Google+ Mil Vezes Flamengo: Meus Jogos Inesquecíveis: Flamengo 4 x 2 Fluminense (1991)

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Meus Jogos Inesquecíveis: Flamengo 4 x 2 Fluminense (1991)

Com toda essa história de centenário do Fla x Flu, fiquei pensando qual foi o mais especial confronto dos dois times em que o Flamengo saiu vitorioso que eu vi; e, com vários na cabeça - para citar alguns, o de Bottinelli no ano passado, o da despedida de jogos oficiais de Zico, e o do baile de Adriano no 5 x 3  -, resolvi falar de um que vi ao vivo: o segundo jogo da final do Cariocão de 1991.

Se procurar direito no meu armário, talvez consiga encontrar o ingresso com o placar do jogo anotado no verso, com os gols de Uidemar, Júnior e Zinho (2) contra os de Ézio e Vágner. O mais legal ao me lembrar desse jogo é ver que aquele time era a base/quase totalidade daquele que se tornaria pentacampeão brasileiro no ano seguinte; e que, se tinha um comandante incrível como Júnior, um goleiraço chamado Gilmar e um matador apelidado Gaúcho, essa equipe foi o que foi muito mais pelo conjunto do que por talentos individuais. Os gols do Flamengo na partida comprovam bem o que eu digo:


 


Notaram? Nenhum foi um golaço de mérito individual. Todos foram frutos de tramas, de toque de bola, de cabeças erguidas para fazer assistências muito conscientes. De futebol de equipe, fórmula há milênios revelada e comum a todos os times que vencem, gerando resultados inquestionáveis como esse.

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Uma curiosidade sobre essa partida: talvez este tenha sido a atuação mais tenebrosa de Júnior Baiano na zaga Rubro-Negra que eu tenha presenciado. Na época, ele ainda era muito, muito garoto e, segundo a reportagem, teria se acabado de chorar no vestiário após o jogo, mesmo com a vitória e o título, por conta de sua apresentação vexaminosa. Enquanto isso, Washington Rodrigues, famoso comentarista de rádio do Rio, dizia em sua resenha: "Baiano, meu filho: você ainda é novo. Vai fazer outra coisa da vida, como um cursinho de computação...". Que bom que Baiano seguiu carreira, tornando-se um bom zagueiro -  salvo, claro, algumas pixotadas que hoje, olhando para trás, vejo que ao menos serviram para fazer dele um folclórico ídolo Rubro-Negro.

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Quando eu penso no que eu faria como técnico, às vezes eu me acho meio bobo de tão elementares que são minhas ideias. Por exemplo, às vésperas deste Fla x Flu, correria atrás de vídeos de confrontos passados entre os dois times só para entender qual foi o caminho da vitória. Em seguida, mostraria o mesmo vídeo ao meu time. E, para finalizar, procuraria no elenco as peças que poderiam realizar tais papeis e funcionarem coletivamente de forma aproximada às do passado para treiná-las e escalá-las. Poderia e posso estar errado, mas ao menos erraria de fato tentando fazer o Flamengo respeitar sua história, criada a base de jogos como esse Fla x Flu.

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