Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo 0 x 2 Corinthians - Ser técnico é...

domingo, 27 de abril de 2014

Flamengo 0 x 2 Corinthians - Ser técnico é...

Ser técnico é saber motivar seus jogadores. Mostrar a eles que cada partida é uma decisão - uma realidade ainda mais forte em campeonatos como o Brasileirão. Deixar o mais claro possível que todo o trabalho que fazem tem naqueles 90 minutos sua razão de ser. Passar a obrigação de fazer o melhor por aquela torcida que ali está, vibrando por eles, anseando por uma vitória - e a do Flamengo, todos sabemos, lá está sempre, fazendo sua parte.

Ser técnico é organizar a casa. Acreditar em que arrumar seu time é necessidade básica para que ele possa render. É fazer cada jogador ter consciência de seu papel, percebendo qual engrenagem ele é. E uma vez definido este espaço, trabalhar em nível coletivo para que cada jogador entenda o posicionamento dos demais colegas de time.

Ser técnico é estudar o adversário. Ver VTs do opositor até cansar, solitariamente e juntamente com o seu time. Buscar entender perfeitamente o que se passa com o adversário, de modo a achar os pontos fracos que nos darão os caminhos para vencer, e também os pontos fortes dele a serem combatidos.

Ser técnico é apostar na criatividade. É fugir do rame-rame, da pasmaceira, justamente para não ser lido com facilidade pelo adversário. Bolar jogadas ensaiadas, variações táticas. Saber que a melhor maneira de fugir do nó do adversário e justamente aplicando-lhe um nó.

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Eu nunca fui técnico; e tenho plena certeza de que fazer isso tudo que está acima é tarefa muito, muito complicada. No entanto, é preciso pelo menos tentar fazer. E hoje, no Flamengo, parece que nosso treinador não faz sequer uma dessas coisas.

Não me entenda mal. Não estou dizendo que nosso elenco funcionaria maravilhosamente bem com um treinador melhor - até porque precisamos de diversas contratações; mas tenho a certeza de que um técnico que ao menos se dedicasse a arrumar este time, deixando a casa "limpa e organizada", conseguiria melhor sorte.

No jogo deste domingo, vimos mais uma vez uma bagunça Rubro-Negra em campo. Uma desordem que, além de resultar numa impotência futebolística tremenda, sacrifica o time fisicamente. É o inútil ao desagradável.

Mais: Jayme sequer parece motivar os jogadores - que, num jogo como o de hoje, contra um adversário regido por um técnico que fez uma sujeirada com o Flamengo num passado recente, deveriam ter entrado com a faca nos dentes. Na prática, o que se viu foi um time que parece perigosamente conformado com o pior - uma situação inaceitável em se tratando de Flamengo.

Tudo bem que os cofres do Flamengo andam em nível baixo, e que a correta política Rubro-Negra de seriedade e responsabilidade recomendam gastos modestos; porém, é preciso haver alguma modificação. Algum movimento que mostrem ao time e à torcida que o Flamengo não está satisfeito, sequer "ok", com o que estamos vendo jogo a jogo. E não consigo ver isso acontecer sem passar por uma completa reformulação na nossa comissão técnica.

Gostaria de estar errado, mas os placares e as atuações não me deixam achar que ando pensando torto. E se tem uma coisa que me agride particularmente é ver um erro sendo repetido diversas vezes.

É isso: para mim, Jayme é um técnico em um triste, e até constrangedor, loop. Um imenso mais do mesmo em diversos sentidos que, a cada rodada patética, a cada declaração rasa, fica cada vez mais injustificável.

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E o Corinthians? Nosso adversário não fez nada além de jogar o básico. O suficiente para nos vencer. Só isso.

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Independentemente da gravidade do lance, um jogador com a experiência de Léo Moura não pode fazer o que fez. Tem gente pondo boa parte da derrota na conta de um suposto exagero do juiz, mas eu pego essa porção e credito ao lateral direito.

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Falando em elementos injustificáveis, André Santos, uma decepção na função em que foi escalado na partida (meia armador) e uma nova lástima no lance do primeiro gol do Corinthians.

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No segundo gol, deméritos a Luiz Antonio e Márcio Araújo. Para aliviá-los, as falhas na marcação também dizem respeito à costumeira exaustão na segunda etapa. E olha que ficamos uma semana sem jogar...

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Nixon e Mugni entraram bem - e, surpreendentemente, o time foi melhor com 10. Mugni, inclusive, é um jogador que me agrada muito, embora pense que vá render mais jogando centralizado, e não caindo pela esquerda como neste jogo. Em um coletivo tão carente criativamente, não pode ficar de fora do time titular.

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Flamengo x Palmeiras é jogo para a Nação apoiar. Fazer sua parte. Estar no Maraca pronta para jogar. Mais uma vez, neste cenário feio de começo de Brasileirão, não nos iludamos: somos o melhor que o clube pode ter.

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Cada vez mais os períodos pré-Copa e durante a Copa mostram-se fundamentais para uma melhor sorte no Brasileirão. Flamengo, o que você fará quanto a isso?

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Flamengo projeta conquistar 18 pontos antes da Copa. Isso significa que, nas próximas sete rodadas, só poderíamos perder 4 pontos para ficarmos dentro do planejado.

Com o que temos visto em campo, alguém aí acredita nesta façanha?

Um comentário:

  1. André Santos na minha opinião ou muda de postura e mostra uma melhora física e técnica muito grande ou manda embora, ele não apenas não tem folego como diversas vezes se destempera tomando cartões bobos.
    Jayme tem muitas limitações como técnico, a falta de critério na escalação de diversos jogadores mostra isso. Em vários jogos o jogador que foi bem no jogo anterior foi sacado e as vezes nem no banco ficou. Vide Gabriel e Mugni por exemplo.
    No jogo de hoje mesmo no lugar de André Santos ele tinha as opções de Mugni (contratado como meia), Gabriel (Meia atacante que esta indo muito bem e simplesmente foi sacado da equipe a alguns jogos) e Matheus (Meia - bem melhor que A.Santos improvisado).

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