Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo 0 x 4 Internacional - a hora do "vamos ver"

domingo, 20 de julho de 2014

Flamengo 0 x 4 Internacional - a hora do "vamos ver"





















Muito se espera de quem muito promete. De quem afirmou formar um grupo diferente, qualificado, capaz de reconduzir o Flamengo a um caminho mais digno; de fazer o clube resgatar a credibilidade, recuperar o tão perdido respeito.

Respeito.

Em poucas vezes em 38 anos de vida vi o Flamengo ser tão desrespeitado; e uma das piores formas de se desrespeitar uma instituição é através da omissão de seus comandantes. Do ato covarde de separar os atos tão violentamente das palavras. Das promessas.

A humilhação imposta hoje pelo Inter em campo não é a causa da vergonha mas a consequência da falta dela. É uma indecência uma gestão que chegou ao poder pelas credenciais que ostenta fazer vista grossa para problemas que há tempos desfilam pateticamente diante de quem enxerga meio palmo do nariz: jogadores descomprometidos - que, além de depositarem sua pasmaceira jogo a jogo, ainda desmotivam os colegas que ainda tentam fazer alguma coisa -, e um técnico incapaz de ter dado o mínimo de coletividade de time a esse bando de perdidos.

Nada disso que vemos em campo, na ausência de vitórias, na abundância de erros e gols sofridos e pontos perdidos, nada disso é causa: é tudo resultado das ações que a diretoria abraça e das que deixa de fazer; de medidas que deveriam ser tomadas mas são incomodamente ignoradas. 

A soma das ações tomadas e das ignoradas está aí - e nada tem a ver com uma gestão diferenciada, qualificada. Competente.

Um grupo de diretores que se destaca pelo bom trabalho sabe lidar com gerenciamento de crises. Sabe identificar os pseudoprofissionais e os afastam da equipe. Sabe motivar os que seguem comprometidos, dando-lhes não apenas discursos, mas fatos para seguirem em frente. São pródigos em trazer planos de ação à tona. E não fogem da raia, chamando a responsabilidade no peito, sem fugir de nada - sejam câmeras, debates acalorados, o raio que o parta.

Líderes, verdadeiros líderes, não apenas são competentes, mas têm brios. E os têm por saberem que dão conta do recado. Que estão à altura das missões que para eles surgiram - ou, como bem é o caso, daquelas para as quais se colocaram como pessoas ideais para executá-las.

Nunca em sua gestão Eduardo Bandeira de Mello e sua equipe estiveram em um momento pior; e é justamente nessas horas é que as credenciais se justificam ou não; que a competência entra em campo ou se desmancha em meio à tempestade.

Agora, senhor presidente, agora, senhores diretores, é o que o povo chama de a "hora do vamos ver". E cá estamos, querendo testemunhar a maior virada de jogo que o Clube de Regatas do Flamengo já viveu - em matéria de futebol, sim, mas antes, de atitude, de competência, de extirpação de cânceres, de um heroismo necessário. De reconstrução no sentido mais amplo possível.

Ou isto acontece, ou tudo aquilo que foi dito por vocês e no qual se acreditou terá sido uma triste ilusão. Como disse, já sabemos que o momento chegou; se os senhores serão quem disseram ser para fazê-lo dele algo condizente com as promessas de outrora, é outra história. 

* * *

Torcedor: é seu direito protestar; agora, violência e vandalismo são inaceitáveis. Eles afastam investidores do clube, torcedores dos estádios, atletas em potencial - e de diversos esportes - de nossos campos e quadras. Pense nisso. Seja parte da solução. 

2 comentários:

  1. Vc foi cirúrgico em seu texto. Bisturi no cerne de nosso único problema: FALTOU DE COMANDO.
    clube à deriva

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  2. Sábias palavras e triste realidade...

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