Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo x Bahia: mais do que três pontos para se comemorar

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Flamengo x Bahia: mais do que três pontos para se comemorar

É sério: pela primeira vez neste Brasileirão vi o Flamengo sair de um jogo com um saldo positivo além dos três pontos conquistados. Tudo bem que a vitória foi sobre um Bahia muito do meia boca; mas o fato de termos jogado a maior parte do tempo com um a menos e mesmo assim termos conseguido a vitória também não pode ser ignorado...

Felizmente o tal do caldo que eu cogitei no post de pré-jogo de fato acabou acontecendo - ok, pelo menos parte dele. Faltou um pouco mais de bola ao Adryan, mas sabemos que ele não jogou realmente na armação de jogadas; e ele já mostrou ser digno de toda a paciência do mundo que merece uma real prata da casa. Por sua vez,Deivid ficou novamente devendo. Já Ramon alegou uma síndrome de Fellype Vomitel um mal estar que não lhe fez render o esperado. O Manto pesa, cara. Saiba disso desde já.

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Individualmente, porém, as maiores decepções* foram Ibson e Luiz Antonio. Quanto ao primeiro, tirando a atuação na partida de seu retorno, até agora não apresentou um bom futebol. Sofreu o pênalti, mas quase faz a cagada do século nos instantes finais de jogo. Se não fosse o bandeira marcar corretamente o impedimento do sujeito do Bahia... Já sobre LA, parte de seu fraco desempenho se deve ao gênio (NOT) Joel Santana.Ao comentar o jogo pelo Twitter do Mil Vezes Flamengo, durante o primeiro tempo citei algumas vezes a avenida do lado direito de nossa defesa. Tava meio que mapa da mina: sempre que ia ao ataque, LA demorava a retornar, e isso sem ter ninguém cobrindo sua subida. O Bahia não demorou a notar isso e não só fez o seu gol por lá - que, obvio, tinha que ser de um ex-Rubro-Negro - como arrumou os cartões de Luiz também. Se é para improvisar, Joel - o que eu já acho que está errado -, não era para ao menos acertar a cobertura dos ataques de Luiz?

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Bom, enfim, falemos do tal saldo positivo. Sobre os mencionados no post pré-jogo, tivemos um Arthur Sanches que não decepcionou, fazendo uma dupla interessante com Marllon; e Hernane nos dando um belo gol e participando efetivamente do jogo. Vamos com calma, mas os dois passaram neste teste. Por mim, seguem titulares. Outro grande destaque: Paulo Victor. Deitou e rolou, garantindo a vitória. Se continuar assim, Felipe realmente terá que ter uma justificável paciência...

No entanto, não foram exatamente as boas atuações individuais de alguns jogadores do Flamengo o que mais me satisfez nessa vitória. Curti para valer a vontade de acertar do grupo Rubro-Negro; desta vez, essa gana me parece ser diretamente relacionada ao fato de ser um time carente de estrelas, de talentos já lapidados e reconhecidos.

Do grupo que hoje foi a campo, 8/11 é de jogadores de começo de carreira, que buscam glórias maiores, e cujos brilhos individuais e salas particulares de troféus ainda não são compatíveis com qualquer nível de estrelismo. Talvez de alguma forma eles estejam enxergando no momento do Flamengo aquela velha história de que, às vezes, supostos problemas podem ser convertidos em felizes e bem aproveitadas oportunidades. Se o Flamengo não trouxe ídolos, por que não pode começar a fabricá-los? Se não tem um elenco estelar, que fatalmente levaria a grande maioria que hoje se apresentou para o banco, por que não tentar render o melhor?

Não sou iludido. Sei que foi o Bahia, sei que o Flamengo é um time em formação, comandado por um cabeça de bagre, e que muito tem a realizar e a provar; mas não dá para ver a vibração do time após o jogo, a corrente realizada pelos caras e não imaginar que, de um jeito meio torto, sob uma densa nuvem de incredulidade, pode estar nascendo um grupo de jogadores fechados entre si por entender que talvez, talvez, eles podem ser algo que surpreenda justamente por termos pouco ou nada a esperar deste Flamengo que hoje aí está.

Será que, na ausência de um cérebro no comando, a soma da vontade coletiva e do talento individual pode nos levar a algum lugar neste Brasileirão? Mais umas duas vitórias dessas e essa mosca vai pousar em definitivo na minha cabeça...e, com ela, a esperança talvez retorne a esse velho coração Rubro-Negro.

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Sim, foi pênalti.

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Podem me atirar pedras e obeliscos, mas eu gostei da sacanagem de Renato contra Mancini. E acho o Renato um cara bom pra termos no grupo. Não é para ser titular, mas é boa opção no banco...e curto sua postura agregadora.

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* Você pode estar se perguntando: "E Negueba e Diego Maurício?". Sobre esses, são hors-concours em matéria de perebice. Por mim, não voltariam de Pituaçu nem por meio acarajé.

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