Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo 0 x 1 Bolívar: o jovem, o velho e o antigo

quinta-feira, 20 de março de 2014

Flamengo 0 x 1 Bolívar: o jovem, o velho e o antigo

Samir foi o Amaral da vez. Ou o Toró. Ou o Williams...












Diz aquele ditado: "se você me sacaneia uma vez, a culpa é sua; se me sacaneia a segunda, a culpa é minha". O mesmo vale para os erros. A cada repetição, mais inexplicável fica. E mais vergonhoso, também.

Mal começamos a ofegar na altitude de La Paz e já arrumamos um gol estúpido. Desta vez, do excelente, porém falível - conforme demonstrado - Samir. Em um jogo de sabida bola rápida, em vez de despachá-la, optou por um domínio em um gramado proposital e previamente molhado.  E aí, uma enxurrada de perguntas: o time não fez reconhecimento de campo antes da partida? E se fez, pra que serviu? Onde estava o par de chuteiras de travas altas pro Samir? E porque, ainda assim, ele optou por não calçá-las ou, pelo menos - pelo menos! - espanar pra fora da área uma bola perigosa em vez de dominar sobre um terreno inseguro?

É: não se justifica esse reencontro com o clássico revés de Libertadores de praticamente sairmos com um gol de desvantagem. E metade da conta vai pra você, Samir.

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A outra metade tá com seu comandante. Aquele, que escala Carlos Eduardo, jogador lento, fora de forma, burocrático, que nem mesmo o advogado do O.J. Simpson conseguiria argumentos para justificar sua permanência no elenco, que dirá no time titular. Melhorou no segundo tempo? Ah, que bom. Está lá para isso; e dada sua péssima atuação na etapa inicial, progredir não era lá uma tarefa complicada.

Então. Aquele técnico, incapaz de enxergar que André Santos, nosso melhor lateral esquerdo - e é mesmo - claramente seria incapaz de jogar a segunda metade da partida, fato comprovado pelo fato de se arrastar de dar dó, tal qual um tio velho e barrigudo em pelada de jovens no fim de semana no campinho do condomínio. No primeiro tempo, André subia ao ataque e não retornava; e no segundo, qualquer um subia pra cima dele e passava como quisesse.

Nosso querido Jayme de Oliveira conhece muito o Flamengo, tem história e carisma inquestionáveis, coisa e tal e, de vez em quando, acerta. O problema tá aí: de vez em quando. Hoje, escalou mal o Flamengo, quando o time que terminou a partida - com Paulinho, Alecsandro e Mugni - era evidentemente para muitos torcedores o melhor que poderíamos ter num jogo como o de hoje. Pelo menos os dois primeiros, na minha opinião.

Mas tudo poderia se resumir num pensamento sobre o mais antigo dos defeitos nossos, compartilhado por tantos torcedores e tristemente reafirmado em mais este fiasco: a ignorância que persiste em não saber disputar uma Libertadores da forma devida, mesmo tendo uma razoável prática no assunto. Está mais do que na hora de o Flamengo entender como se joga essa competição - e aí, tanto quem joga quanto quem escala. Será que um dia a gente consegue voltar a entender como é isso?

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Atualizado às 16h desta quinta-feira: me questionaram por que não falei de Muralha e Amaral. Tá justo. Seguinte: do jeito que está, não dá pra continuarem juntos. Caso passemos às oitavas, uma vaga é do Cáceres, e outra do Márcio Araujo (numa opção mais conservadora) ou do Luiz Antonio. Na minha humilde opinião, claro.

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Hoje, o profissionalismo é apregoado e exercido pelo Flamengo em suas diversas esferas. Sugiro que o adotemos em mais uma: André Santos. Nitidamente gordo, André podia completar as horas de sua carga horária de trabalho - que, como a de qualquer mortal, deveria ser de 8 horas - fazendo esteira, nadando no clube, subindo as escadas do seu prédio.... Isso porque, já que tanto falei de atos injustificáveis, ter um lateral com essa pesagem é algo que não deve ser admitido em um clube sério.

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Uma sugestão: por que não Everton de lateral esquerdo? Para o jogo contra o Emelec, gostaria muito de um Flamengo escalado com Felipe, Léo Moura, Wallace, Samir e Everton; Amaral, Muralha, Gabriel e Mugni; Paulinho e Alecsandro.

Mas esse sou eu. E Jayme?

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Duas coisas positivas da noite de hoje. A primeira é que tive a oportunidade de, pela primeira vez, ver o jogo no Lounge Rubro-Negro Peugeot na sede do clube. Evento organizado, com atrações bacanas - bons comes, presença de ídolos do passado, sorteio extenso de brindes, vibe excelente, companhia de amigos queridos... Enfim, muito bacana mesmo.

Parabéns ao Flamengo pela iniciativa e pela relaização; e, como único porém, os R$10 de estacionamento, exageradamente salgados. Não precisa...

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A segunda surpresa positiva? Lucas Mugni. Entrou, mostrou bola, quase marca um golaço... Não, não estou dizendo que é craque, mas clamo por paciência da torcida. Pra quem atura Cadu há tanto tempo, e já aguentou outras malaças, é fácil.

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Excesso de passes para o lado e para trás (sobretudo os do modorrento Cadu) irritou fortemente. E pouca inteligência tática defensiva num jogo sabidamente complicado, idem. Em circunstâncias adversas como o dos mais de 3 mil metros de La Paz, é preciso ter um bom esquema de revezamento e cobertura para o time não ficar tão exposto defensivamente - como, de fato, esteve em diversos momentos. Se liga, Jayme!

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Vencer o Emelec no Equador nao é impossível. Vencer o Léon no Maraca, menos ainda. Mas uma vez passando, é daí pra onde?

Sei que esse negócio de classificação não é tão cristalino, Flamengo, mas é preciso desde já preparar um pacotinho de reforços em condições de jogo e de titularidade para as oitavas. Vai que...

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Por fim, repito algo que já disse em algumas circunstâncias: o Flamengo é um jipeiro de uma praia de dunas do nordeste, que sempre pergunta ao turista se ele quer o passeio "com ou sem emoção", mas sem dar muita importância à resposta, pois sempre, sempre será a primeira opção.

Pobres de nós, passageiros... Seria bom termos pelo menos algumas jornadas mais tranquilas.

2 comentários:

  1. Não acredito que Jayme irá "ousar" e colocar Everton na lat. Esquerda. Não manteria o Amaral no time, será que Caceres não terá condições de jogo ek 15 dias? E o próprio Elano? E, teimoso como uma anta, ele não vai sacar o Hernane do time.

    Como foi dito, o próximo jogo será a primeira final da Libertadores que iremos disputar. Sou Flamengo, mas vou com expectativa baixa para o jogo em Equador... Eu acredito, mas sou pé no chão...

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    1. Pois é, Betto... É preciso mostrar maturidade na disputa de uma competição como a Libertadores não apenas para se firmar na disputa, mas conquistar a confiança da torcida. E, infelizmente, Cáceres deve ficar mais tempo do que isso no estaleiro...

      Abraços e Saudações Rubro-Negras!

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