Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo 3 x 0 Criciúma: o reencontro com o mínimo

sábado, 8 de junho de 2013

Flamengo 3 x 0 Criciúma: o reencontro com o mínimo

E enfim, na quinta rodada do Brasileirão, o Flamengo desencantou. E quando isso acontece logo após a saída de um treinador que não vinha bem, dificilmente o torcedor não sucumbe à tentação de justificar a vitória tentando explicar as derrotas anteriores ao atribuir a elas um complô para fritar o ex-técnico. Como eu disse, se isso acontece com frequência, ainda mais no que rolou com Jorginho...

Enquanto isso, peço licença para discordar desse pensamento, mesmo entendendo que existe um grande argumento a favor de quem pensa numa conspiração dos jogadores contra o Jorginho: a inconsistência do ex-técnico em escalações e substituições. É fato que Jorginho simplesmente não conseguiu achar um time; e em sua busca, cansou de cometer injustiças e incoerências, às vezes sequer relacionando para a partida jogadores que poderiam ser muito úteis, por outras escalando quem não merecia, em muitas subsituindo de forma incorreta quem vinha bem num jogo para deixar em campo quem estava terrivelmente mal...

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Fato é que, tirando uns poucos (ou talvez só mesmo Renato Abreu), ninguém estava seguro com Jorginho. Pior: poucos conseguiam ter uma sequência de jogos, pois o Flamengo do ex-técnico era que nem sentença de juiz e fralda de bebê . Por vezes, parecia que ele decidia parte dos escalados no melhor estilo sorteio de bingo. E aí, meu amigo, fica difícil mesmo ter motivação e contentamento num ambiente em que a meritocracia passa longe - não que isso justifique qualquer corpo mole e, veja bem, não, não justifica.

Porém, volto a afirmar: na minha opinião, falar que o Flamengo que deu de 3 a 0 no Criciúma venceu porque pôs uma suposta vontade que não vinha usando sob o comando do Jorginho é não só simplista e errado como injusto com o que o interino Jaime de Almeida levou a campo.

E sabem o que ele fez? Nada brilhante, nada espetacular, nada genial: apenas o mínimo que se espera de um treinador de um time como o Flamengo.

Antes que venham me dizer, me adianto: ninguém duvida de que a (acertada) expulsão de um jogador do Criciúma nos primeiros 20 minutos do jogo influenciou no resultado, pois isso é óbvio. No entanto, seria igualmente errado explicar nosso resultado só por aí. Ou você acha que aquele Flamengo que mais parecia uma república universitária de tão zoneado iria arrumar alguma coisa? Eu, não.

O que chamei de mínimo acima e que foi aplicado por Jaime é resumido em duas palavras: escalação e organização. Por exemplo, confesso que não conhecia Samir, mas nesse Flamengo de defesa tão desconfiável, se ele mostrava talento nas divisões de base, não vejo o porquê de não tentar ir com ele. Jaime tentou e se deu bem. Pelo jeito, Samir mostrava alguma capacidade, pois jogou bem. Aliás, até o controverso Wallace atuou direito; e podemos dar novo crédito a Jaime por conta disso: a frente da dupla de zaga aparecia Diego Silva, primeiro volante de vocação - outra posição tão carente no Flamengo e mais uma lacuna que nunca fora preenchida de forma convicente por Jorginho.

De novo: não estou dizendo que Diego Silva é craque ou gênio, mas apenas um jogador que jogou na posição em que sabe jogar. Isso era feito antes na posição de primeiro volante? Não que eu saiba. Na porção ofensiva do meio-campo, papeis definidos também, com Gabriel pela esquerda, Carlos Eduardo pela direita e Elias subindo por ali também. Cada um no seu quadrado, honrando suas funções.

Sobre os três mencionados, vamos na ordem: Gabriel, depois de um primeiro tempo apagado, voltou melhor na segunda etapa, sendo premiado com os gols - sendo um olímpico, pra matar saudade de Petkovic; Carlos Eduardo jogou incrivelmente melhor, embora ainda longe do ideal e dos seus gordos R$500 mil mensais; e Elias, por sua vez, reafirma a cada jogo que, pelo menos até agora, é claramente a melhor contratação da nova gestão. Hoje, por exemplo, foi uma partidaça, com fôlego e qualidade pra marcar e apoiar a turma de frente - dando uma bolaça para Hernane no primeiro gol.

Na frente, o Brocador não foi tão catastrófico e Paulinho confirmou em 90 minutos a boa impressão que me deixou nos poucos minutos proporcionados a ele por Jorginho. Ao poder disputar uma partida inteira, teve personalidade ao concluir - rendendo duas boas defesas do goleiro adversário - e mostrou que joga olhando para a partida. De cabeça erguida, por várias vezes buscou e entregou bolas aos amigos na tentativa de achar melhores jogadas. Gostei.

E foi assim, unindo jogadores apropriados para suas posições, a serviço da necessidade do Flamengo em vencer, e aplicando o mínimo de organização tática, que veio nossa primeira vitória. De novo: aconteceu uma revolução? Não. Temos um incrível plantel? Não. Jaime de Almeida é um revolucionário e não precisamos de um técnico de ponta? Também não. Mas o resultado mostrado no placar e pela atuação do treinador ao fazer o que deveria ser feito sempre mostram que Jorginho, de fato, era um erro a ser corrigido. Um problema que, espero, não volte a assombrar o Flamengo neste Brasileirão.

* * * 

Aí eu pergunto: quem sentiu falta de Renato Abreu? Hoje, nosso meio-campo foi muito mais ágil e fluido. Claramente melhor.

* * *

E do Ramon? Pra mim, João Paulo é melhor.

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Hernane, quem diria, conseguiu fazer um gol com mais de um toque na bola. Incrível.

* * *

A demora da confirmação do segundo gol de Gabriel, o terceiro do Flamengo, gerou uma cena curiosa para quem viu o jogo pela Globo: o grito de gol mais bizarro e sem graça do mundo. Ri muito!

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Segundo o repórter da transmissão da partida, Paulo Pelaipe disse que virão um zagueiro, um meia e um atacante. Quem vem? Kaká? Emerson Sheik?

 Dê o seu palpite e diga quem você gostaria e quem você acha que o Flamengo trará nos comentários. ;)

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Obrigado, Jaime. E você, Mano, tá esperando o quê para vir?

2 comentários:

  1. Acho que virão: Adrian Martinez, Alex (ex Inter/ Grêmio), o atacante Emerson Sheik/Marlos (ex-SPFC).

    Eu gostaria que viesse: Fagner, Giuliano, Scocco

    Claro, isso tudo é chute

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  2. O sheik seria uma otima opcao de segundo atacante com o moreno.. Sera ate quando essa diretoria vai esperar pra negociar/afastar o Renato Abreu? Ja esta na Hora de dar A bracadeira de captao pro elias, e Mudar esta "cultura" de neguinho que so joga quando quer....

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