível, o máximo que teremos com o Flamengo de Joel Santana é isso aí: vitórias franzinas, e ainda assim conquistadas sobre as fracas equipes candidatas ao rebaixamento ou sobre os times reservas dos clubes que ainda disputam /priorizam outras competições - uma moleza com data próxima para terminar.
Hoje, a grande notícia que um Rubro-Negro que acaba perdendo um jogo do Flamengo pode ter é essa aí: três pontos a mais e pronto. Matematicamente falando, resolve. Só que o Flamengo verdadeiro não é esse da continha de "faltam tantos pontos pra nos livrarmos do rebaixamento", o do "satisfatório", o do "passou raspando".
Torço para logo chegar o dia em que, se eu perder um jogo do Flamengo, lamente profundamente ter dado o mole de não ver um belo futebol em campo traduzido em vitória, e não ter deixado de ver uma exibição sofrível, resolvida com um pênalti no fim do jogo, cobrado por um jogador - putz, torcida! -vaiado.
O Flamengo, hoje, oscila entre o inaceitável e o "apenas suficiente". E aí minha última pergunta: até quando?
Nenhum comentário:
Postar um comentário