Google+ Mil Vezes Flamengo: Basquete Rubro-Negro, bicampeão do NBB: um título coberto de merecimento

domingo, 2 de junho de 2013

Basquete Rubro-Negro, bicampeão do NBB: um título coberto de merecimento


Se no incrível, escalafobético e singular mundo do futebol nem sempre o time que merece vence, o mesmo não se pode dizer do basquete. E uma vez que a justiça impera no esporte da bola laranja, o título da temporada 2012-2013 da NBB não podia parar em outras mãos que não as nossas.

Porém, isso aqui é Flamengo e, por mais tenhamos pego um indiscutível primeiro lugar na fase de classificação, batendo o recorde acachapante de 20 vitórias seguidas, é claro que a final seria embaçada. No nosso caminho estava o Uberlândia, do técnico Hélio Rubens e seu filho Helinho - fregueses nossos  de tempos mas que sempre costumaram vender suas derrotas bem caro...

Por um tempo, o Uberlândia honrou a segunda tradição dos Hélios - mas muito mais por nervosismo da parte dos nossos jogadores do que outra coisa. Na primeira metade do jogo, defensivamente aparecemos bem dentro do garrafão, mas fora permitimos muitos tiros de três certeiros de Gruber, Collum e Robert; e no ataque, nossas bolas de fora simplesmente não caíam. Se metade das bolas de 3 chutadas por nós tivesse caído, certamente teríamos ido para o segundo tempo mais tranquilos; mas acabamos indo com desvantagem de 1 ponto, com o placar de 34 a 33 pro time mineiro - uma história bem parecida com a do último jogo das semi contra o São José.

Na segunda parte da partida, depois de um puxão de orelha e alguma Maracugina, José Neto deu jeito no time...e o resto virou história. Gegê cadenciou bem o jogo, Duda apareceu bem menos afoito, sem chutar tanto de 3 mas dando assistências importantes, Olivinha foi pura raça, Marquinhos desencantou, Zanotti foi bem, Shilton mostrou garra... E Caio Torres, o gigante gentil Rubro-Negro,  brilhou debaixo da tabela, tornando-se cestinha com seus 23 pontos. E tudo, tudo amparado pelo jogador que fica do lado de fora da quadra como se estivesse dentro dela: a Nação, incentivando sem parar quando a bola era nossa, atrapalhando com um esporro monumental quando a bola era dos outros.

Resultado: o jogo acabou de verdade a 2m30s do cronômetro zerar. Torcida gritando olé, jogadores mal segurando a vontade de festejar...até que, aos 50s para o fim, o grito de campeão ecoou na HSBC Arena, e o alarme do cronômetro tornar-se mera burocracia. 77 a 70 e o título era finalmente nosso.

De novo: se a justiça costuma ser um convidado por vezes incômodo no futebol, no basquete ela vem e reboca tudo que vê pelo caminho com todas as boas vindas: além do Flamengo Bicampeão do NBB, Caio Torres foi o MVP da partida e Marquinhos o MVP do campeonato. Motivos de festa para fazer 17 mil pessoas terminarem roucas de tanto cantar a alegria de sermos Rubro-Negros e termos o melhor basquete do Brasil. Mengo!



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