Google+ Mil Vezes Flamengo: Dorival Junior e Jorginho: a instabilidade e a aposta

terça-feira, 19 de março de 2013

Dorival Junior e Jorginho: a instabilidade e a aposta

Lá se foi Dorival Junior...e cá veio Jorginho. Esta é a novidade mais recente do começo de ano já esperadamente morno de um Flamengo que busca arrumar a casa e resgatar sua dignidade - algo que, na bola, definitivamente, ainda estamos no começo da jornada, que esperava estar mais adiantada com nosso recém-saído comandante.

Posso dizer que, quando Dorival Junior chegou para treinar o Flamengo, eu estava dentre os empolgados. Acreditava que ele poderia representar a sacudida que o time merecia, espanando para o passado os métodos (?) de Joel. Claro que a coisa melhorou, mas esteve longe de ficar boa. Aliás, esteve longe de ficar, já que regularidade não é uma palavra que possa descrever o trabalho do treinador.

A verdade é que, lamentavelmente, Dorival não conseguiu fazer um trabalho consistente, e não há como pôr culpa em problemas extracampo. Em oito meses de clube, não achou um time ideal, oscilando constante e radicalmente suas escalações. Jogadores que disputavam uma partida como titulares sequer apareciam dentre os relacionados para o jogo seguinte, e vice-versa. Nada contra experiências e ousadias...desde que, após alguns meses de conhecimento do grupo ele realmente consiga achar seus 11 e, consequentemente, a melhor forma de fazê-los jogar. E mais: para piorar, Dorival ainda por diversas vezes provou ser um treinador ineficaz em suas substituições

Por fim, um outro desapontamento causado pelo treinador: para muitos que esperavam ter nele o algoz da titularidade vitalícia de alguns jogadores há tempos questionados - caso de Léo Moura e do Ibson do segundo semestre de 2012 -, ele representou justamente o contrário, parecendo em diversos momentos simplesmente se conformar com aquilo que muitos torcedores apontam como os donos do time.

Por esses motivos, Dorival representou uma grande decepção - não pelos resultados, mas pelo que poderia nos levar a eles. Quando queríamos ousadia, muitas vezes tivemos o mais do mesmo; quando queríamos ofensividade, muitas vezes vimos o time repetindo o pesadelo da overdose joelística de volantes.

Agora, vem Jorginho para viver o começo de sua carreira como treinador de clube grande - porque, convenhamos, América e Figueirense não contam. De início, me desagrada a proximidade que ele tem de Léo Moura, jogador que fez muito pelo clube mas há tempos merecia uma placa do Flamengo pelos serviços prestados no passado e pronto; mas tendo a dar o crédito a ele, até mesmo pelo passado como um dos maiores laterais direitos que vi vestir o Manto. Ok, sei que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas vamos lá.

A verdade é que o que Jorginho tem é uma oportunidade de ser no futebol o sopro de renovação positiva que o clube vive agora. Que ele a enxergue e, de fato, seja o que esperávamos em Dorival: alguém que encontre um time dentro do elenco, um esquema para esse time e que, sobretudo, demonstre nessa equipe a meritocracia que tanto tem a ver com esse novo Flamengo que surge em passos curtos porém firmes. Boa sorte para ele, e que tenha o mesmo sucesso que obteve com a camisa 2.


Um comentário:

  1. Ele gosta do Leo pois eles falam a mesma lingua em matéria de religião,o Juca Kifuri falou hoje a noite e o que eu ouvi eu não gostei,mas espero que este moço tenha mudado e de alguma alegria ao Mengo,o Juca não acredita.

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