Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo x Figueirense: enfim, um novo começo

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Flamengo x Figueirense: enfim, um novo começo

Como é bom enxergar que um trabalho está sendo feito do jeito que deve ser, mesmo que ainda no começo. E se, antes dele, o que havia era o caos, o progresso, por menor que seja, se torna mais claro e visível. O Flamengo que se apresentou hoje contra o Figueirense mostrou uma mínima porém vistosa organização, materializada na ocupação dos espaços pelos jogadores, na movimentação mais consciente, em obediência tática. Aliás, finalmente voltamos a enxergá-la em nosso time - que, surpreendentemente, até jogada ensaiada mostrou.

Bastou termos um treinador que realmente honrasse o título da profissão que exerce para que ele enxergasse que, prioritariamente, o Flamengo precisava de uma arrumação. Beneficiado pelo abençoado tempo ganho com o adiamento do jogo que teríamos no sábado passado, Dorival Júnior pôde fazer testes, barrar, promover, rearranjar. Ao longo da semana, as mudanças já se mostravam diversas; nos pouco mais de 90 minutos, vimos que estavam longe de ser superficiais. Ele, de fato, soube aproveitar esse período - e as provas disso foram várias.

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Por exemplo, quem poderia imaginar que Negueba, aquele jogador desorientado com que incomodamente nos acostumamos esse tempo todo, poderia render no ataque ao lado de Thomás e Love, ganhando liberdade para aparecer nos dois lados, fazendo passes conscientes e levando perigo de fato ao gol adversário? Se seguir assim, a sobrevida pode virar um novo começo.

E por falar em início, o que dizer de Cáceres? O cartão de visitas do paraguaio foi um futebol discreto e eficiente, que deixou os torcedores bem impressionados e imaginando como será quando ele estiver entrosado com Luis Antônio. Isto é, claro, se Dorival não tiver se irritado com a bobalhice de Léo Moura e resolver escalar Luís na lateral direita. Eu prefiro dar uma chance a Wellington Silva, e tentar trabalhar a duplinha LA-Cáceres - dois volantes que, inclusive, sabem chegar à frente, municiando o ataque e o engrossando quando possível. E só para não deixar passar o papo sobre o meio: até Renato se mostrou mais eficaz no novo esquema de Dorival.

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O meio-campo defensivo mais organizado também facilitou o trabalho da zaga. Ficou bem claro com González, que se exibiu melhor com Thiago Medeiros (no primeiro tempo) e com o próprio Cáceres (no segundo) do que vinha fazendo até então. Sobre o jovem Thiago, preciso vê-lo novamente para uma melhor opinião.

Foi, também, um jogo de retornos. Muralha, enfim, tornou a ser posto em campo; e Felipe - que, na minha opinião, é de fato o titular ideal do gol Rubro-Negro - não comprometeu.

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Há mais o que dizer? Sim, e é para elogiar: além da arrumação dos titulares, legal constatar a disposição e a esperteza de Dorival ao substituir. É treinador que não se contenta com 1 x 0, e que não acha que uma expulsão é razão para se abrir mão do ataque. Se sai Thomás, quem vem pro jogo é Adryan; e se Negueba sai da partida, entra Ibson para alternar com Luis Antônio as subidas ao ataque - os dois quase marcaram, inclusive. Quem saiu do quase - aleluia! - foi Love. Ainda longe da melhor forma - resquícios da nefasta Era Joel, aposto -, acredito em uma subida de níveis físico e técnico, já que a uruca e o treineiro já foram.

Enfim, tantas coisas boas ditas, que explicam muito bem o porquê de o comentário que mais li dos demais torcedores no Twitter após o jogo. Variando de frases e expressões, diziam que, finalmente, iriam dormir felizes após uma atuação do Flamengo - e não só pelo placar, mas sobretudo pelo que o time apresentou. E aí corta a cena para a lucidez de Dorival Júnior, entrevistado após a partida, dizendo que há muito o que fazer para o Flamengo efetivamente voltar aos eixos.

Ninguém é besta de discordar de Dorival. Há muito o que evoluir, e nossa vitória foi simplesmente contra o lanterna do Brasileirão. Liédson chegou, e ainda quero ver como Dorival o encaixará no time; mas a organização mínima já nos dá a luz de um recomeço. De termos, tardia mas positivamente, o surgimento de um time para o qual é possível voltar a torcer de verdade, do jeito que se deve torcer para o Flamengo: não temendo, mas querendo a vitória por ela ser realmente possível. Não podemos nos deslumbrar, mas a Era Dorival começa com uma excelente impressão. Coisa de quem não apenas quer, mas sim aparenta ser a mudança de que o Flamengo tanto precisava.

Um comentário:

  1. Agora imagina se o Dorival tivesse tido (como teve o Joel, e jogou no lixo) mais de um mês livre pra treinar e organizar o time antes do início do Brasilerão... Em q posição da tabela não poderíamos estar... Pior q isso é ver q agora qndo não é o novo time do Miguézinho Gau$ho na liderença, é o Vice q tá lá, onde nosso Mengão tinha obrigação de estar depois da vergonha q foi a campanha da Libertadores, em q o Joel conseguiu a façanha de nos eliminar na primeira fase estando no grupo + fraco de todos.

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