Google+ Mil Vezes Flamengo: Pelo Flamengo...e contra a imprensa leviana

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Pelo Flamengo...e contra a imprensa leviana

Uma das maiores características do Flamengo é a sua vocação para a grandeza. Isso é inegável, tanto para o bem quanto para o mal. Neste segundo e desagradável aspecto, é um clássico exemplo a forma com que a máxima de que "quem conta um conto aumenta um ponto" se perpetuou na relação do clube com a imprensa. No caso Rubro-Negro, o tal ponto, nas mãos dos boateiros de plantão e dos maus jornalistas, costuma virar uns 250. Isso sem falar nas vezes em que o tal "quem" simplesmente não existe, sendo a "informação" mero fruto de imaginação terrivelmente fértil.

Não se pode culpar somente os maus profissionais de imprensa por conta disso. O clube, por anos e anos, os acostumou a essa central de boataria. Pior ainda: se valeu dela em muitos casos para desviar assuntos relevantes (e reais), apagar vexames (no campo ou fora dele), desviar o foco de condutas pouco nobres. Reconheçamos, Rubro-Negros: foram muitas bolas fora de nossa parte.

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Quando surgiu, a Chapa Azul colocou-se como um "basta" a um bando de práticas perniciosas que consomem o Flamengo, e das quais alguns flamengos fajutos tanto se fartaram também. Ainda que não esteja no poder, Bandeira de Mello e companhia já tiveram a chance de, a partir do primeiro momento de sua vitória, começar a ceifar um desses males pela raiz: justamente o do abastecimento de falácias e rumores acerca do futuro do Flamengo a partir do próximo 2/1, início da nova gestão. Em meio aos primeiros boatos disparados sobre seu governo e medidas, diziam e dizem os nossos novos dirigentes: confiem apenas nas informações provenientes de fontes oficiais. O que vem de fora delas simplesmente não se deve levar em conta.

Por dias vimos parte da imprensa roer cotovelo por conta do não-vazamento de informações e diretrizes da turma da Chapa Azul; e um grupo de jornalistas - a facção alimentada a base de fofocas - reagiu a essa escassez da forma com que sempre soube agir: com "chutes jornalísticos" (aspas mais necessárias na segunda palavra), criando diversos factoides. Alguns deles gerados apenas para satisfazer a eterna fome de informações da torcida, como a citaçao de nomes de possíveis jogadores, de prováveis dirigentes, de supostas quedas, retornos e novidades para o Flamengo de 2013.

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Ruim? Claro; mas antes fossem só estes os rumores. Há piores: aqueles criados para tumultuar o ambiente do clube e desestabilizar covardemente quem ainda sequer teve a chance de assumir o comando do Flamengo.

Desde a noite do dia 3, quando foi eleita, a Chapa Azul não se manifestou sobre os rumores mal-intencionados ou não; porém, hoje, por conta de uma publicação em um jornal carioca, o grupo publicou no site da chapa um comunicado desmentindo a tal "matéria", a respeito de supostos poderes e  atribuições de Kleber Leite na nova diretoria. 

Não posso ver com melhores olhos essa medida. Como disse, dentre as oportunidades de o Flamengo reescrever diversos capítulos errados em sua jornada, está a de acabar com o mau jornalismo praticado por vezes em torno dos assuntos do clube; e esta providência aponta a disposição dos nossos novos dirigentes em fazê-lo, em nome de um outra vocação do clube: a democracia.

O Flamengo veio do povo, é do povo, e deve sempre ser dele. Por conta disso, deve sempre ser democrata, e prezar a liberdade de informações. E zelar por ela é também cuidar da verdade dos fatos, a fim de que a torcida Rubro-Negra não seja mais iludida ou ludibriada como tanto já foi.

Bom ver a disposição da Chapa Azul em responder a quem prefere especular a apurar, aos que escolhem o caminho fácil e preguiçoso das invenções de notícia em vez de seguir o trabalho de entender e divulgar os fatos como de fato são. Diante dessa postura, caso se firme - e espero que isso aconteça -, o novo Flamengo terá a chance não apenas de dissipar as nuvens de boatos que se acostumaram a pairar sobre a Gávea, mas de, ao fazê-lo, ajudar os órgãos sérios de notícias a distinguir bons e maus jornalistas e, consequentemente a colaborar com uma imprensa esportiva mais séria e responsável.

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