Google+ Mil Vezes Flamengo: Estamos sempre contigo, Oscar

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Estamos sempre contigo, Oscar

Dentre algumas grandes lembranças que tenho de Oscar, quero contar duas. A primeira é de 87. No mesmo ano em que ganhamos o tetra no futebol, a seleção brasileira de basquete realizava um feito incrível: na final dos Jogos Pan-Americanos, realizados em Indianápolis, EUA, ao lado de Marcel, Cadum, Guerrinha e outros, Oscar impunha uma derrota implacável à seleção da casa. Os inventores do esporte tinham em seu time nomes que depois viriam a estrelar o insuperável Dream Team das Olimpíadas de Barcelona, como David Robinson e Chris Müllen. Porém, aquela final foi do Brasil. Mais ainda: de Oscar.

Quatorze anos depois aconteceu a segunda recordação. E foi na Gávea, após um treino do time de basquete profissional do Flamengo. Eu, então produtor da equipe de esportes da Rede Globo, estava no meu clube do coração como profissional, e com uma missão especialíssima: fazer o nosso camisa 14, Oscar, relembrar a emoção de seu adeus à Seleção nos Jogos de Atlanta, em 96. Lembro que, na época, fiquei ansioso demais; afinal, nunca tinha entrevistado uma estrela do quilate do Oscar até então - e por "do quilate", entenda-se "o melhor de seu esporte nacional em todos os tempos".

O papo foi ótimo, e Oscar mostrou-se dono de uma simpatia tão certeira quanto sua Mão Santa em quadra, que lhe rendeu o clássico apelido. Ele riu, chorou, recordou-se com o coração aberto daquelas cenas históricas para ele e para o basquete brasileiro. E ao ouvi-lo diante de mim, tive aquela sensacão de grandiosidade que se tem ao se estar ao lado de um fora de série.

Ao fim da entrevista, não consegui deixar meu coração Rubro-Negro à parte: lembro-me de que pedi ao Oscar que esperasse um pouco, pois não podia ficar sem um autógrafo dele no Manto. Então, fui correndo à FlaBoutique comprar uma camiseta 14. Lá, consegui não sei como uma caneta Pilot. E fui com os dois nas mãos até o ginásio. Ele estava lá, esperando, solícito. Sorridente como sempre, escreveu: "Ao Carlos, com um abraço do Oscar". Nem preciso dizer que a tenho até hoje.

Hoje, soube da nova grande luta de Oscar - desta vez, contra um adversário cruel e covarde chamado câncer. E queria apenas ser mais um a reverenciar este ídolo da história do Flamengo, mandando, através de pensamentos e destas linhas, as melhores vibrações para que ele, a exemplo do que fez com tantos oponentes, vença mais este com a garra e a energia de sempre.

Força, Oscar. Força sempre. E conte sempre com essa Nação que tanto gosta de você.

* * *

Além do desejo de pronta recuperação de Oscar Schmidt, um outro: que o time de basquete do Flamengo, na final de sábado contra o Uberlândia, preste alguma homenagem a este nosso heroi. Na minha vontade, a porção da Nação que estiver presente e, claro, até mesmo nosso adversário, estão convocados a fazer o mesmo. Isso precisa acontecer.







Nenhum comentário:

Postar um comentário