Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo 1 x 1 Botafogo: um novo herói em nosso emocionante retorno ao lar

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Flamengo 1 x 1 Botafogo: um novo herói em nosso emocionante retorno ao lar




















Antes de qualquer linha sobre o jogo é preciso dizer: por mais articulado que ele seja, é simplesmente impossível para um Rubro-Negro descrever a emoção de chegar ao fim do túnel que leva ao estádio e enfim perceber que o Flamengo está de volta para o seu Maracanã, e que o Maracanã tem de volta o seu Flamengo.

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Este retorno tinha mesmo que ser num clássico, e este jogo precisava ter os contornos dramáticos que caracterizaram este Flamengo x Botafogo. Só não precisava e não merecia um Mengo tão apagado e fragilizado como o que vimos no primeiro tempo, especialmente pelo nosso lado esquerdo. Limitações técnicas à parte - e olha que deixá-las de lado, neste caso é difícil -, não deu pra não notar o nervosismo da dupla João Paulo e Diego Silva em sua estreia no Maraca - especialmente deste segundo. Nosso volante tremeu claramente e, de tanto bater cabeça com o lateral esquerdo, acabou gerando a jogada que culminou na falta que originou o gol alvinegro.

Porém, pôr apenas na conta da dupla a péssima atuação do time na primeira etapa é injusto. Exceção do onipresente Elias, o time ia muito mal, não havendo articulação entre meio e ataque. Ora as saídas eram muito lentas, ora tudo se resolvia na base do chutão pra frente e torcer pra algo acontecer. Pois não aconteceu. Não à toa, nosso primeiro chute a gol aconteceu somente na casa dos 30 e alguns. Gabriel, Carlos Eduardo e Paulinho eram apenas esforçados, que alternavam momentos de afobação com outros de - olha aí de novo - tensão. Juntando tudo isso, a verdade é que o Botafogo nos dominou nesta primeira metade do jogo, e sob o comando do sempre perigoso Rubro-Negro do adversário, o Seedorf. Até ali, a vitória deles era justa.

Mas aí veio o segundo tempo já com o Flamengo alterado por Mano Menezes - e que alterações. A entrada de Adryan e Luis Antônio nos lugares do inoperante Diego e do discretíssimo Gabriel surtiram um senhor efeito no time. Se Luis Antônio não é o primeiro volante marcador de que precisamos, sabe jogar de cabeça erguida; já Adryan simplesmente veio pra chamar o jogo pra si. O moleque não medrou e tornou-se o principal homem de articulação. Tornou o ataque mais funcional, criando mais opções na frente e aparecendo também na conclusão. O Flamengo cresceu na partida - embora projetando-se arriscadamente - e colocou-se no seu devido lugar...e o Botafogo no dele.

Adryan seria o melhor da partida se não fosse Elias. Ele, o Cirilo da Gávea, que desde que começou a envergar o Manto prova jogo após jogo ser nossa melhor contratação da temporada, precisava muito de um clássico no Maraca para cair de vez no gosto da galera e no gostar de ser Flamengo. É um jogador diferenciado. Não apenas se entrega os 90 minutos como faz isso com muita qualidade, tanto no combate quanto no apoio aos homens de frente. Não se intimida. Não se esconde. Não tem medo de tentar, de ousar, de chutar. Concluiu uma, duas...e não cansou até fazer um gol que a arbitragem considerasse. Gol arrancado na unha, na dentada, na vontade. No mais puro Rubro-Negrismo.

E assim, o Flamengo simplesmente recusava-se a perder neste primeiro capítulo seu desta nova história, com Elias exigindo até o último instante o que era seu de fato e de direito: a honra de ser aclamado como nosso primeiro grande heroi deste novo Maracanã. Merecíamos isso: ele, nós e este local sagrado tão nosso chamado Estádio Jornalista Mário Filho.

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Bonito demais foi também ter a galera cantando o Hino logo após tomarmos o gol. Momentos como esse exprimem a essência do Flamengo.

Por outro lado, feia demais foi a medida do juiz em dar amarelo ao Elias pela comemoração com a galera. Se isso não é a babaquização do futebol, elaborada e executada por quem provavelmente não faz ideia da emoção desse esporte, eu já não sei o que seria.

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Falando em essência, o espetáculo de ontem e o resgate da alegria de ser Rubro-Negro no Maraca só me confirmaram que não se pode deixar o povo de fora desse espetáculo. Diretoria do Flamengo, por favor, não falte mais com o respeito às nossas origens, destinando parte dos ingressos a preços populares.

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Um pouco mais de Elias e mais um pedido à direção do Flamengo, por favor, compre-o ontem!

Ah, e Mano, essa é para você: a braçadeira tem que ser do cara. Moralmente, ela já é dele.

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Eu fiz total questão de que meu reencontro com o Maraca fosse num jogo do Flamengo... e o estádio foi por mim aprovado. Boa infra, iluminação e acústica irrepreensíveis, conforto, boa logística de entrada e saída do estádio... Curti demais.

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E agora? Adryan vira titular? Se sim, Carlos Eduardo - que para mim teve atuação regular - volta pro banco? Ou Gabriel daria lugar para ele? Ou ainda, Paulinho? A seguir, cenas dos próximos capítulos.

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Por fim, um último registro: bom demais ver o jogo ao lado de gente tão querida, e ter podido reencontrar outros, mesmo que num aceno à distância. Amigos, vocês sabem quem vocês são - e valeu muito. E que venham as próximas!

2 comentários:

  1. Assim cono vc, tb deixei pra reencontrar o Maracanã, com o Flamengo.
    Atuação do 1º tempo, foi pra torcida esquecer, pro Mano rever várias vezes e fazer o "mea culpa" e pros gestores do futebol RN reverem conceitos sobre nosso elenco.
    Um segundo tempo ao bom e velho espírito RN, da força da Camisa e de sua torcida.
    Espero q consigamos fazer o coração do Elias, como ele começa a fazer os nossos. Q ele resolva ficar, e q esta diretoria tão badalada e afeita à nos expkorar, nos de o presente da contratação, em definitivo, do Elias. Que por seu estilo de jogo, tão genuinamente de raça, amor e paixão, pode marcar none na nossa história.
    Vamos ver como se portará o time contra o Bahia.Sonho vervum time com atuação vibrante, durante os 2 tempos, e não só por um tempo, como vem acontecendo neste brasileiro.
    Q tenhamos mais motivos pra sorrir, do q tão somente em ver os chorões tomarem ciência do qto são ínfimos.
    SRN

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    1. Apoiado, Cida! Elias merece o Flamengo, e o Flamengo merece o Elias. E que o Mano transforme os 45 minutos do segundo tempo em uma constante nossa. Belos comentários, querida. :) Beijão e Saudações Rubro-Negras!

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