Google+ Mil Vezes Flamengo: Flamengo 3 x 1 Emelec: do início nervoso ao final feliz

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Flamengo 3 x 1 Emelec: do início nervoso ao final feliz

Hernane estava no Maraca; então, lógico que ele iria brocar!
















Nos 45 primeiros minutos, um time nervoso, colecionando erros bobos e que por uma felicidade encontrou um golzinho; nos outros, uma mexida simples e evidente, para fazer surgir um Flamengo bem melhor, capaz não apenas de confirmar a vitória iniciada como de conquistar um placar mais elástico. Com um pouco mais de preguiça, eu poderia resumir dessa forma nossa segunda partida e primeira vitória na Libertadores 2014; mas acho que o jogo merece alguns parágrafos a mais.

Pouco tempo depois de o juiz iniciar a partida, o nervosismo do Flamengo deu as caras. Veja bem, não era paúra, medo, cagaço: apenas o peso de uma responsa de, logo após uma estreia infeliz, ter que vencer diante de sua torcida numa competição de prestígio maior. Fazendo o seu papel, o Emelec marcava de forma competente um Flamengo que, além de apertado pelo rival, cometia o que no tênis se chama de "erros não-forçados". Passes errados aos montes, desencontros...

Com o passar do tempo, a coisa foi melhorando minimamente - ao menos na defesa, que foi se acertando -, porém, se os ânimos deram uma abrandada, um outro problema preocupava: não tínhamos saída de bola. A ligação para os homens de ataque era ineficiente - e, nisso, não sei em vocês, mas me bateu uma tremenda saudade do Elias. Por isso é que, se já seria bem-vinda de qualquer jeito, aquela falta frontal à área foi uma bênção de São Judas, aproveitada em uma senhora cobrança de quem sabe muito do ofício. Elano, Flamengo 1 x 0. 

Por pouco a sorte volta a nos sorrir na etapa inicial - maldita bola do Éverton na trave! -, mas talvez ela tenha segurado a onda por pura falta de merecimento do Flamengo. A vitória por placar simples era pouco? Nada: era lucro.

Para o segundo tempo, Jayme prepara uma mexida gritantemente necessária para muitos dos quase 40 mil presentes - eu, inclusive: a entrada de Gabriel no lugar de Mugni. Claramente nervoso, sem a dose mínima de confiança individual que um jogo desses pede, ele foi substituído justamente e vaiado muito burramente por parte da torcida - mais precisamente, pelos zés manés do imediatismo. E como foi Gabriel? 

O futebol de Gabriel é a melhor prova de que devemos ter paciência com Mugni. Lembram daquele Gabriel apático, apagado, sem qualidade e até mesmo sem força que vimos no segundo semestre de 2013? Então: até agora ele saiu para comprar acarajé e, no lugar dele, em 2014, veio um jogador inteligente, ágil, presente e capaz de criar o suficiente pra animar o time e mudar o panorama de uma partida de Libertadores. O baiano deu qualidade ao passe do time, ajudou a criar espaços na frente, e com ele o Flamengo cresceu e chegou aos outros gols. 

Aliás, que gols. Que jogadas. O segundo, a não-desistência de André Santos o levou a criar uma invasão incrível pela esquerda, dando uma assistência com açúcar e com afeto - um último presente ao artilheiro? - a Hernane e sua brocada fatal; e o terceiro, uma bolaça do Cáceres para Éverton, que se livrou do goleiro equatoriano pra marcar.

Podia ser só isso, podia ser mais...mas também podíamos ter ficado sem o golzinho do adversário, num torneio em que saldo de gols conta e muito. Mas quem viu aquele iniciozinho de jogo não podia de jeito nenhum dar-se por insatisfeito com uma vitória de 3 do Flamengo em sua primeira partida em casa na Libertadores 2014. De excelente tamanho. Fizemos a nossa parte.

* * * 

À exceção do jovem e nervoso Feijão, que errou no gol rival, e dando mais peso ao segundo tempo, achei que o time foi bem. Além de Gabriel, gostei bastante de Cáceres. É lento, erra seus passes, mas cumpriu com eficiência a sua função de desarmador, sendo feliz na grande maioria dos desarmes e bolas aéreas. A exemplo da partida contra o Léon, o paraguaio voltou a mostrar valor no time. E ainda tem algo muito importante: ele tem pegada de Libertadores. Quem viu as duas partidas certamente me entende.

Falando em experiência, Léo Moura voltou a ir bem. No momento inicial, em que o time estava uma pilha, ele era exceção. 

* * *

E Alecsandro? Tá me surpreendendo. Não queria a vinda dele para o Flamengo mas o cara tá se provando digno do Manto. É esforçado e menos pereba do que pensava. Não é craque, mas também não é cone. Não mesmo. Seria justo que aquela bola no ângulo esquerdo tivesse entrado...

* * * 

Hernane ouviu o coro que merecia ouvir. Na vida, acho legal julgarmos pelo mérito, e não pelo nome; e ninguém mantém por meses o título de artilheiro do Novo Maracanã à toa. Por isso, ficando ou não, nosso querido Brocks já está há tempos nos corações e mentes de todos os Rubro-Negros. Permanecendo ou não no Flamengo, o "Fica, Hernane!" foi o melhor coro da noite.

* * * 

Pode vir, Bolívar! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário