Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo 1 x 2 Atlético Paranaense - o tempo não tem culpa de nada

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Flamengo 1 x 2 Atlético Paranaense - o tempo não tem culpa de nada

"O que fizemos com nossos 40 dias?" (Créditos da foto: Lance!Press)


















Talvez você já tenha, na sua vida, recorrido a este remédio considerado valioso para várias mazelas da vida chamado tempo. Distraídos que ficamos com a Copa do Mundo, muitos de nós poderiam pensar que, desta vez, este enfermo chamado Flamengo poderia ter feito bom uso deste precioso medicamento. Porém, foi só a bola rolar para vermos claramente que, em vez de curar os inúmeros defeitos físicos e técnicos de nossa equipe, só serviu mesmo para nos iludir. E por que mesmo?

Não há motivo real. Afinal de contas, lá estavam novamente, pouco menos de 40 dias de recesso, de volta a campo, Elano, Léo Moura, André Santos, nomes que não mais mereciam qualquer posição neste elenco - veja bem, elenco; reapareceram também a fragilidade física - que nos tirou Paulinho e Samir, referências deste time, de campo - e ela, a sempre evidente debilidade técnica. O 3-5-2 de Ney Franco foi um fiasco. A zaga mostrou-se insegura, dando evidências de que o novo esquema não foi devidamente treinado; e o meio, lento, velho e sem criatividade, repetia a velha ladainha da ligação preguiçosa, do parco recurso do chutão para frente para ver no que dava, sem que os alas Léo Moura e André Santos, desobrigados da marcação, fossem ao menos eficazes no apoio.

A nova derrota, a novíssima lanterna, e os 90 minutos que nelas resultaram apagaram por completo qualquer torpor (muitíssimo bem vindo) em tese proporcionado pelo tempo, e fatalmente nos tiraram as saudades que estávamos do Flamengo.

Na verdade, na verdade mesmo, é cruel culpar o tempo de qualquer coisa, quando na verdade a responsabilidade é de quem o utilizou mal, numa insuficiência que beirou a inoperância completa; e estes, sem dúvida, são Ney Franco, nossos preparadores físicos e, claro, nossos dirigentes - que, além de não extirparem os joios deste elenco, não conseguiram sequer regularizar a única contratação que fizeram.

Sejamos justos: o tempo, sozinho, não faz nada. Não é heroi, não é vilão, tampouco remédio ou placebo. Apenas pode, no máximo, dividir os louros daqueles que trabalham bem mas que, por humildade, preferem creditá-lo ou com ele repartir o sucesso; ou ser um boi de piranha, um recurso covarde dos que, com ele, não souberam o que fazer; como fazer. Ou pior: sabem, mas nada fazem.

Nesta quarta, o Flamengo mostrou, após 5 semanas e 3 dias, como se jogar fora 38 dias ao manter seu pifio futebol na mesma; neste caso, ficar parado é sinônimo de andar para trás. E nesta batida, sabe-se lá o que será de nós daqui a pouco menos de 5 meses.

A certeza é uma, tempo: malditos os que não te aproveitam...e que podem ser capazes de repetir, quanto mais você passa, o erro fatal de te desprezar.

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A novidade no time titular que atende pelo nome de Recife falhou em seu teste. Torço para que não insistam no erro contra o Inter.

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Felipe segue muito mal. A saída no primeiro gol foi errada demais - como a no lance anterior a ele que quase resultou em gol.

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Falando ainda do primeiro gol: que buraco entre meio e defesa, hein?

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Aliás, por mim, podem barrar André Santos, Léo Moura, Recife e Elano. No jogo com os gaúchos, iria de Felipe, Samir (Erazo, caso não se recupere), Chicão e Wallace; Luiz Antonio, Mugni, Amaral (enquanto não temos Cáceres),  Canteros e Everton; Paulinho (Negueba) e Alecsandro.

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Se a sorte adora a incompetência, a ineficiência também atrai o azar - vide as contusões de Paulinho e Samir, a bola no travessão do voluntarioso Alecsandro...

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Flamengo, é sério: se não rolar um choque de ordem urgentemente, a casa cairá feiamente pro nosso lado. A bola não entra por acaso; e a lanterna não liga à toa também não.

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