Google+ Mil Vezes Flamengo: Sobre Zinho e uma real cultura de mudança no Flamengo

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Sobre Zinho e uma real cultura de mudança no Flamengo


Antes de falar do Zinho: mas que grande saco essas férias do Flamengo. Não sei o que é pior: a falta que faz o futebol Rubro-Negro nas vidas de mais de 35 milhões de torcedores, o marasmo dessa diretoria em tomar providências ou o caminhão de especulações, informações desencontradas e desmentidas que temos que aturar. Acho até que vou fazer uma enquete na página do blog no Facebook sobre isso. 

Mas enfim. O assunto da vez é a possível vinda do Zinho para ser o diretor de futebol do Flamengo. E se vier de verdade?

Temos dois fatores nesse assunto que, embora distintos, estão totalmente conectados: a competência do Zinho e a do Flamengo em deixá-lo trabalhar.

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Sobre Zinho, há muito pouco o que falar como dirigente. Foi diretor do Nova Iguaçu, mas desconheço como foi seu trabalho por lá. Fica a impressão de ser um cara sério e de caráter - e essas, para mim, são pré condições para alguém exercer qualquer cargo, de faxineiro a presidente.

Quanto ao segundo assunto - a manha do Flamengo em deixá-lo trabalhar -, aí eu posso falar bastante. Se de fato for competente e bem intencionado, Zinho só conseguirá aplicar essas qualidades se houver uma intenção real do Flamengo em não confiar que ele seja um salvador, mas fazer com que ele seja alguém com autonomia para implantar o que, no mundo corporativo, se chama de cultura de mudança.

Ter cultura de mudança é ir fundo na descoberta dos erros. É ter liberdade de mexer em processos e modos de agir e pensar que estão há tempos arraigados no cotidiano. É ter disposição não só pra aturar os descontentes como, dentre eles, passado o susto inicial da mudança, identificar os que têm intenção de se adaptar com a nova forma de administrar e descartar quem quiser manter as coisas como estão.

Infelizmente, o que escrevi no parágrafo acima não parece algo condizente com o que sabemos da atual diretoria Rubro-Negra. E é por isso que, infelizmente, acho difícil que o Zinho ponha ordem na cozinha de verdade. De verdade, acertar a situação do Mengo é ir muito além da superfície da sopa, que é o máximo que o clube consegue fazer. Pior: o máximo que os mandatários do Flamengo parecem querer.

Seja Zinho ou qualquer outro que chegar para comandar o nosso futebol, que seja não para mexer nos galhos, mas atacar a raiz; mas isso só vai acontecer se o Flamengo assumir de verdade que quer uma mudança. Infelizmente, com o que temos hoje no comando do clube, acho difícil que essa intenção seja real. 

Que eu queime minha língua - que, nesse assunto, há milênios anda incomodamente intacta.

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